Capítulo 13

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Allana Vásquez

Os últimos dias do ano foram tão bons, conseguimos, mesmo com alguns impedimentos nos tratamos como uma grande família. Nossos planos de décadas atrás são concretizados hoje.

Até dona Amélia assumiu meus filhos como avó, nos expulsou da casa para ter uma noite com os netos, e isso incluía Ally e Julie, esses estão maravilhados com o contexto de família dessas pessoas.

O resultado foram os adultos do grupo irem a noitada de Saquarema sem as crianças, e pareceu para mim que voltamos ao tempo da faculdade.

Nós finalizamos a noite em um quarto de motel, trocando energias.

Eu estava deitada no peitoral de Martín, minhas unhas bem-feitas alisavam a pele do abdômen e os seus dedos acariciando meus curtos cabelos.

- Cariño, eu estou tão feliz ao teu lado não vejo a hora de pedir o divórcio, para não me apresentar mais com uma amiga somente. -Impliquei debochada.

- Mi amor, pensa que não concordo contigo. Eu só espero que esteja na mesma página, e não ache que sou um emocionado.

- Quais são teus planos? -perguntei interessada.

- Casamento. Eu quero ficar contigo e com os nossos filhos para sempre.

Meu coração errou a contagem das batidas com as palavras dele, e sim estamos na mesma página.

Nós estávamos tomando o desjejum na residência vizinha, feito pela minha futura sogra, Martín apareceu com um sorrisinho cafajeste.

- Olá a todos! Oi, Julie, como você está? -perguntou debochado.

- O que você quer, mexicano insuportável? -rebateu fingindo irritação.

- Eu preciso de uma cantora e alguém que toque violão. Conhece? -Ela o encarou séria, mas os lábios desenhando um sorriso. - Nós vamos abrir o show da virada hoje?

- Sério, Martín? Mas...

- Nada de porém, você canta a beça e toca melhor ainda e tem talento para nos acompanhar, só tocaremos músicas que sabe.

Eu observava a interação calada, mas meu coração de mãe e apaixonada está em êxtase em saber que eles se entendem tão bem.

-¡Sí, por favor, Ju! Canta con nosotros., Ju! (Sim, por favor, Ju! Canta conosco!) -implorou Luna.

- Mamãe! -Julie me chamou, a intenção era saber minha opinião, só tinha uma.

- Eu ficaria feliz em assistir ao show de vocês!

O sorriso no rosto foi a resposta dela.

A noite estávamos todos arrumados, os integrantes do grupo que agora, e esperava que para sempre contava com Julie, com as mesmas vestimentas - as mulheres: camisa social branca, saia e colete preto e o sapato da escolha preto; já os homens com calça.

Eu, Mel, Ally e a minha sogra ficamos no camarote especial, o grupo no palco, minha filha biológica sorridente com o momento, é algo que guardará por toda a vida.

A introdução da guitarra irreconhecível de Martín, a primeira canção escolhida foi '' Celestial'', que foi iniciada por Peter e continuada por meu amado.

Si algún día me ves llorar
No alucines que voy a rogar

(Se algum dia me ver chorar

Não alucine que vou implorar)

O orgulho que sinto pelo talento de Julie, não esperava mesmo que um dos meus filhos fosse ligado a música, o pai por inveja do Martín odeia e eu abdiquei.

Aunque ya no estés conmigo

Me vas a extrañar

(Mesmo que não estiver comigo

Vai sentir minha faltar)

Os três cantando juntos, levando o público ao delírio.

Eles cantaram os principais duetos do RBD, alguns duetos de novelas mexicana as vozes deles se complementam.

Não é nenhum exagero meu dizer que foi a melhor virada de anos de nossas vidas, sem brigas ou receio, somente paz e amor. Foi a amostra grátis da linda existência que teremos quando nos transformamos na família Vásquez-Arango.

Sentimentos CompartilhadosOnde histórias criam vida. Descubra agora