Symphonia Umbral

Encontros e Desencontros

A história por três olhos, capítulo 13: Os elfos se recusaram a entrar em batalha, sequer ofereceram ajuda, quando a guerra começou ele se esconderam, se mudaram para países distantes e fecharam fronteiras, atualmente as maiores colônias élficas ficam no Japão e países vizinhos (...)

"Tenha sempre orgulho do que é, e nunca se rebaixe diante a outros"

Essas eram as palavras de seu pai, ótimas palavras afinal, a última coisa que ele dizia na despedida todo ano quando ela partia em direção a Maraggoth.

"Você deveria se envergonhar de ser desse jeito"

Já essas pertenciam a um garoto aleatório que gritou pra ela depois de a encurralar em um corredor deserto durante a orientação, não era só ele, claro, o mesmo trio de panacas de sempre, dois meninos e uma menina, todos com o mesmo uniforme, incluindo ela mesma.

Uma vestimenta magnífica por sinal.

O uniforme masculino padrão consistia em calças de algodão até os tornozelos, mostrando completamente os mocassins em seus pés, todos na cor marrom com um conjunto de meias curtas brancas.

Uma camisa branca de manga comprida bufante que cobria completamente o pescoço e decorada com bordados, coberta com um colete marrom formal e no lugar de gravatas eram usados laços finos, o qual mudava a cor de acordo com o coven.

Os dois idiotas na frente dela nem sabiam colocar a camisa dentro da calça direito.

Já o uniforme feminino é composto por um salopete marrom com detalhes beges, o cós da saia batia um pouco acima dos joelhos e ficava acima de um saiote branco cinco centímetros mais longo, as duas peças por cima da mesma camisa usada nos uniformes masculinos, manga comprida bufante e a gola até o topo do pescoço decorado com o mesmo esquema de fita.

E após alguns incidentes desconfortáveis envolvendo o uniforme em aulas de voo, começaram a usar em baixo de tudo shorts rodados que ajudam a deixar a saia mais volumosa.

Ambos os uniformes podem ser usados por qualquer aluno em prol do conforto, e inclusive misturar as peças entre eles.

A única peça em comum são robes longos, ou capas, da cor do respectivo coven, decorado com botões dourados e detalhes em branco junto ao brasão da academia no peito, esses que durante o inverno são substituídos por um manto grosso no mesmo esquema de estilo, era obrigatório mas depois de umas décadas os alunos apenas o usam em reuniões formais.

Os três em sua frente possuíam a versão branca do uniforme, onde os laços e detalhes brilhavam na mais pura cor prateada junto com aquele robe pálido horrível.

Ela sonhava com esse uniforme antes, pegava vestidos de sua mãe para fingir ser uma estudante quando mais nova, todos os tecidos usados nele eram perfeitamente confortáveis, leves, e apesar de ser acostumada com roupas mais curtas o comprimento era satisfatório, o detalhe do salopete ser apertado na cintura e não mais para baixo como em outras escolas era sua parte favorita, era como se sentir abraçada.

Mas apesar de toda a beleza glamourosa de seus sonhos de infância ela aprendeu rápido a detestar ver em sua frente os outros uniformes que não eram a versão preta, ou seja, qualquer outro aluno que não fosse do mesmo coven que ela.

Porcaria de academia, porcaria de uniforme e porcaria de estudantes, principalmente esses três em específico.

Voltando a o trio maravilha, o mais alto deles se chama Aspen Mapleleaf, um loiro anêmico que não tem capacidade de limpar a sujeira no próprio olho, inepto quando se trata de qualquer atividade que ele precise usar mais de um neurônio, certamente o mais irritante.