Que merda.
Você pegou o controle remoto da televisão ao seu lado, clicando com raiva no botão de energia. O zumbido fraco havia desaparecido, deixando-a sentada sozinha no sofá, olhando para a maldita coisa. Você esperava que um bom filme pudesse distraí-la das coisas, mas tudo o que queria agora era servir outra taça de vinho — você estava sóbria demais para lidar com o cansaço dos treinos.
Com um resmungo, você se inclinou para a frente em direção à mesa de centro, sua visão um pouco turva enquanto você alcançava a garrafa de vinho que estrategicamente colocou lá quando sua noite começou. Era um pouco difícil de segurar devido à sua falta de jeito inspirada pelo álcool, mas, eventualmente, agarrou o gargalo. Quando você o levantou, no entanto, percebeu que a garrafa estava vazia. "Porra", você disse arrastadamente. "Eu já bebi tudo?" Deixou a garrafa cair no chão à sua pressa para sair do sofá. Olhando para baixo, percebeu que a garrafa de vidro não tinha quebrado — apenas rolou pelo carpete.
Um suspiro de alívio escapou de seus lábios, então se levantou, tropeçando ao longo do caminho, você chegou à cozinha e começou a procurar outra bebida. Sua busca, no entanto, levou a um fim decepcionante — aquela garrafa de vinho tinha sido a última de seu estoque. "Nem fodendo." Bem, você não era do tipo que bebia em grandes quantidades, o que explicava a seca alcoólica que estava experimentando, mas, do jeito que as coisas estavam indo, você precisaria fazer uma viagem até a loja de bebidas mais próxima.
Antes que você pudesse decidir sobre a ideia, seu telefone começou a vibrar — o tom agudo de seu celular cortando o ar e agredindo seus ouvidos sensíveis. Eu realmente preciso escolher um novo toque, você pensou pela centésima vez desde que atualizou seu telefone. Era algo que você continuava insistindo que eventualmente faria, mas com prazos, responsabilidades e agora... "Alô?" não perdeu tempo em interromper seus pensamentos, mal tendo pressionado o telefone contra seu ouvido enquanto falava.
"Nossa, eu praticamente consigo sentir o cheiro da bebida daqui." Era o tom prateado da pessoa mais próxima de você no hotel dos atletas, Flávia Saraiva, ou a apelidada carinhosamente de Flavinha. Do outro lado da linha, uma cacofonia de vozes e sons misturados alinhando suas palavras. "O que cê tá arrumando, gata?"
Você deu uma risadinha. "Um vinho que eu tinha comprado antes, é uma delícia."
"Ah, perfeito, garota." Ela disse, apenas parcialmente sarcástica. "Isso significa que você tem todos os motivos para se juntar a mim naquela festa noturna que planejaram pra gente."
"Pra ser sincera, não tô com vontade de sair, Flavinha." Você disse se sentando no sofá novamente e jogando a cabeça para trás.
Flávia suspirou. "Deixa de besteira ,mulher, tá literalmente a cinco minutos de você, não pode ficar treinando e se escondendo aí pra sempre."
"Não posso?" Era verdade que a sua rotina desde que chegou em Paris era treinar, treinar e se esconder no quarto, você nunca tinha sido muito boa em socializar com as pessoas, então a maior parte das suas conversas era através do telefone.
"Claro que não, sai da tua toca e desce aqui com a gente, até a Jade veio e olha que ela nem tá reclamando!" Sua voz era gentil, apesar da leve exasperação que transparecia.
Você gemeu. "Isso é realmente uma novidade, mas não me convenceu."
"Claro, fique se escondendo, se enterrando no trabalho e se afogando no fundo de uma garrafa enquanto cai na miséria."
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Room 85 - Yuto Horigome
Fanfiction! Conteúdo Adulto ! Alguns dias antes das Olimpíadas, os atletas selecionados já se encontravam organizadamente na capital da França, Paris. Durante a noite, eles buscavam entretenimento para relaxar a cabeça após o dia cansativo de treinamento ince...