capítulo 22

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A lua, com seu brilho suave e cansado, parece se exaurir ao ouvir sobre você,como se suas luzes pálidas já tivessem testemunhado todas as minhas dores e anseios,transformando-se num eco distante de um amor que nunca terá fim

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A lua, com seu brilho suave e cansado, parece se exaurir ao ouvir sobre você,
como se suas luzes pálidas já tivessem testemunhado todas as minhas dores e anseios,
transformando-se num eco distante de um amor que nunca terá fim.

Sinto que ela me escuta, resignada, refletindo a melancolia do meu coração,
como uma amiga silenciosa, que entende o peso da saudade.

Às vezes, conto também para as estrelas,
essas que parecem tão apaixonadas por você, mas ignoram a verdade amarga:
meu coração é um campo de batalha, onde a saudade e o amor não correspondido
se entrelaçam em uma dança dolorosa,
cada batida é um lamento que ressoa no vazio, como uma canção triste repetida todas as noites.

No jardim, as flores já se cansaram de me ouvir falar de ti.

Vejo suas pétalas murcharem a cada desabafo meu, como se absorvessem minha tristeza,
como se o amor que derramo por você fosse uma água amarga que as sufoca.
E, com o coração pesado, me pergunto se realmente saberia cuidar de ti,
ou se apenas me tornaria uma sombra na sua luz.

As flores já viram minhas lágrimas silenciosas,
elas sabem do sorriso forçado que coloco no rosto quando falo de você,
e cada gota de lágrima que cai nelas parece lhes dar voz:
sussurram que o amor, às vezes, é uma carga pesada demais para se carregar sozinho,
que nem sempre ele floresce, mesmo quando regado de esperanças.

Talvez eu seja apenas um emaranhado de confusão,
um labirinto de emoções desencontradas onde me perco dia após dia,
presa entre o desejo ardente de te ter e a realidade cruel de te ver distante.

O tempo passa como um rio impiedoso, arrastando tudo,
e cada momento longe de você se estende numa eternidade sem fim,
um suspiro que nunca alcança o alívio.

A tristeza é minha única companheira, fiel e incansável,
e mesmo na beleza da noite estrelada, sinto meu coração se despedaçar.

O amor que carrego, tão vivo e tão preso dentro de mim, ecoa nas sombras da minha alma,
como um grito abafado, um lamento solitário por tudo que nunca vivemos.

Assim, sigo caminhando entre sombras e desejos não realizados,
um fantasma de um amor que apenas sobrevive na minha memória.

E enquanto observo a lua se apagar lentamente,
percebo que ela é meu reflexo: uma luz cansada, que ainda brilha,
mesmo que apenas para iluminar a solidão de quem ama em silêncio.

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