Capítulo 7: Ângulo de Rogério

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Eu já estava um pouco bêbado quando Lázaro tirou a roupa, e aquilo me surpreendeu. Ele tem um corpo muito bonito e um pênis completamente dotado. Senti-me envergonhado na frente dele, questionando se eu estaria à vontade o suficiente para me despir também.

Mas então, lembrei-me de que não era nada que ele não tivesse visto antes no vestiário. Ele estava certo. O que custava?

Olhei para Lázaro, reparando em seu corpo, e isso me deixou intrigado. Havia algo libertador na forma como ele se movia sem inibições, como se o mundo ao nosso redor não existisse.

Com um suspiro, comecei a me despir, sentindo o olhar de Lázaro percorrendo meu corpo dos pés à cabeça. Assim que fiquei nu, senti a brisa fria da noite contra minha pele, aumentando minha sensação de vulnerabilidade.

Sem pensar duas vezes, joguei-me na piscina, deixando a água envolver meu corpo. Mergulhei, tentando me esconder debaixo d'água, esperando que a piscina escondesse meu embaraço. Enquanto estava submerso, senti uma estranha mistura de vergonha e libertação. Por um momento, senti como se estivesse me permitindo algo novo, algo que não sabia que desejava até aquele instante.

Ao emergir, encontrei os olhos de Lázaro me observando, e, por um instante, uma conexão silenciosa passou entre nós. Estávamos ali, nus e vulneráveis, mas, de alguma forma, isso parecia certo.

Lázaro começou a puxar assunto comigo enquanto nadávamos, sua voz soando casual e descontraída. "Seu corpo é muito bonito, Rogério. Não precisa se envergonhar dele," disse ele, olhando-me com um sorriso no rosto.

Com um tom de sarcasmo, acrescentou: "Com todo respeito, tu é um gostoso."

Fiquei sem graça, sentindo meu rosto esquentar, mas não consegui evitar rir da situação. "Que isso, me respeita, garoto," respondi, tentando manter um tom leve e despreocupado.

Mas, mesmo enquanto eu ria, não pude deixar de sentir uma certa tensão no ar. Havia algo na forma como Lázaro me olhava que me fazia questionar o que realmente estava acontecendo entre nós. E, por mais que tentasse ignorar, não podia negar que seu elogio havia mexido comigo mais do que eu gostaria de admitir.

Enquanto relaxávamos na piscina, Lázaro teve a ideia de fumar um baseado. Ele me sugeriu a ideia com um olhar maroto, e acabei aceitando. Sentados na beira da piscina, passamos o cigarro entre nós, a fumaça subindo preguiçosamente no ar da noite.

Enquanto fumávamos, eu não podia deixar de notar como os olhos dele não paravam de me observar. Havia um desejo nítido em seu olhar enquanto ele percorria meu corpo nu. Sentia seus olhos percorrendo meu peitoral, meus mamilos rosados, minha pele branca, até chegar aos meus pelos pubianos e meu pênis.

Ele continuava fumando, mas sempre me observando. Aquilo estava me deixando um pouco excitado, o calor da noite se misturando com a sensação da erva e o olhar intenso de Lázaro. Eu sabia que deveria me sentir desconfortável, mas parte de mim estava gostando daquela atenção inesperada.

A fumaça parecia criar uma atmosfera de intimidade e liberdade entre nós, e por um momento, todo o resto desapareceu. Era apenas eu, Lázaro, e o desejo palpável que pairava no ar.

Enquanto conversávamos e fumávamos, comecei a perceber que Lázaro parecia estar mais animado do que o normal. Notei que ele havia ficado de pau duro, uma evidência difícil de ignorar. Ele percebeu meu olhar e se desculpou, rindo um pouco envergonhado.

"A maconha sempre me deixa com tesão", ele disse, tentando explicar a situação de maneira descontraída.

Ri da situação, tentando ignorar e disfarçar o constrangimento que começava a se formar.

