Não!

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Lembrando que aqui a linha do tempo não é muito definida~ são algumas cenas soltas pra mostrar mais ou menos onde eles estão ;) 

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— Ah mas vai-te a la mierda! — Sul esbravejou de repente com um papel na mão assustando Santa Catarina que o olhou apreensiva. O gaúcho percebeu e se justificou ainda bravo. — De novo mais taxas! E a cara de pau do Minas! Ele sabe que eu não tô legal e insiste em pagar pouco nos meus produtos sendo que é ele que precisa dessa merda!

— M-mas não é só o Minas neh?

— Não! — Respondeu forte demais e reajustou o tom de voz. — Mas ele tá sendo o pior. E ainda faz aquela cara sonsa quando eu vou reclamar dizendo que a culpa é do Brasil. Ele se acha demais porque tinha bastante ouro nas terras dele. Mas agora acabou e o jaguara quer manter a pose! Isso me deixa possesso!

— Eu tô vendo. — A mulher murmurou bem baixinho. — E o Brasil? — Desviou a atenção de si.

— Viajando o filha da puta! — Gritou de novo. — Quando eu meter a mão nele me segura senão...


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— Eu tenho mesmo que trabalhar? — Paraná reclamou dengoso para o melhor amigo.

— Sim. — São Paulo sabia que aquilo naquele momento era manha. Quando Paraná ficava triste de verdade ele simplesmente se fechava na própria bolha. — Deixa de ser preguiçoso meo. Cê já tem uma pilha de coisa acumulada pra fazer. — Chutou o sulista para que se mexesse e saísse da cama. — Aproveita que é home office. Não to nem pedindo pra tu tomar um banho. — Encarou o menor. — Mas o chuveiro é serventia da casa, pode usar.

— Vai tomar no cu. — Reclamou enfim se movimentando para fora da cama. — Tomei ontem.

— Ontem não, antes de ontem. E ontem e hoje são dias diferentes. — Virou de costas se afastando vendo que ele ia se levantar de verdade. — Tem café na cozinha.

Paraná grunhiu reclamando. Mas o paulista tinha razão, sua semana de férias remuneradas acabou, precisava voltar à vida normal. Superar um certo alguém. Sentiu um aperto no coração quando pensou nisso. Respirou fundo tentando ignorar a sensação e se levantou.

Realmente tinha serviço acumulado para fazer e tinha certeza que estava dando trabalho extra para sua região. Focou em pensar em Santa Catarina, ela estava sendo um doce consigo, mandava mensagem de vez em quando de alguma bobeirinha para o distrair da dor sem nunca mencionar a situação ou nada relacionado ao Sul.

Novamente pensou em quem não queria. Essa era sua vida agora aparentemente.


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Cariño. Tu está muito estressado. — Uruguai comentou vendo em como o maior chegara.

Eu sei. — Sul murmurou abafado. Tinha se atirado no sofá da casa do namorado com a cara numa das almofadas. — Desculpa cariño, é que o Brasil tá sendo um chinelão comigo e a coisa tá apertando cada vez mais.

Timidamente o hispânico se senta perto de sua cabeça e acaricia suavemente seu cabelo.

Eu não entendo porque você ainda tá lá.

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