024

105 4 0
                                    

☆LEXIE☆

Eu precisava fugir nem que fosse só por uma noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu precisava fugir nem que fosse só por uma noite. A ideia de enfrentar a realidade estava me sufocando e uma festa parecia a maneira perfeita de deixar tudo para trás, pelo menos por algumas horas. Quando cheguei ao lugar, a música alta e as luzes piscando me distraíram o suficiente para que eu esquecesse as mentiras que tinha contado.

Já tinha tomado alguns drinks quando uma garota de cabelo loiros e curto apareceu do nada. Ela era do tipo extrovertida, com um sorriso fácil e energia contagiante.

— Ei, está sozinha? — ela perguntou  aproximando com confiança, eu apenas concordei com a cabeça. — Sou a Sam.

— Lexie — respondi tentando corresponder à animação dela.

— Lexie, hein? — Ela repetiu o nome como se estivesse provando. — Vou te apresentar para meus amigos. Venha, eles vão adorar você!

Antes que eu pudesse recusar, Sam me puxou pela mão, me guiando pela multidão até um canto onde um grupo de pessoas estava reunido. Eles eram animados, e logo começaram a me incluir na conversa como se eu fosse uma velha amiga.

— Esse é o Jake, a Liz, e ali é o Davi — Sam apresentou cada um deles. — E aí, galera, essa aqui é a Lexie. Ela veio sozinha.

Jake me oferecendo um copo. — Quer um gole?

Aceitei sem pensar duas vezes, me agarrando a qualquer coisa que pudesse ajudar a enterrar os pensamentos perturbadores. A bebida descia queimando, mas junto com ela vinha uma estranha sensação de liberdade.

— E aí Lexie — começou Davi, o mais quieto do grupo, me observando com um sorriso provocador. — Você já experimentou algo mais... forte?

— Forte como? — perguntei ainda meio perdida.

Liz, uma garota de morena e com  piercing no nariz, riu. — Ah, ela é nova nisso! Aqui, tenta isso. — Ela me entregou uma pílula branca, seus olhos brilhando de excitação. — Vai te fazer sentir incrível.

Eu hesitei por um segundo mas com Sam ao meu lado incentivando com um olhar encorajador, acabei aceitando. Depois da primeira pílula, tudo ficou mais fácil. A segunda veio logo em seguida, e a partir daí, a realidade começou a se tornar um borrão.

— Vamos para outra festa! — Sam gritou já puxando todo o grupo para fora.

Eu os segui sem questionar, a música e as luzes agora parecendo parte de um sonho. Quando chegamos à próxima parada, uma balada de striptease, tudo parecia ainda mais surreal. Lá dentro continuei bebendo, aceitando tudo o que me ofereciam sem pensar duas vezes.

Sam me puxou para a pista de dança e começamos a nos mexer ao som da música nos perdendo no ritmo.

— Ei, tirem as roupas! — alguém gritou do grupo, e eu congelei por um segundo sem saber como reagir.

Sam riu e começou a tirar as próprias roupas, uma peça de cada vez, até ficar apenas de lingerie. Ela se aproximou de Jake, que estava sentado em um sofá, e se jogou no colo dele, rindo.

— Vai Lexie, é só uma brincadeira! — Davi me provocou, com um olhar que fez meu estômago revirar.

Eu não consegui fazer nada além de me sentar ao lado deles, sentindo meu corpo pesado, incapaz de reagir. Antes que eu percebesse, as mãos de Davi começaram a se mover pelo meu corpo, toques que me faziam sentir ainda mais perdida.

— Ei, deixa ela em paz. — Sam finalmente disse, rindo como se fosse tudo uma grande piada.

A sensação de náusea me atingiu com força, e eu mal consegui me levantar antes de correr para o banheiro. Vomitei segurando a pia com força, tentando não desmoronar. Quando terminei me sentei no chão, minha cabeça girando enquanto lembranças de tudo o que estava acontecendo voltavam à tona, me atingindo como uma marreta.

Batidas na porta me tiraram das lembranças, mas eu não tinha forças para responder. Quando finalmente consegui me levantar, olhei ao redor e percebi que o grupo havia sumido. Saí do banheiro cambaleando, procurando por eles em todos os cantos mas estavam todos desaparecidos.

Desesperada saí para a rua sentindo o ar frio da madrugada me cortar. Me sentei na calçada tentando segurar as lágrimas mas elas começaram a cair antes que eu pudesse evitar. Peguei meu celular com mãos trêmulas e liguei para Chris, o único que me veio à mente naquele momento.

— Lexie? — Chris atendeu, sua voz soando confusa e preocupada.

— Chris... eu... — minha voz falhou, as palavras presas na garganta. — Eu não sei onde estou. Não sei o que aconteceu...

— O que você quer dizer com não sabe? — A voz dele ficou séria claramente preocupado. — Lexie onde você está? O que aconteceu?

— Eu não sei... — sussurrei, as lágrimas caindo livremente agora. — Não sei se fizeram alguma coisa comigo. Chris eu... eu estou com medo.

Houve uma pausa do outro lado da linha, e então a voz de Chris voltou agora mais firme.

— Lexie, me escuta. Fica onde você está, me manda sua localização agora. Não sai daí, entendeu?

Assenti, mesmo que ele não pudesse me ver, e enviei minha localização. A sensação de alívio misturada com medo tomou conta de mim enquanto eu esperava sentindo o vazio se expandir dentro de mim. Eu queria poder esquecer tudo, mas agora parecia que o pior estava apenas começando.

Grávida do Vinnie Hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora