Meu amor, meu medo.

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Na sala de aula do segundo ano do ensino médio, encontrava-se lotado pelos alunos, todos acomodados em assentos e também em pés nos cantos diferentes. Rose e Gwen, que estudam na mesma sala de aula, são inseparáveis. A sorte é que professor algum mostrou um incômodo de ambas estarem juntinhas no fundo, afinal, não atrapalhavam a aula. A região do fundo é um lugar para elas conversarem de maneira discreta. Alguns superiores jamais descobriram o propósito da união, já outros, não se importaram. Rose Johnson se encontrava em sua carteira, descansando a cabeça sobre o material, permanecia inconsciente ao sono para aproveitar o período ausente do professor. Rose possui um sono moderado, graças a cadela chamada "Lady dog" que mordisca seus dedos dos pés para chamar a atenção e mostrar para sua dona que o pote de ração está vazia. Até então, nunca carregou uma dignidade para se envolver no sono novamente. Gwen se estabelecia na lateral, pertinho da Rose, mostrava ocupada com a atividade de casa que havia esquecido, desta vez, usando o caderno da Rose em base para plagiar as respostas.
As duas possuem um costume de trocar presentes, com propósito de justificar a gratidão dos atos que realizam no período de amizade. Mas, existia uma camada do ato, que são as brigas. Os conflitos acontecem através dos motivos bobos, mas, não são levados a sério. A origem dos conflitos é a discórdia da necessidade de retribuir aquilo que foi dado. A atenção da Gwen foi desviada para Rose, a imagem da menina é devorava com seus olhos famintos, discretamente elogiava, não havia um rompimento para intervir na sequência.  Entretanto, ainda necessitava da conclusão da atividade, e o foco retornou para a tarefa de casa.
O curto tempo foi se passando rápido, e Gwen se encontrava em vitória, pois havia terminado a tarefa de casa. Ao invés de armazenar o material em sua bolsa, descansou sobre a mesa, um pouco na lateral da presença para não incomodar a mulher que estabelecia a imensidade do sono. Gwen se aproximou da bela adormecida, e decidiu apoiar os braços na mesa para apoiar sua cabeça por cima, assim, participando do sono com a garota ao lado.
Os longos momentos foram se passando rápido. A velocidade é o arqui-inimigo da perfeição, destrói aquele que deveria alcançar a fórmula perfeita no prazo, entretanto, para estabelecer diante do rival, dependerá da paciência e potencial para efetuar suas tarefas ou projetos. Através da validade, o instrutor entrou na sala de aula, causando uma atração nos olhares dos alunos, principalmente na Rose, que embora esteja dormindo, a audição denunciou a saudação do professor  para dama que levantou os olhos cansados e conduziu para Gwen, que ainda estava sendo escrava do sono pesado. Rose Johnson demonstrou seu repúdio e desempenhou na força para que aquela loira separe do relacionamento dependente com leves sacodes.
— Gwen... Gwen... — Durante as atitudes, Rose chamou pelo nome da Gwen, e prosseguiu com aquela atividade, demonstrando uma chance mínima de desistir. — Gwen, acorda... Ei Gwen...
Existiu uma imensa dificuldade para despertar a Gwen, aparentemente sendo mantida na prisão de Alcatraz, um lugar impossível de fugir.
Em suas memórias, Gwen e Rose marcaram uma noite para dormirem juntas. Mas, o sono da Gwen foi tão pesado que acabou dormindo mais que a Rose, (que estava acostumada em acordar cedo) e nesse intervalo, Rose foi se encontrando com a preocupação, e seu desejo em despertar a loira com diversos espirros de água estava se tornando insuportável para engolir.
Após um longo período para acordar, Gwen começou a se mover, e isso garantiu uma esperança para despertar daquele sono pesado. Após um período, seus olhos exaustos se levantavam, e sua cabeça girava como se estivesse experimentando um brinquedo giratório no parque de diversões. Gwen se tornava cada vez mais próxima em desistir da luta contra o sono, e iria voltar a adormecer. Entretanto, foi forte e resistiu ao desejo. Os projéteis solares atingiram na íris de esmeralda, e provocaram uma reação imediata em se tornarem estreitos para se proteger do dano. Sua língua se estabeleceu em grude no céu da boca, necessitando água, e a saliva está distante de sustentar a sede. Rose se conservou no núcleo da fidelidade, e se concentrava na luta contra o desejo. Qual seria esse desejo? Elogiar aquela mulher de: "Minha Rapunzel." O medo é um obstáculo que provocava vulnerabilidade e matava aquela vontade, portanto, resolveu ficar quieta. A atenção da Gwen conduziu para Rose se conduzindo para Rose, que assim a encontrando, sorriu e perguntou.
— Oi, sempre esteve aqui?
