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Pov: Priscila Caliari.

Fiquei horas na reunião, imersa em um mar de discussões e especulações que pareciam se arrastar sem fim. Meu papel como líder da facção era delicado e a pressão era palpável. Cada palavra que eu proferia, cada decisão que tomava, tinha o potencial de expor minha identidade secreta. A sensação de estar constantemente na linha tênue entre o controle e o colapso era angustiante.

Apesar da minha liderança e das habilidades que desenvolvi ao longo dos anos, a reunião não trouxe respostas claras. A única novidade que surgiu foi a preocupante retomada das investigações pela polícia. Soube que, após a morte do meu tio, a facção não foi extinta como todos esperavam. Em vez disso, continuou operando nas sombras, um fantasma das antigas práticas que parecia ressurgir com uma nova determinação.

A informação de que a polícia estava investigando novamente me deixou inquieta. O medo de ser descoberta cresceu a cada instante. Se os detalhes da investigação se aproximassem da minha liderança, todo o esforço para manter minha identidade oculta estaria em risco. A sensação de estar sobre um precipício, com a possibilidade de uma queda iminente, era uma constante em minha mente. Cada passo em falso poderia revelar não apenas minha identidade, mas também desmantelar tudo o que eu construí para manter a facção viva e operante.

A ideia de que a polícia estava mais próxima do que eu gostaria de admitir me deixava em um estado de alerta constante. O peso da responsabilidade e o medo de ser descoberta começavam a se entrelaçar de forma sufocante. Eu precisava agir com cautela e inteligência para proteger minha identidade e garantir que a facção continuasse funcionando sem atrair a atenção indesejada das autoridades.

Claro, aqui está um trecho ampliado:

Eu não posso deixar ninguém descobrir, não agora. Consegui esconder isso por tanto tempo, e não posso deixar que esse segredo seja revelado. Eu sei que tenho uma filha, e é precisamente por isso que estou mantendo esse segredo dela. Não quero que a Isabel siga meus passos. Quando eu era adolescente, acreditava que seria a melhor coisa do mundo ter todos com medo de mim, sentir o poder nas minhas mãos e saber que todos me respeitavam ou temiam. Mas agora, olhando para trás, percebo o quanto essa escolha foi errada. O que eu vejo agora é uma realidade muito mais sombria e complexa. Descobri que, além de todos os meus atos de bravura, também tenho muitos medos, e o principal deles é que a polícia possa descobrir a verdade e me distanciar da minha família. O medo de ser separada da minha filha é aterrorizante, e a possibilidade de perder tudo o que construí, e mais importante, o que mais amo, me assombra diariamente. Esse segredo é a única coisa que me mantém no controle, e eu preciso protegê-lo a todo custo.

Priscila: Marcos, quero que descubra sobre isso o mais rápido que puder me ouviu? Quero saber quem é nosso traidor, para a polícia saber sobre a gente alguém tem que ter contado.

Marcos: Priscila, vai ser mais difícil do que você pensa. É a polícia, quem você acha que está nos traindo?

Priscila: Não faço a mínima ideia, mas sei que temos aliados da polícia com a gente e isso significa que algum deles está mandando informações para a polícia. Quero está ciente do que está acontecendo aqui.

Coloco minhas mãos em minhas têmporas, sentindo o peso esmagador da angústia e da raiva. A pressão nas minhas mãos é quase um alívio momentâneo, mas não diminui o tumulto que se agita dentro de mim. A frustração por não saber para onde ir ou o que fazer a seguir é avassaladora. Cada vez que fecho os olhos, minha mente é assaltada por uma sensação de desamparo. Estou perdida, e a insegurança é como uma corrente invisível, amarrando-me a um lugar de incerteza e medo. A raiva fervilha em mim, não só pela situação em que me encontro, mas também por minha incapacidade de encontrar uma solução. Sinto uma mistura de desespero e impotência, como se cada possível caminho à minha frente estivesse obstruído por uma neblina densa e impenetrável. A ausência de uma direção clara me atormenta, e a dor de não ter uma resposta para o futuro só intensifica meu tormento interno.

𝕆 𝕥𝕒𝕝 𝕒𝕞𝕠𝕣Onde histórias criam vida. Descubra agora