12. Morre, que passa!

86 8 6
                                    

Boa tarde, leitoras do pecadão!

Espero que gostem do capítulo de hoje <33 esse capítulo estava para ser republicado faz uns dias, mas só hoje eu consegui fazer isso! agradeço a todos por acompanharem s2


x x x

"Buceta!" praguejo, sentindo dor na perna esquerda sem poder me levantar nem se quisesse. O mundo parece ter dado uma cambalhota e multiplicado a gravidade por cem vezes enquanto me acho caído no chão. Levanto a cabeça dolorida e só o que vejo é uma renca de vizinhas curiosas saindo das casas para ver o que aconteceu.

"Esse cara tá maluco! Ele entrou na minha frente!" ouvi isso e rolei os olhos. Senti vontade de xingar o motorista, mas estava todo ferrado. Minha atenção agora fica na minha irmã correndo para mim, chorando.

"Sasuke, você está bem?!" Sakura pergunta com os olhos nadando em lágrimas, e algum lugar extremamente egoísta dentro de mim sente felicidade por ver tanta preocupação expressada em seu rosto.

"Tô todo arrombado aqui, e você ainda pergunta?" retruco.

"Você é um asno mesmo!" Ela esfrega o antebraço no rosto vermelho. Apesar da dor, meu peito se tranquiliza, e de repente sou flagrado por ela sorrindo. "Filho da mãe, você quase morreu."

"Culpa sua," resmungo, e ela faz uma negação. Vejo atrás dela o namorado conversando com o motorista, com o carro parado no meio da rua, e um enxame de gente especulando tudo.

"Teu rabo! Se você não fosse tão inconformado, isso não teria acontecido." Faço uma careta de dor, e a Sakura preocupada de antes retorna novamente, mostrando-se preocupada comigo, olhando com tanta dedicação que, por um momento, penso em agradecer a Deus por ter me acidentado. Com a chegada afobada de nosso pai, que estaciona o carro em cima da calçada mais branco que uma resma, chega também uma ambulância.

"Não sai do meu lado, Sakura, por favor." Pedi com uma careta só um pouco teatral para reforçar o pedido, e ela concorda nervosamente, apertando minha mão. Logo em seguida, dois homens me imobilizam para uma maca e me levam para dentro da ambulância. Dou uma olhada breve para o namorado sem camisa de Sakura, que fica para trás quando as portas se fecham.

A ida até o hospital é rápida porque meu pai mora perto do centro. Chegando na ala emergencial, sou rapidamente atendido por uma médica geral peituda. Ela me analisa, e não tem outra: tenho de engessar a perna.

"Vocês por acaso são parentes?" pergunta a bela médica loira, toda gentil comigo. Sakura olha para mim, um pouco incerta, e confirma sem muita expressão:

"Irmãos." Sakura é quem responde, e a médica sorri de novo, com a gentileza de aplicar algo para dor.

"Parecem bastante um com o outro mesmo." Na cabeça dela, isso deve parecer um grande elogio, e ela deve pensar como é bonita a cumplicidade entre dois irmãos como a gente. Meu Deus! Se ela soubesse o quanto sou alucinado por essa mulher e o tanto que a desejo... foda-se que é a minha irmã! Sakura me olha sem dizer mais nada, porque estamos conectados e ela me entende só com olhares. A médica logo deixa o quarto, e ficamos sozinhos.

"Como... como tá sendo voltar a morar com o pai?" perguntei, tentando puxar assunto. Ela me olha longamente, dando uma movida de ombro.

"Não sei, acho que tá sendo bom. Bom pra mim." Ficar longe de você... senti que era o que ela gostaria de dizer, mas não disse.

"Já para mim está sendo péssimo."

"O que você achou da médica?" Faço uma negação muda torcendo o lábio, "Sobre o que ela disse da gente. Que parecemos um com o outro."

Pecados inocentes (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora