Hoje oficialmente começaram os jogos em Paris. É a minha primeira vez assistindo, e eu e meu namorado, Caio, programamos essa viagem há muito tempo. Abdicamos de muitas coisas para conseguirmos ir nessa tão sonhada viagem.
Ele é louco por esportes, e eu também. Nas Olimpíadas de Tóquio, nós dois viramos a noite assistindo aos jogos. Choramos, sorrimos, ficamos nervosos, tudo isso juntos.
Seis anos de relacionamento não são para qualquer um. Conheço o Caio desde que tinha 17 anos e, desde então, permanecemos juntos. Não conseguimos desgrudar. Confesso que passamos por algumas fases complicadas, e muitas vezes a ideia do término rondou minha cabeça. Mas sempre que isso acontecia, ele me provava por que eu o escolhi e por que nossa relação é tão boa.
Neste momento, estamos nos arrumando para ver a ginástica artística. Resolvemos ir com nossas roupas combinando; gostamos de fazer isso. Hoje, nosso look consiste em uma camisa retrô da seleção brasileira e uma calça cargo. Resolvi usar uma presilha no lado esquerdo do meu cabelo, e Caio escolheu ir com seus óculos, que ele gostava de usar só às vezes, pois vivia falando que causava incômodo nele. Acabava usando só por estética, mas ficava muito bem nele.
— E aí, amor, como é que eu tô? Tô bonito? — ele fala com seu sotaque carioca enquanto faz uma pose.
— Tá maravilhoso, meu lindo — respondo, caminhando em sua direção.
Logo sinto sua mão pousar na minha cintura e fazer um carinho ali.
— Só não tô mais bonito que você, minha deusa — ele pega minha mão direita e me faz dar uma voltinha.
— Maravilhosa — diz, enquanto distribui vários beijinhos pelo meu rosto.
— Amor, assim eu fico com vergonha — falo, tampando o rosto e tentando esconder que estava vermelha.
— Você fica linda assim, toda vermelhinha, parecendo um tomatinho — ele sorri enquanto me encara.
— E você só tá me deixando mais envergonhada, seu bobo.
— É a intenção, mas agora precisamos ir, meu amor. Será que elas vão ganhar alguma medalha? — ele diz enquanto estende sua mão esquerda para mim.
— Tenho certeza que sim, amor. A Flavinha vai arrebentar na trave — não é segredo para ninguém que eu sou fã dela, sempre fiz questão de deixar isso bem claro.
— E a gente ainda tem a Rebeca, né? Que é um fenômeno — ele diz enquanto aperta o botão para chamar o elevador.
— Eu tô animada — aperto a mão dele com mais força, tentando mostrar o tamanho da minha animação.
Ele aperta a minha mais forte também, retribuindo minha emoção, e em seguida leva minha mão até seus lábios e deposita um beijo ali.
— Eu te amo, obrigado por viver isso comigo — ele fala sorrindo.
— Eu te amo mais.
Logo em seguida, ouvimos o barulho do elevador, indicando que chegamos na portaria.
*quebra de tempo*
O Uber para na porta do ginásio, e então eu e o Caio saímos do carro e fomos em direção à entrada.
O lugar era muito bonito, era possível ver as bandeiras de muitos países, mas, sem dúvidas, as cores verde, azul e amarelo se destacavam entre elas.
Fomos em direção ao nosso lugar; compramos ingressos bem na frente para conseguir ver bem as ginastas.
Caio era uma pessoa muito sociável, que conseguia se comunicar com muita facilidade, então, quando olho para o lado, ele já fez dez amizades diferentes.
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𝙋𝙊𝙄𝙎𝙊𝙉 - 𝘍𝘭á𝘷𝘪𝘢 𝘚𝘢𝘳𝘢𝘪𝘷𝘢
FanfictionManuela, muito fã de esportes, resolve ir assistir às suas primeiras Olimpíadas na França. Ela decide ver seus ídolos de perto e, lá, encontra sua ídola, onde acaba vivendo um amor inesperado.