Precisa mesmo disso tudo?

143 13 14
                                    


--- JEFF ---

Quando nós voltamos da homenagem do irmão do Mitt eu vou direto para a garagem ajudar o Fernando com o carro, passei a manhã mexendo no do Pit, e estou dividindo meu tempo nisso, finalmente consigo colocar o motor na sua melhor potência.

- Fiquei sabendo que trabalha aqui, mas mexe no motor do meu oponente, como posso confiar em você? – Ouço quando ainda estou de costas mexendo dando os últimos ajustes.

- Eu não preciso te sabotar, acho que vai perder de qualquer forma. – Eu me viro para observá-lo e depois volto a terminar o que estava fazendo, as pessoas ao redor murmuram e alguns mecânicos vaiam.

- Você não é o cara de Alan? Não deveria torcer por ele? – Ele ergue a sobrancelha e se aproximando.

- Eu não estou dizendo que não torço por você. – Eu sorrio ironicamente. – Mas, ele investiu relativamente mais em técnica, eu mexo no carro, não mexo no motorista.

- Ora seu... – Ele ergue o punha e eu lhe dou um sorriso, sua mão é parada.

- Não o toque. – Eu nem sei de onde Alan surgiu.

- Amanhã, eu vou acabar com o teu cunhado, e ai sim, não pode dizer que não avisei. – Seus olhos são repletos de ameaça e eu bufo.

- Boa sorte com isso. – Eu sorrio.

- Jeff. – Alan me repreende.

- Eu só falei a verdade. – Eu ergo os braços e o mecânico do meu lado ri.

- Termine isso. – Alan aponta para ele que assente, pega em minha mão e eu caminho ao seu lado, primeiro peço para tirar o macacão da oficina, me lavo no vestiário, e vamos para casa. – Por que precisa arrumar tantos problemas?

- Eu não gosto quando as pessoas são arrogantes, eu trabalho pra você, não pra ele, você não questionou minha lealdade. – Eu digo enquanto caminhamos, ele balança a cabeça, mas sorri, me puxa para perto e beija minha bochecha. Eu pego sua mão e entrelaço nossos dedos, estava completamente sujo, e balanço nossas mãos no ar para frente e para trás. – O que você quer pedir, em little? – Alan se vira pra mim e ergue nossas mãos na altura do ombro.

- Nós podemos ir ao shopping? – Eu peço sorrindo. – Faz dias que eu não saio, e sempre ia... – Eu suspiro.

- Tudo bem, vá tomar um banho e eu te espero no carro daqui uns 30 minutos tudo bem? – Eu assinto animado, parecia que desde que eu tinha me envolvido com Alan estava tão preso em seu mundo que tinha me perdido das coisas que eu fazia antes, eu poderia continuar fazendo com ele, né?

Eu subo e tomo um banho, algumas das minhas coisas tinham sido trazidas de voltas nos últimos dias, Alan acha que eu não percebia a forma como ele aos poucos tentava me trazer para cá. Ontem tinha sido a volta do Mitt pra casa, então "Depois de lá, nós vamos para casa", e ele enfia uma mala cheia de coisas no carro, e depois a mesma coisa quando eu voltei em casa vindo da faculdade antes de ir para a homenagem do irmão do Mitt.

Quando entro no carro Alan já está sentado do outro lado. – Um terno? Ta falando sério? Nós vamos ao Shopping. – Eu suspiro olhando-o de cima abaixo, tudo bem que ele estava gato, mas não precisava disso tudo. Ele ergue o olhar pra mim e suspira.

Eu coço a cabeça e olho para a janela, o sol se punha no horizonte, eu suspiro e Alan me puxa para perto, ele abraça meu pescoço e beija minha cabeça, deito-me em seu ombro, pego meu celular e coloco em um joguinho que gosto e ele fica me vendo por cima.

- Sabia que era do tipo que curtia essas coisas. – Eu olho para cima e ele está rindo.

Quando paramos o carro, Alan tira a parte de cima do terno e fica somente com a camiseta branca, eu sorrio, pego sua mão e ele me puxa pela cintura, ele me abraça, beijando minha cabeça. – O que diabos viemos fazer aqui mesmo? – Ele olha pro shopping?

Sob Minha Autoridade (AlanJeff)Onde histórias criam vida. Descubra agora