O flerte da loira provocou uma onda de risos da Rose, que envergonhada resolveu entrar na brincadeira.
— Sim, sempre estive aqui para lhe ver. — Retribuiu o flerte.  — O professor acabou de chegar.
— Ah- Quem? — Questionou Gwen, enquanto leva a a atenção ao professor de história que estabelecia em organização da mesa.  — Ah tá, o broxa-
— GWEN! — Rose repreendeu.
— O quê foi? — Gwen voltou a se questionar, um pouco constrangida pelo sermão e também o fato que Rose se expressou emburrada.
— Humpf! Então, você copiou a atividade do meu caderno?
— Sim, eu copiei. — Gwen confirma. 
No percurso da confirmação, resolveu se espreguiçar, alongando seus pulsos, braços e ombros. Devido ao desempenho, estalos satisfatórios dos ossos emergiram.
O professor de história se acomodou na cadeira em frente a mesa. Devido os materiais estarem posicionados sobre a mobília, tirou um fichário, e virou a página com seus dedos. Em ordem alfabética, encontrou uma lista com os nomes dos alunos. O medo instalou em certas regiões da sala, um exemplo para mencionar é um pequeno grupo ausente das atividades, e aqueles que precisam de notas, mas, estão realizando a atividade de última hora. O prazo para a entrega da atividade foi considerado justo pela classe, e o professor garantiu um aviso que aqueles que não entregarem durante a chamada, perderão a nota. Portanto, a chamada foi introduzida, e os primeiros alunos com a iniciativa de "A" para baixo foram se levantando para entregarem seus cadernos.
Durante o processo, Gwen recebeu um convite para se aproximar na mesa do professor, que embora trazia felicidade e alívio, ainda existia um resquício de medo. "E se o professor estranhar as semelhanças nas respostas minhas e da Rose?" Porém, felizmente não ocorreu, o professor corrigiu, e não apresentou suspeitas pelos cadernos idênticos desde a chegada da Rose.
Rose retornou para a carteira, se acomodando no assento, e lançando um olhar curioso para Gwen, que respondeu com seus olhos se encontrando com a mulher dos seus sonhos.  Em razão do momento parecer curto, a ausência do som foi rompido pelas palavras da Gwen, que expressava a gratidão para sua "amada."
— Obrigado Rose. — Gwen agradeceu pela gentileza e continuou. — Obrigado por ter emprestado o dever de casa, eu não sei o quê seria sem você. — Esboçou um leve sorriso.
Em compensação, Rose retribuiu o agradecimento com um aceno em sua cabeça, e seus dedos foram se conduzindo para a textura da pele localizada na estrutura facial. O pouso foi tranquilo, e um carinho foi concebido no terreno, causando sensações boas na loira ao grau de abaixar sua cabeça ou tentar encontrar um lugar para se esconder. 
— Por nada. E o quê você acha sobre isso?
— Eu não quero pensar, eu fico triste, entende? Sabe aquele medo de descobrir que você está no universo, mas sua pessoa favorita não existe?
Uma tonalidade de cores mistas em vermelho e rosa foram se tornando visíveis nas bochechas da Rose, que indicava uma vergonha que carregava, e ainda gostava.
— Por exemplo... Nós? — Perguntou Rose.
Durante o contato visual, Gwen respondeu um "sim" através do aceno em sua cabeça, e prosseguiu com afirmações.
— Não sei o quê faria se você não tivesse comigo, Rose. De todas as mulheres que conheci, você é a única que tenho medo de perder.
— Gwen, o quê a gente conversamos? — Indagou Rose com uma seriedade nascendo em sua expressão facial. Seus dedos foram dominados por uma pressão, causando que aperte um pouco em volta das bochechas da menina até fazer um biquinho, entretanto, resolveu afrouxar. — Não vou lhe trocar, não importa o dinheiro que podem me oferecer, você é mais valioso que qualquer coisa que todo homem possui uma obsessão selvagem.
Naquele instante, uma avalanche de perguntas preencheram a mente da Gwen. Qual seria a interpretação que Rose estava considerando? Platônico ou algo que está bem distante das expectativas? Afinal, Rose a considerava como "amiga", e não o amor da sua vida. A emoção em está com Rose é muito boa, e conseguia sentir borboletas voarem em seu estômago. Quem é a Rose? Sua amiga? Amor da sua vida?
E não é a primeira que Gwen sente um medo da Rose a trocar, já perdeu das vezes que perdeu o sono por causa desse pensamento, e ainda confessava para seu psicólogo. Apenas pensar que um dia alguma mulher esteja interessada na Rose, o coração não vai resistir o peso, sua pressão vai cair, e junto com seu mundo, encontrará um vazio na escuridão, que somente a superação irá tirar, isso é se ele for forte bastante.
— Você me promete que não vai me abandonar.
— Eu prometo, Gwen.

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