ATO DEZ
Eloise estava morando com Paul há duas noites e, mesmo que nunca contasse a Penny, foram as duas melhores noites de sua vida. Ele ficava com ela quando não estava patrulhando, fazia comida para ela - ou pelo menos tentava - e assistia filmes com ela. Estava indo perfeitamente bem e pela primeira vez desde que o conheceu, ela admitiu para si mesma que estava se apaixonando por ele. Ela ainda se sentia estranha por se apaixonar logo depois de deixar William, mas Paul tornava muito difícil não fazê-lo.
Ele a ouviu, nunca levantou a voz e deu-lhe tempo. Nem uma vez ele a tocou em outro lugar que não fosse a mão ou o rosto (embora Eloise às vezes fantasiasse sobre isso). Ao todo, eles estavam perfeitamente bem quando Paul teve que sair de repente. Ele a acordou no meio da noite, Eloise dormindo pacificamente na cama dele, que ele insistiu que ela usasse. Eloise pulou, mas sorriu rapidamente quando viu que era Paul quem estava acariciando suavemente sua bochecha e sorrindo para ela, embora ela tenha notado como o sorriso dele não alcançava seus olhos. Ela se esforçou para não deixar seu olhar vagar quando notou seu peito nu e mesmo no escuro ela conseguia distinguir o rubor em suas bochechas quando espiava seu corpo. Ele parecia tão lindo para ela. Eloise começou a se sentar, sabendo que ele não iria apenas acordá-la, não era algo importante, mas apenas balançou a cabeça, cobrindo-a um pouco mais com o cobertor e acariciando seus cabelos.
— Eu tenho que ir embora, há um sugador de sangue na área. Voltarei em breve, eu prometo. Seth vai ficar na área para proteger você. Ele sussurrou e Eloise assentiu, embora sentisse seu coração apertar com a ideia de Paul ter ido embora. Ela estava com ele há apenas dois dias, mas já se sentia tão apegada a ele que pensou que não seria saudável em circunstâncias mais normais. Você sabe, sem a coisa da alma gêmea.
— Tome cuidado. Eloise sussurrou e Paul enviou-lhe um sorriso atrevido diante de sua voz rouca e carranca triste.
— Sempre tomo. Tenho algo para voltar para casa agora. Ele sorriu, observando enquanto ela corava e cobria o rosto com o cobertor, aconchegando-se um pouco mais no travesseiro dele. Ainda cheirava a ele.
— Só grite bem alto se precisar de alguma coisa. Ele brincou, lentamente se levantando e acariciando o cabelo dela uma última vez. Eloise queria que ele ficasse, ela realmente queria, mas ela sabia que não importava o que acontecesse, ele tinha que ir embora. Talvez ele ficasse se ela pedisse, mas ela não podia pedir para ele deixar seus amigos sozinhos. E ela definitivamente não podia pedir para ele parar de tentar protegê-lá.
— Não demorará mais do que algumas horas.Demorou mais do que algumas horas. Paul não voltava para casa há quatro dias e isso estava começando a afetar ela. Ela não sabia se ele estava bem, onde dormia, se ao menos dormia. Ela sabia que Emily não o deixaria morrer de fome e nem Sam, mas não vê-lo a deixava doente. E literalmente. Ela não conseguia dormir e não era incomum que Seth entrasse em seu quarto e a acordasse chorando.
Os dois se aproximaram nos últimos dias. Às vezes, quando Eloise não conseguia dormir, ela ia até a varanda de Paul e sentava-se com o lobo de Seth. Ela lhe contaria o que estava pensando e perguntaria se ele conseguia ouvir Paul, se sabia se estava. Seth, em troca, deitaria a cabeça no colo dela para confortá-la. Se ele fosse humano, ele diria a ela que estava bem, a matilha ainda procurando a causa dos ataques atuais. Eloise lembrou-se dele lhe contando sobre um sugador de sangue. Depois da quinta noite e da terceira noite com Penny hospedada, Eloise tentou comer direito novamente. Ela preparou o jantar para ela e Penny e limpou tudo para se distrair. Ela tomou banho com o lábio inferior trêmulo, tentando ignorar a dor no peito. Ela se sentiu muito sozinha e ficou confusa com o quanto ela desejava Paul. Ela desejava vê-lo, cheira-lo e toca-lo. Ouvir sua voz e poder falar com ele novamente, passar horas em seu sofá rindo e senti-lo carregando-a para seu quarto e aconchegando-a quando ela adormecia durante um filme.
