Capítulo 01

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Como todos os outros dias, atrás de um trabalho que traga a grana pra casa , mais sempre era os olhares julgadores emcima de mim , negra e moradora de favela, sempre que viam o meu currículo se impressionavam, mais sempre quando chegava no meu end...

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Como todos os outros dias, atrás de um trabalho que traga a grana pra casa , mais sempre era os olhares julgadores emcima de mim , negra e moradora de favela, sempre que viam o meu currículo se impressionavam, mais sempre quando chegava no meu endereço, o semblante já fechava e diziam que ia ligar no outro dia , nunca ligavam.

As vezes a vontade de chorar fala mais alto, mais a vontade de ver a minha mãe bem e forte de novo e bem mais forte que a mágoa no peito, um dia vou estar igual aquelas ricas , curtindo a praia com a mamãe do meu lado e claro o namorado dos sonhos.

Fui tirada dos meus pensamentos, quando a moto gigantesca preta foi parada do meu lado, mostrando um homem de pele parda , tatuagem por todo peitoral,e algumas que cobriam o seu braço esquerdo, seus olhos claros marrons, seu cabelo na zero, conhecido como Cleber.

— Boa noite Thai — ele falou risonho, em ver o susto que eu levei com a sua chegada inesperada

Cléber era como um irmão pra mim, nossas mães eram muito amigas, aos dezesseis anos do Cleber sua mãe foi morta pelo seu pai, sempre o caso de agressão doméstica, ele cresceu com um ódio eterno pelo seu pai, mais não tinha a coragem de matar ele , então pediu pro perigo matar ele , seu pai foi torturado e morto na sua frente, Cleber não derramou nenhuma lágrima, mais ficou em silêncio em toda a tortura até a morte de seu pai — acredito que o Cléber, ainda é o jovem de 16 anos, que não pode ver a sua mãe ser livre e feliz.

— boa noite irmão — beijei sua bochecha, sua mãos rodeou a minha cintura, me puxando pra mais perto.

Deixando nossos rostos perto de mais um do outro, fazendo eu soltar uma risada nervosa.

— A bucetinha ficou encharcada agora né preta? — ele falou risonho, e eu dei um tapa forte no seu ombro.

— infelizmente não, você tá fraco amigo
— mordi a sua bochecha e ele sorriu.

Solto a minha cintura,e deixou que eu subisse na sua moto. Não estávamos longe de casa, mais gostava de uma carona grátis.
Mais passamos enfrente a minha casa, ele seguiu caminho pro penhasco do morro, o que dava uma linda vista pras luzes do Rio de janeiro.

Nós sentamos numa pedra, ele puxou um baseado do bolso e acendeu e começou a fumar ali . Eu já era brisada sem precisar de um baseado.

— Aí como foi as entrevistas preta — ele tentou puxar assunto.

— Uma merda como sempre, acho que eu só vou conseguir um emprego, se eu mudar de tom de pele e mudar pro asfalto.

— é muito preconceito preta, eu até iria te arrumar um emprego, mais a vida é muito errada no tráfico.

— Cléber, eu preciso de um emprego, a minha mãe precisa de mim.

— Eu sei preta, eu só tenho esse emprego, mais vou tentar com a minha prima de arrumar um emprego na loja dela , mais caso você esteja mesmo necessitando de dinheiro, pode ir lá na boca , sempre tem trabalho pra mulher lá — ele ofereceu o baseado pra mim.

E eu aceitei, dei a primeira tragada, aquela fumaça aceda na minha boca, soltei rápido aquela fumaça ruim, sentindo uma sensação estranha bater no meu corpo.

[.  .  .]

Quando cheguei em casa, encontrei a minha mãe dormindo no seu quarto, seus remédios certos tomados , passei pela sala vendo o Cléber pagar a senhora Vanusa que cuida da minha mãe enquanto eu estou fora de casa.

Cléber se jogou no sofá, e eu fui na direção do banheiro, tomei um banho rápido, vestido uma roupa não tão sexy porque Cléber ainda estava em casa — assim que cheguei na sala, encontrei a porta da frente aberta,caminhei até a mesma, encontrando cleber e outro garoto, os dois conversavam sobre algo.

— O lanche chegou Cléber? .

Perguntei, chamando a atenção dos dois .

— sim pega aqui minha preta — Cléber respondeu, dando o lanche nas minhas mãos.

— Prazer Thaila — respondi para o garoto que não parava de me olhar.

— Aa, Fafá eu — ele respondeu envergonhado e eu sorri.

— Pode ir lá começar a comer preta, vou resolver o B.O aqui e já entro também.

— Tá bom irmão, boa noite Fafá.

Virei as costas e entrei pra dentro de casa.
Noites de lanches aconteciam diariamente, Cléber não tinha namorada, então nós Samos a sua família. Amo esse cara como irmão, nunca tive maldade com ele , e percebo que ele nunca teve comigo.

Cléber me ajuda muito com as contas , e como cuidar da minha mãe, mais eu não vejo a hora de arrumar um emprego e tirar esse pesos da costa, odeio ver ele pagar as coisas, talvez algum dia ele possa usar isso contra a mim, ou jogar na minha cara, mesmo eu confiando que ele nunca iria fazer isso, passamos por coisas ruins juntos, e isso supera qualquer ego egoísta.
Irmão de outra mãe, é o que samos.

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Gostaram do começo da história, diferenciado?.

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