(Concluido)
Luiza e Valentina nasceram na mesma cidade mineira, no mesmo dia e hora, mas seus destinos sempre se cruzaram à distância. Com sonhos distintos - Luiza, aspirante a engenheira de projetos, e Valentina, pianista em formação -, as duas fre...
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Valentina
Valentina e Luiza ficaram ali, entre conversas, abraços, carinhos, lágrimas. Entre muitas histórias não contadas e agora reveladas.
- Sempre soube que essa era minha família de coração - disse Valentina, sorrindo.
Estou tão feliz, pois minha história de vida sempre esteve ligada a essa família. Para minha surpresa, descobri que vocês são meu sangue.
- Você sempre foi parte de nós, Valentina - respondeu Luiza, acariciando o rosto dela.
Valentina sempre se sentiu mais à vontade com eles, e agora o destino lhe mostrava o porquê.
- Era amor - sussurrou Valentina, sentindo-se plena e completa nos braços de Luiza. Chorando.
- Era amor e sangue - sussurrou Luiza, sentindo-se plena e completa nos braços de Valentina, minha marrenta.
- Era amor, sangue, histórias e dor e não sabíamos - continuou Gleice, seus olhos brilhando com uma mistura de alegria e surpresa, chorando, ela até tentou se controlar mas não conseguia, o choro vinha naturalmente. Meus olhinhos verdes sempre estiveram aqui com todos nós.
- O destino nos uniu de uma forma que nunca imaginamos - disse Valentina, apertando a mão de Luiza e da família em um único abraço, não conseguiram se afastar.
- E agora, nada pode nos separar - afirmou Luiza com firmeza, seus lábios curvando-se em um sorriso, ninguém vai nos separar.
Valentina sorriu de volta, sentindo uma onda de felicidade inundar seu coração. Elas ficaram ali, abraçadas, apreciando o momento e a revelação de que seu vínculo era ainda mais profundo do que imaginavam.
- Sempre soube que havia algo especial entre nós, mas nunca imaginei que fosse isso - disse Valentina, seus olhos fixos nos de Luiza, e em seguida voltando os olhares para seu pai, sua mãe e os irmãos. Ninguém para de chorar, até que Raul, soltou uma graça.
- Bom, irmã Luiza, posso ir lá arrumar suas bolsas? - perguntou Raul, tentando aliviar a tensão. Dona Gleice e o Sr. Paulo olharam para ele com surpresa.
- Raul, sempre tentando fazer piada em momentos sérios! - exclamou dona Gleice, com um sorriso no rosto.
Todos se levantaram e, rindo, foram dar alguns cascudos carinhosos no Raul, que fingia se proteger, mas não conseguia conter o riso. A atmosfera ficou mais leve, e a família, unida, sentiu-se ainda mais próxima naquele momento de revelações e emoções.
