Um garoto estava embaixo de uma árvore, sentindo a brisa suave balançar as folhas acima de sua cabeça. Ele estava perdido em pensamentos, tentando encontrar sentido em algo que parecia escapar de sua compreensão.
Ele parecia estar tão sozinho, com os olhos perdidos no horizonte. O silêncio ao redor apenas aumentava a sensação de isolamento, como se o mundo inteiro tivesse esquecido sua existência.
Ele via as outras crianças brincando à distância, suas risadas enchendo o ar com uma alegria que parecia tão distante dele. Enquanto observava, uma pontada de tristeza se instalava em seu peito, destacando ainda mais sua solidão.
"O garoto chorava em silêncio, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Baixo, quase sussurrando, ele disse: 'Eu só queria ser como as outras crianças... Mas eu tive que nascer híbrido.' Suas mãos delicadas, que revelavam traços de Axolote, tremiam enquanto ele olhava para si mesmo, desejando desesperadamente se encaixar naquele mundo onde se sentia tão deslocado.
Ele colocou luvas para esconder suas escamas e um boné para ocultar suas orelhas aquáticas. Com cada peça de roupa, ele sentia como se estivesse apagando uma parte de si mesmo, tentando se moldar às expectativas do mundo ao seu redor. Ainda assim, ele não conseguia evitar a sensação de que, por mais que tentasse, nunca seria verdadeiramente aceito.
Ele colocou a cauda para dentro da calça, ajustando-a para que não ficasse visível. Respirou fundo, enxugou as lágrimas e se levantou, decidido a tentar mais uma vez. Caminhou em direção ao parque, onde as outras crianças estavam brincando, tentando ignorar o desconforto e o medo de ser descoberto. Ele apenas queria, por um momento, sentir-se como uma das outras crianças.
"Com um esforço visível, ele se aproximou das crianças e, com um sorriso tímido, disse: 'Oi, pessoal.' Suas palavras saíram hesitantes, como se temesse a reação delas. As crianças, surpresas com a aproximação, trocaram olhares curiosos, mas uma delas, com um sorriso amigável, respondeu: 'Oi! Você quer brincar com a gente?'
— Quero! — disse o garoto, sua voz carregada de esperança. Ele observou aliviado quando a expressão das crianças se suavizou. Elas se olharam, sorrisos se formando, e uma delas ofereceu a mão, dizendo: 'Então vem, vamos brincar de esconde-esconde!' Com um brilho de entusiasmo nos olhos, o garoto se juntou a elas, ansioso para esquecer suas inseguranças e se perder na diversão do momento.
"Enquanto brincavam, um garoto mais velho, que parecia gostar de causar problemas, se aproximou e puxou o boné do garoto. As orelhas do garoto ficaram expostas por um momento, mas ele rapidamente as cobriu com o cabelo, o coração acelerado e a expressão de pânico. As outras crianças observaram a cena, algumas com curiosidade e outras com um misto de surpresa e desconforto. O garoto tentou agir naturalmente, mas a vergonha e o medo eram palpáveis.
Uma garota, com o olhar curioso, perguntou: 'O que você está escondendo?' Alex, o garoto, engoliu em seco e, tentando parecer calmo, respondeu: 'Eu... Nada.' Seu tom era nervoso, e ele se esforçava para manter a compostura, sentindo a pressão dos olhares das outras crianças sobre ele. A tensão no ar era palpável, e Alex se perguntava como poderia lidar com a situação sem revelar sua verdadeira natureza.
Um garoto da mesma idade de Alex, percebendo a situação, se aproximou com determinação. Ele puxou o boné do garoto mais velho e, após uma breve luta, conseguiu recuperá-lo. Com um sorriso de apoio, ele entregou o boné de volta a Alex. 'Aqui está,' disse ele, 'não se preocupe com isso.' O gesto inesperado fez com que Alex sentisse um alívio momentâneo e, com gratidão, ele colocou o boné novamente na cabeça, sentindo-se um pouco mais acolhido entre os novos amigos.
Enquanto Alex colocava o boné de volta, algo inesperado aconteceu: as luvas rasgaram, revelando suas escamas. Um silêncio constrangedor caiu sobre o grupo, e as crianças começaram a correr, assustadas e confusas. O garoto que havia recuperado o boné, no entanto, permaneceu parado, observando Alex com uma expressão de simpatia e preocupação. Ele se aproximou lentamente, tentando confortar o garoto. 'Não se preocupe,' disse ele, 'não precisa esconder quem você é. Eu vou ficar com você.'
Sentindo-se aliviado pela atitude compreensiva do garoto, Alex não conseguiu conter as emoções. Ele se aproximou e, com um suspiro de alívio, envolveu o garoto em um abraço apertado. 'Obrigado,' murmurou ele, a voz embargada. O garoto devolveu o abraço, oferecendo um sorriso reconfortante. 'Você não está sozinho,' disse ele suavemente, 'e eu estou aqui para te apoiar.' O gesto de amizade fez Alex se sentir mais seguro e aceito do que jamais havia se sentido antes.
Aliás, meu nome é Hiro," disse o garoto, ainda com um sorriso caloroso. Alex, ainda abraçado a Hiro, levantou a cabeça e olhou nos olhos dele. 'Eu sou Alex,' respondeu, sentindo uma nova sensação de amizade. 'Obrigado por me ajudar.' Hiro sorriu novamente e disse: 'Vamos encontrar um lugar onde possamos conversar mais. Estou aqui para te ajudar a se sentir à vontade.'
Isso demonstra a generosidade de Hiro e a vontade dele de ajudar Alex. Aqui está como você pode descrever essa cena:
Hiro tirou seu casaco e o envolveu em torno de Alex, cobrindo suas escamas e ajudando-o a se sentir um pouco mais escondido. 'Vamos para minha casa,' disse Hiro com um tom encorajador. Juntos, eles caminharam pelas ruas, e Hiro fez questão de manter uma conversa amigável para distrair Alex e fazê-lo se sentir mais à vontade. Quando chegaram à casa de Hiro, ele abriu a porta com um sorriso acolhedor. 'Sinta-se em casa,' disse ele, enquanto Alex entrava, sentindo-se gradualmente mais seguro e grato.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The House of Hybrids
Teen FictionAlex, nosso híbrido Axolote/ personagem principal, conhece mais híbridos no mundo humano, eles são: Lana,Hiro, Jhonatan e Char. Confirma a história deles!