Seu coração estava pesado sem ele e havia um vazio em seu coração que ela sabia que apenas um certo metamorfo poderia preencher. Penny sabia disso, todos que estiveram ao seu redor nos últimos dias sabiam e então Penny sorriu ainda mais quando ouviu chaves do lado de fora da porta da frente e Paul, exausto, entrou, os olhos procurando instantaneamente por Eloise. Ele respirou fundo, sentindo seus ombros perderem um pouco de tensão ao sentir o cheiro dela que estava por toda a casa.
— O quê, você está cheirando ela agora?"Penny brincou no sofá, olhando para Paul por cima do ombro. A cabeça de Paul virou-se para ela instantaneamente, deixando escapar um suspiro irritado quando viu os pés descalços dela sobre a mesa de centro.
— Só quero vê-la. Ele resmungou e Penny teria rido dele e o chamado de simplório se não fosse pela pequena simpatia que sentia por eles. Penny sorriu e se levantou, espreguiçando-se e caminhando em direção à porta.
— Bem, surpresa, ela também sentiu sua falta. Ela disse, dando um tapinha no ombro dele, notando que ele estava vestindo uma camisa pela primeira vez, embora ela não tenha dito nada. Ela queria brincar sobre como Eloise ficaria ainda mais triste ao vê-lo vestido. Mas ela decidiu não fazer isso pela primeira vez. — Ela está tomando banho, provavelmente lavando as lágrimas. Ela suspirou dramaticamente, fazendo Paul revirar os olhos. — Vou deixar vocês com isso, não quero estar aqui quando vocês acabarem com sua frustração. Ela brincou e Paul olhou para ela, ao que ela apenas riu e calçou os sapatos, deixando-o.
Paul ficou ali por alguns minutos, ouvindo a água correndo no banheiro do andar de cima, sem querer incomodar Eloise. Ele só se mexeu quando ouviu a aba fechar e ela se arrastando pelo banheiro. Ele se sentou no sofá onde Penny estava sentada alguns minutos atrás e esperou ansiosamente por ela. Cada segundo que ele tinha que esperar era uma agonia para ele e ele tinha que segurar fisicamente a perna para que ela parasse de tremer. Ele prendeu a respiração, sentindo dor física enquanto esperava e seu coração só voltou a bater quando ele virou a cabeça e a viu descer os degraus.
Ele observou o rosto dela se iluminar ao vê-lo e como ela franziu os lábios enquanto corria rapidamente ao redor do sofá para abraçá-lo.
Ele abriu os braços e sentiu seu estômago revirar assim que ela estava em seus braços, com as mãos em seu pescoço e o rosto contra seu peito. Todo o corpo dela estava sobre ele e ele se perguntou como ela se sentia confortável assim, mas ele apenas a segurou mais perto dele, com uma mão em seu cabelo e outra em suas costas. Ele esfregou o rosto em seu cabelo e sentiu o cheiro. Isso lhe trouxe uma imensa sensação de conforto e lar. Seu coração deu um pulo quando ela começou a falar.— Senti a sua falta.
Aí meu Deus a nossa querida Eloise está se apaixonando pelo nosso Lahote né? Kkkk
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𝐁𝐋𝐎𝐒𝐒𝐎𝐌, (paul lahote) ✓ - 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚌̧𝚊̃𝚘
FanfictionEm que Paul Lahote imprime em uma garota cheia de hematomas ou Em que Eloise Harlow escapa de seu agressor há quatro anos. PAUL LAHOTE eclipse da lua nova Estou apenas traduzindo com a permissão da autora a história para o português a autora dessa o...