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—Para onde está me levando, Fischer? — Tom pergunta enquanto nos guio pela calçada vazia

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—Para onde está me levando, Fischer? — Tom pergunta enquanto nos guio pela calçada vazia.

—Em um lugar onde você possa conhecer minhas marcas. — Digo o olhando por cima do ombro com um pequeno sorriso no canto dos lábios.

Ele retribui o sorriso e estreita os olhos.

—Isso soou malicioso. — Afirma.

Não respondo, mas tenho certeza de que ele sente quando aperto seus dedos com minha mão.

A sensação de saber que estamos atraídos um pelo o outro ainda parece esquisita. Até porque tudo o que eu sentia por Tom, até uma semana atrás, era o que chamamos de contentamento. Quero dizer, ele sentiu empatia por mim e por todo o drama que tenho em minha vida, então o que eu teria que sentir por ele além de gratidão... é mais gratidão. Mas acho que meu coração se enganou por um instante, e agora estou sentindo que meus sentimentos estão mais embaralhados do que meus pensamentos.

Não vou negar, tenho medo de como isso pode acabar. Mas por enquanto, tudo o que eu quero, é que ele me beije outra vez.

Olho para frente e vejo que há uma biblioteca na esquina. Perfeito.

Agora são oito da noite, o estabelecimento fecha em vinte minutos. Sinto que não demoraremos mais do que isso, então é para lá que caminhamos.

Já ouvi falar nesse lugar, é enorme, e é provavelmente uma biblioteca bem reconhecida em Los Angeles. Mas por experiência própria, sei que nesse horário, as pessoas que circulam em ruas escuras, como essa, não estão atrás de comprar nenhum livro, então não me surpreende o fato de que o lugar está vazio quando entramos. É aconchegante aqui dentro. As prateleiras entupidas de livros são rentes ao teto, e existem tantas fileiras que, com certeza, me perderia nesse labirinto. A luz é fraca e amarelada. Realmente me faz ter vontade de sentar em uma poltrona e passar horas a fio lendo algum romance inocente. Há um balcão pequeno logo na entrada, onde uma senhorinha está acomodada. Ela parece um daqueles personagens típicos que imaginamos quando pensamos em um cenário específico. Não consigo discernir muito bem o que ela está vestindo, mas consigo ver que há um xale feito de tricô em seus ombros, além de seu coque perfeitamente moldado em seus cabelos grisalhos e um óculos meia lua na ponta do nariz.

Ela ergue a cabeça assim que ouve o sino da porta tilintar.

—Como posso ajudar, crianças? — Ela abre um sorriso contido.

Gosto do fato de que ela fala conosco como se fôssemos crianças perdidas em um shopping e não como dois adultos aleatórios que acabaram de entrar em sua loja.

Tom olha para mim e me lança uma piscadela.

Arqueio uma sobrancelha e torço para que ele não diga nenhuma besteira.

—Desculpe o incômodo, mas... essa é minha esposa. — Ele começa a dizer e sinto minhas bochechas ferverem assim que as palavras saltam de sua boca. — E ela está grávida.

sua mente obscura - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora