Cratera. [introdução]

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1997

– Da-hyun, querida! –Seung-Ho exclamou enquanto tentava alcançar a destra de sua amada que era levada por um vento sobrenatural no ambiente, nunca haviam visto nada igual, a marca das unhas ficaram cravejadas na mesa de madeira da sala, em que a mulher se firmava, lutando por sua vida.

A enorme casa dos advogados mais renomados do país estava tomada pelo líquido dourado e surpreendentemente frio, que escorria por baixo das portas e, estranhamente, pelas janelas. Era como uma enchente descendo pelo telhado até possuir a moradia extensa. Seung-Ho agarrou os braços de sua mulher ao que orava desesperadamente, lágrimas grossas eram acumuladas em ambos, que não compreendiam a razão do ocorrido. O ouro subia cada vez mais, começando a engolir os corpos trêmulos, os encharcando.

– Eu preciso fazer, Seung-Ho...– Chorou a moça, o encarando com súplica.

–Não...não, Da-Hyun. Você não pode fazer isso! – Apertou fortemente os braços de sua amada enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.

– Eu preciso, meu bem. Iremos morrer! – A morena soltou um dos braços com brutalidade, o afastando do marido que tentava a impedir de qualquer forma. — Se eu for...por favor, não deixe de se cuidar...– As palavras saíram fracas, pois não possuía forças. A destra envolveu o colar com o pingente dourado, apertando as pálpebras com dor no peito. – Eu te amo, Seung-Ho. Eu amo você.

— Da-hyun! Para agora! – Os olhos correram em desespero pelo local, visto que não conseguiam ficar em pé. O ouro rapidamente começou a secar, dificultando as coisas ainda mais, era como se estivessem engessados. As respirações estavam ofegantes e os corações batiam violentamente, o medo era maior que tudo, dominando cada célula de ambos.– Nós vamos dar um jeito...por favor, vamos dar um jeito!

— Midas...Midas, eu te chamo!

26 anos depois.

Jeon e o restante do batalhão aguardavam o comando de seu Capitão para que pudessem agir, entretanto, não podiam fazer nada além de análises no momento. O loiro sempre foi curioso demais, lutando pelo que achava certo ou errado, mas dentro de seu trabalho suas opiniões não eram lá importantes.

Estava cansado pelo pesadelo da madrugada, além de ressaca, oque ocasionou diversos xingamentos contra sua pessoa.

– Que porra, quem diria, uma cratera encharcada de ouro. Acha isso normal? – Jungkook questionava a um dos membros do Batalhão, também seu melhor amigo, Kim Taehyung, qual deu risada enquanto corria os olhos escuros pelo campo aberto com um enorme buraco, coberto de ouro como uma grande rocha. O local era extenso, analisando as circunstâncias era quase impossível algo do tipo aparecer, os donos do campo, únicas testemunhas e que tiveram parte seus cercados levados por um vento violento, afirmaram com todas as palavras que não viram nada além da destruição de sua propriedade por causa da ventania e, assim que saíram para fora, notaram a grande cratera com ouro líquido transbordando.

– Isso é realmente anormal, mas nada impossível. Quem sabe um vazamento? Ás vezes as testemunhas estão mentindo. – Ditou entre risos, mastigando um pálido de dente e abaixando seus óculos de sol.

– Não fala assim, olha para esses velhinhos coitados, não mentiriam. – Retrucou Jeon, despejando um tapa fraco no braço alheio.

– Deixa de coração mole e vamos atrás do capitão, ele está conversando com a primeira-ministra, quem sabe descobrimos algo.

– Você que deve ser menos amargurado. – Ambos riram. Jeon deixou que Kim caminhasse na frente ao que passava pela beira da enorme cratera. Os lumes brilhantes corriam pelo ouro ofuscante, estava completamente admirado e instigado, oque o incentivou a ajoelhar e correr o indicador pelo minério já seco. Como caralhos isso aconteceu? Pensou o rapaz, perdido na própria cabeça. – Que...? – Os olhos do militar fixaram em um pedaço de tecido preto, aparentemente de couro. Próximo, se esticou para pegá-lo, se levantando e caminhando até o casal de idosos parados na porta da casa humilde.

– Com licença, senhor e senhora Lee, é de vocês? – Questionou gentilmente, mostrando aos velhinhos para que pudessem dar uma olhada. – Apenas não toquem, por favor, pode ser alguma evidência.

Eles acenaram com a cabeça e se aproximaram. A senhora ajeitou os óculos de grau e franziu as sobrancelhas, curiosa igualmente ao marido.

– Eu e meu marido não temos nada de couro além da jaqueta que ele está usando agora mesmo. – Afirmou com a voz trêmula já pela idade, apontando para a jaqueta do Senhor Lee, que deu uma volta para que o Militar pudesse analisar. Jeon segurou o riso por serem tão adoráveis e se certificou que a jaqueta não estava rasgada.

– Certo...muito obrigado pela atenção, pelo visto esse tecido vai ser útil, mas se lembrarem de algo, não evitem comentar, tudo bem? – Os idosos concordaram em colaboração, Jungkook acenou com a destra e deu meia-volta, dando passos largos até seu Capitão.
Esperou que a conversa entre o homem e a primeira-ministra encerrasse, ainda com uma pulga atrás da orelha, pois com aquela ventania toda algo do casal poderia ter sido arrastado.

– Com licença, Capitão. Queria dizer que encontrei esse tecido próximo ao buraco, questionei os idosos, mas eles afirmaram que não possuíam objetos de couro. Não tenho certeza se pode ser útil, mas é bom analisarmos, não? – O comandante o encarou com aquele olhar amedrontador, Jeon sempre se tremia por dentro quando o encarava diretamente, por mais que soubesse não ter feito nada errado.

– Agradeço, Jeon. Coloque dentro do sirchie, vamos encaminhar para análise.

O rapaz suspirou aliviado e afirmou com a cabeça, ajeitando sua farda e caminhando para dentro da viatura atrás do pacote.






🧚🏻‍♂️
Olá, queridos. Estou aqui novamente, apenas com uma introdução da minha nova fanfic. NÃO É UM CAPÍTULO COMPLETO, eles claramente serão mais longos, como disse, é apenas uma introdução.

Para eu saber se vocês estão interessados em mais, comentem e deem uma estrelinha. 🤍

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⏰ Última atualização: Aug 22 ⏰

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Mãos de ouro. [jjk+pjm]Onde histórias criam vida. Descubra agora