no one will hurt you.

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Chloe Foster

Sinto minhas pernas perderem a força quando a vejo caída no chão. Porra, por quê minha vida se parece uma montanha russa? Em um momento, estou lá em cima. Segura. E logo depois, estou descendo ela a cem por horas.

- mãe?! Acorda! - digo segurando seu rosto pálido

- o que aconteceu aqui dentro? - meu irmão pergunta olhando em volta

- olha, a panela de pressão está caída no chão, o barulho de estouro deve ter sido ela explodindo - Isaac diz e eu sinto lágrimas grossas escorrerem por minha buchecha quando vejo um sangue escorrer por suas pernas

- o bebê..

Digo e olho pro Isaac que arregala os olhos, enquanto o Mike olha pra gente sem entender.

- bebê? Que bebê? - Mike tenta ter contato visual comigo mas eu me levanto e corro até um telefone

Não sinto minhas pernas. Minhas mãos estão tremendo. Vejo sangue em meus dedos, e sinto meu coração acelerar, até que uma mão aperta meus dedos em volta do telefone.

- Chloe, respira. Olha pra mim, sua mãe e o bebê estão bem, você precisa só pensar nisso agora - Isaac diz e faz um carinho de leve em minha mão

Assento com a cabeça e uma lágrima caí. Limpo as lágrimas rapidamente, e disco o número do hospital. Alguns segundos se passam, até que alguém atende.

- olá, do hospital São José e..

- eu preciso de uma ambulância, agora - digo cortando a fala da mulher que suponho que seja a recepcionista

- claro, onde você se encontra? - escuto ela tocando nas teclas do computador

- rua Otávio Peixoto, casa número 13 - digo e Isaac me abraça de lado enquanto Mike segura minha mãe no chão

- ela chegará em torno de uma hora - ela diz e eu dou risada

- tá de sacanagem?

- não, senhorita. O protocolo é..

- que se foda o protocolo, ou você manda uma ambulância agora ou eu atravesso esse telefone e dou na sua cara - digo e começo a andar pela casa tentando me acalmar

- tudo bem, está a caminho, mas pode demorar - ela diz e eu desligo a ligação

Demorar? O hospital não dá nem 20 minutos daqui. Quando você quer algo bem feito, faço você mesmo.

- vamos levar ela, vou pegar as chaves - digo e pego a chave do carro do meu irmão, eles pegam ela no colo e a colocam no banco de trás

Dito, e feito. Chegamos no hospital em no máximo 10 minutos. Vejo a recepcionista que me atendeu, tenho certeza que é ela por causa da voz e do jeito que lixa as unhas como se não se importasse com os outros. Meu irmão entra correndo no hospital com minha mãe em seu colo, uma enfermeira atende a gente e colocam ela em uma maca.

A minha mãe parecia bem. É o que eu estou tentando colocar na cabeça antes de ter um surto psicótico. Ando até o Isaac, e ele me abraça.

O melhor amigo do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora