Literário Casamento

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— Emilly, já está com as três pastas que iremos utilizar hoje?

— Sim, senhorita. A senhorita vai apresentar os modelos ainda hoje?

— Eu pretendo. Mas vamos ver como estará o fluxo desta reunião. Já que meu pai estará lá com seu fiel amigo Gabriel.

Na enorme sala composta de mármore da mestiça, Marinette e sua secretária se encontravam nervosas enquanto se preparavam para a dita e cuja reunião que aconteceria dentro de 6 minutos.

Marinette possuía uma sala ali, mas não estava na empresa da qual era responsável. Sabine não seria a sede da reunião de hoje, muito menos Gina.
A sede seria aquela cuja deu início as outras duas. A principal, que somente o maior dentre a família ficava.
Dupain, a maior e principal empresa fundada por Tom Dupain.

Mesmo não sendo a responsável por ali (E muito menos a filha preferida) Marinette tinha sua sala, caso seu pai solicitasse seus serviços por ali. Tal como Luka tinha a dele, que para a infelicidade da mestiça, se encontrava ao lado da sua.

Marinette sabia que assim como ela, seu irmão se encontrava nas mais detalharas preparações para a reunião que teriam a pouco minutos. E é claro que uma destas preparações seria desestabiliza-la emocionalmente.

Porque não?

— Maninha!

A mestiça revira os olhos ao vê-lo.

— Senhor Dupain. — Sorriu, irônica — Acho que já devo lhe chamar assim, certo? Levando em consideração que entrou em minha sala sem bater, como se fosse o dono de tudo isto aqui.

— Não bati porque sou seu irmão, oras! — Sorriu, se aproximando — Mas, está certa. Logo eu serei o dono de tudo e não precisarei lhe dar explicações do que faço ou deixo de fazer. Inclusive, é sobre isto que vim falar hoje.

A vontade de revirar os olhos se fez novamente presente nos ares da mestiça.

— Contando vitória antes da hora, Luka? — Cruzou os braços, o encarando — Não sei porque estou surpresa. Isto é mesmo a sua cara.

— Não estou contando vitória, maninha. Só estou te lembrando para que fique um pouco mais esperta. — O sorriso do mestiço some, dando lugar a uma carranca — Sem gracinhas na reunião de hoje, Marinette. Você, assim como eu, sabe que nosso pai só pode escolher um de nós dois para preservar o império dele. Então, de qualquer forma, um de nós sairá perdendo. E sei bem que você pode não lidar bem com isto, ou tentar aprontar para ser a escolhida. Então, já lhe adianto para não ousar tentar nada. Estou de olho em você.

— E o que te faz realmente pensar que será o escolhido do nosso pai? — Perguntou.

— Está avisada, mana.

Luka se retira quase que tão rápido quanto apareceu, deixando Marinette sem a sua resposta.

Porém, se seu irmão achava que poderia intimida-la logo cedo, talvez ela também poderia usar disto.

— Emilly, pegue as pastas. — Ordenou, seguindo Luka — E você, maninho...

O mesmo se vira, com a melhor carranca de tédio que possuía.

— Diga.

— Também quero lhe adiantar que é melhor que não apronte hoje.

Revirando seus olhos azuis, Luka retorna a andar. Porém, Marinette não cessa.

— Sei que você utiliza golpes sujos para vencer, Luka.

— Ah, eu utilizo?

— Claro que sim. Principalmente o fato de você ser filho da mulher tão amada pelo papai.