Meio que...

0 0 0
                                    

Eu estava na escola, era um dia de festa junina. O clima não estava bom, e quando digo clima não é sobre o sol ou o vento no meu cabelo. É sobre, eu tinha discutido com o Castiel.
E o motivo? Traição.
E ele me mandou mensagem, minutos antes de eu começar a pular quadrilha.
- Eu quero ir embora.
-KKKK SÉRIO?! Depois de tudo?
- Tá vendo Leah? Não dá pra falar com você, você joga essa merda na minha cara toda hora o que eu fiz.
- Dói, Castiel. Isso dói.
- Dói? Dói ver você descer fumando por um caminho que era pra ser só nosso com mais duas garotas e um cigarro, um cigarro!
- Já se perguntou pq eu tô fumando? Isso não é culpa minha.
- De novo jogando o dedo na minha cara
- Não, não estou. Quando eu chegar, nós conversamos.

A conversa terminou com o nós conversamos em casa, eu derramei lágrimas silenciosas sob o celular enquanto lia mensagens anteriores.
E nós tínhamos brigado pela conversa mais fútil possível. Mas isso, não é algo pra agora.
Depois que passei um bom tempo longe, sem nenhuma mensagem ou ligação, percebi que a foto de perfil dele tinha mudado. Era a foto dele agora. Voltei pra casa mais cedo, não queria ficar mais um segundo sem me resolver com ele... Eu só queria, ele.

20:15pm.

-Alô? Momentos silenciosos até que ele respondesse...
-Oi?
-Você não vai ficar né? Tá gostando dela.
-Olha, isso não convém ao momento.
Eu já tinha aceitado que ele simplesmente não queria mais...
-Você gosta dela, não gosta?
-Gosto.

Tá bem...-olhei o teto do meu quarto reparando em qualquer coisa dali pra não cair em choro.

Podemos dormir em chamada ainda, fazer RPG, ler seus livros...- Ele disse tentando parecer "acolhedor"

- Não... Não é mais a mesma coisa.

E desliguei... Naquele dia, senti minha alma se desprendendo do meu corpo, minha cabeça tinha tanta coisa que podiam me chamar de acumuladora compulsiva.
Estava exausta, me sentindo culpada... Mas no fundo eu sabia.
Essa era só mais uma tarde que iria acabar.

Já era de madrugada quando eu me sentei na cama e olhei pro telefone, 0 mensagens dele.... 0 ligações... 1 problema, minha cabeça, minha cabeça tava sendo o problema. O que diabos ele tinha de tão especial, 1 ano e meio nem deve ser tão importante assim, né? 

Fodeu, era sim. E imediatamente eu bloqueei ele, apaguei todas nossas fotos e prints de conversas, tentei excluir o telefone dele da minha caixa de contatos, mas adivinha? Eu não conseguia porquê ele que tinha me dado a droga do telefone, eu me sentia horrível e culpada por ter acreditado nele, não era primeira vez que aquilo me doía, mas puta que pariu. Qual era a necessidade Castiel? Eu te contei meus medos, minhas metas e planos, fizemos mais planos! E você me abandona e mente, eu não queria que essa tarde acabasse. Você era a única tarde que eu queria que ficasse pra sempre, você era o homem que me deixava ser mulher mesmo com o Luan lá, até porque a minha transição nunca foi um problema pra você né? Ou pelo menos eu acho que não era...

Essa não é uma história sobre um bom romance, são diversos homens que já amei, mas você Castiel Fagundes... Você vai sempre me atormentar, e de repente eu não verei mais o seu rosto em meus sonhos... Prezo por este dia mais do que prezo pela minha morte, o que não foram poucas vezes.
E eu espero que você um dia leia isso, assim como leu o meu primeiro livro que provavelmente não vai ser terminado, desde que você foi embora eu tenho evitado (inais alvez or edo o omeço).

Tardes que acabam.Onde histórias criam vida. Descubra agora