Riley Winchester- Supernatural Fanfiction

Oito - Que Riley?

Dean Winchester

Se tem uma coisa que eu aprendi na vida, foi que é impossível todos os dias serem bons, mas tem sim como todos serem péssimos.

No dia em que tiraram a minha filha de mim, eu fiquei desolado. Fiquei triste, preocupado e extremamente irritado, mas sabia que, assim que eu saísse daquela cela de concreto e ferro, eu iria achá-la. Infelizmente não deu tempo.

Quando eu e Sammy saímos, eu não liguei para mais nada daquela loucura em que estávamos vivendo na época. Eu só foquei em correr até Washington, que era onde Gerald e Lauren moravam.

Quando chegamos, eles já tinham ido embora. Os vizinhos disseram que eles tinham se mudado de última hora, e contaram que tinham conseguido a guarda da neta que eles tanto amavam e desejavam ter em suas vidas, que, segundo eles, o pai criminoso dela não permitia que a garotinha os visse.

Malditos filhos da puta.

Depois daquilo, eu continuei caçando eles, mas Castiel disse que deviam ter posto sigilos fortes na minha filha, pois nem demônios e nem anjos a achavam.

Tentei fazer todo tipo de pacto, mas nenhum nunca deu certo.

"Não irei procurar nada, pois não tem o que achar", os demônios me diziam.

Eu estava arrasado e isso era óbvio e nítido, mas tudo só piorou quando eu li a notícia de sua morte no jornal.

"Riley Winchester é encontrada morta aos 15 anos de idade". Meu coração se partiu ainda mais quando eu li isso e... Por Chuck, eu me tornei outro ser humano, um ser humano que sei que Riley não gostaria de conhecer. Ela ficaria decepcionada.

O que só piora tudo é eu saber o motivo de Gerald e Lauren terem divulgado a morte dela. Eles sabiam que eu e Sammy estávamos vivos, e queriam que soubéssemos que ela estava morta, para que parássemos de procurá-la.

Juro pela vida do meu irmão que, se algum dia eu encontrar aqueles dois, mato eles com um tiro na cabeça.

Rey não merecia nada do que aconteceu. Ela era só uma criança que nasceu na família errada. E o que me deixa mais arrasado ainda - se é que é possível - é saber que ela morreu, achando que eu estava morto e Sam também.

Nunca irei me perdoar por ter me deixado ser pego, ter permitido que tirassem ela de mim e entregassem a aqueles monstros que um dia chamei de sogros. Talvez eu realmente não tivesse muito o que fazer no momento, mas isso não importa. Eu poderia ter encontrado um jeito, qualquer jeito, mas não encontrei.

No momento, eu estou no meu quarto, arrumando algumas coisas. Eu não faria isso, se uma metade de hambúrguer que está perdida no quarto não tivesse começado a feder insuportavelmente. Então, para achá-lo, tenho que arrumar todo o resto da bagunça.

Achei algumas fotos do dia que a Riley saiu do hospital comigo, e achei um tipo de diário que a Margot fez para ela.

Era como se ela soubesse que iria morrer. Ela escreveu um diário, falando com a Riley e disse que daria aquilo a ela quando tivesse seus 18 anos.

Como o plano era a minha filha não me conhecer, Margot escreveu muito da nossa relação nesse pequeno caderno rosa e roxo, para que Rey entendesse.

Nunca abri o caderno, e nunca tive coragem de jogá-lo fora.

Saí de meus devaneios assim que a porta do meu quarto se abriu, bruscamente.

Quando olhei para o lado, vi Sammy, e ele parecia extremamente apavorado. Tinha os olhos arregalados, como se tivesse sabido de algo inacreditável. O que, no nosso mundo, é muita coisa.