"Não é melhor você vestir uma cueca, não?", brinquei, apontando com o queixo na direção dele. "Ou vai ficar me apontando isso a noite toda?"

Lázaro riu, e por um momento, a tensão se dissolveu em meio à leveza da brincadeira. O clima entre nós ficou um pouco mais relaxado, embora eu ainda sentisse uma vibração elétrica no ar, uma mistura de camaradagem e algo mais que eu não conseguia definir completamente.

Lázaro, com o olhar perdido na água da piscina, começou a fazer uma reflexão filosófica, ainda claramente afetado pela maconha e pela situação.

"Você já parou pra pensar sobre o que é realmente o desejo?", perguntou ele, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e intimidade. "Às vezes, acho que o que sentimos é só uma manifestação do que é natural, uma forma de expressão humana. O que significa realmente estar atraído por alguém? É só uma resposta física, ou há algo mais profundo nisso tudo?"

Ele se virou para mim, os olhos fixos e cheios de uma intensidade incomum. "Esse desejo que sinto agora, meu pau duro, é apenas um reflexo da nossa conexão ou da liberdade que sentimos neste momento? Estamos apenas sendo quem somos, sem barreiras ou julgamentos."

A conversa foi tão inesperada quanto a situação. Eu me senti sem resposta, um pouco desconcertado pela profundidade e pela sinceridade das palavras de Lázaro. Sem saber como reagir, me deixei levar pela correnteza do momento, tentando encontrar uma resposta que não parecia vir facilmente.

O silêncio se instalou por um momento, e o clima entre nós ficou mais relaxado, com um toque de introspecção. Lázaro parecia aliviado, enquanto eu lutava para processar o que acabara de ouvir e encontrar uma forma de responder.

O clima estava carregado de tensão e um certo grau de vulnerabilidade. Lázaro, com um olhar sério e uma expressão que parecia mesclar sinceridade e autoironias, começou a falar.

"Olha, Rogério," ele começou, sua voz soando mais suave e hesitante. "Eu preciso ser honesto com você. Sinto que tem algo entre nós que não posso ignorar. Não sou de me abrir assim, mas é difícil para mim não perceber que sinto uma atração por você."

Ele riu de maneira nervosa, desviando o olhar momentaneamente. "Sei que pode parecer confuso e até um pouco precipitado, mas é como se algo maior estivesse nos guiando para esse momento. Às vezes, a vida nos coloca em situações que nunca imaginamos e, mesmo sem querer, acabamos revelando partes de nós que preferíamos manter escondidas."

A maneira como ele falou fazia com que Rogério questionasse a sinceridade de Lázaro. Ele parecia estar tentando colocar a responsabilidade de seus sentimentos sobre Rogério, fazendo-o se sentir confuso e incerto sobre como reagir.

Lentamente, Rogério se aproximou de Lázaro, tentando entender o que estava acontecendo. O beijo começou de forma hesitante, quase como um teste para ambos. A intensidade do beijo cresceu rapidamente, refletindo a mistura de confusão, desejo e um certo grau de manipulação psicológica.

Enquanto nos beijávamos, despidos, eu sentia o calor do corpo de Lázaro contra o meu, nossas mãos explorando cada curva e linha, até que o pau duro dele estava entre as minhas coxas. O toque era elétrico, acendendo uma faísca de desejo que parecia consumir tudo ao redor. Apesar da minha confusão, eu sentia uma forte atração por Lázaro e, em um impulso, correspondi ao beijo com fervor, mergulhando mais fundo nesse novo e inesperado território emocional.

A intensidade do momento transformou o beijo em algo mais profundo e ardente, uma fusão de corpos e vontades que parecia transcender a realidade ao redor de nós. O ar estava carregado de desejo, e pela primeira vez, me permiti perder completamente naquele instante, abraçando a sensação de liberdade e conexão que se formava entre nós.

Desconstrução (Thriller Gay Erótico)Onde histórias criam vida. Descubra agora