O prólogo do caos
"Exige habilidade para ocultar que se tem grandes habilidades." - François de La Rochefoucald em Reflexões ou sentenças e máximas morais
Eu era apenas mais uma pessoa comum, vivendo uma vida sem grandes emoções. Meu nome? Eu me chamo Dante Reed, meu trabalho não era nada além de um meio para pagar as contas, e meus dias passavam como uma sequência interminável de rotinas monótonas. Nunca imaginei que minha vida, tão previsível e comum, poderia se transformar em algo... extraordinário.
Tudo mudou naquela noite. Um acidente, uma explosão de luz e energia da qual eu não faço a mínima ideia de como aconteceu, e eu acordei em um hospital, com médicos murmurando palavras que não faziam sentido. Disseram que eu tive sorte de estar vivo, mas eu não sentia sorte alguma. Eu sentia algo diferente, algo dentro de mim que não deveria estar lá.
Poderes? Não sei explicar como ou porquê, mas de repente, eu podia fazer coisas que desafiam a lógica, a física, até a própria realidade. No início, foi um choque, depois, um fascínio. Mas com o tempo, eu comecei a ver o mundo de forma diferente. As regras pelas quais eu vivia antes já não se aplicavam mais a mim.
Conforme os dias passavam, eu testava esses novos dons em segredo. No início, pequenas coisas: mover objetos sem tocá-los, ler pensamentos alheios, manipular as chamas de uma vela. Mas quanto mais eu explorava, mais forte eu ficava, e mais eu queria testar os limites do que podia fazer.
Mas com poder, veio também a tentação. Por que seguir as mesmas regras que as pessoas comuns, quando eu podia escrever as minhas próprias? As consequências das minhas ações começaram a se desfazer, como uma sombra que se alongava lentamente até engolir tudo à sua volta.
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A rota do desespero
Fiksi IlmiahA história segue um protagonista comum que, ao descobrir novos e poderosos poderes, acredita inicialmente que pode usá-los para o bem. No entanto, à medida que seus poderes se manifestam, ele começa a ser atormentado por vozes sombrias que o levam a...