De todos os amores

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Tu és tão livre quanto o vento que busca o horizonte
ou um rio que busca o aceano
sem medo do tempo e das marés da vida,
das turbulências ou do espaço entre a chegada e partida.
Vivendo tudo, como se tudo fosse uma despedida.

Amo-te com a leveza do vento e com tamanha intensida de quem dança sob a chuva da mesma forma que dança sob o sol, com a ousadia que o pássaro ama a ânsia pelo voo.
Amo-te como o navio ama o cais ao mesmo tempo em que veslumbra o mar.
E é assim que eu sei que serei sua, apenas por que podes partir é que serei sua.

E de modo algum poderia te ter sem amar a liberdade, amo-te tão somente porque és livre.
Pois esse mesmo cais que hoje nos separa, foi o mesmo que nos uniu,
e de todos os amores que tive, o teu a quem não posso pertencer,
foi o que mais me possuiu.

... e de tudo, resta-me apenas uma certeza, tudo é um adeus, e nada será capaz de nos libertar tanto quanto isso, e sem duvidas há quem diga que o adeus também é uma prisão, mas que prisão tornaria possível a partida? e quantos sentimentos existem dentro de um adeus? Incontevaeis sentimentos, exceto a saudade e a ânsia pela liberdade.

Então vá, vá e me leve com você, além desse horizonte existemm outros lugares, outros amores e outros adeus, seu abraço encontrará outro abraço mas não esqueça que apenas o meu pertence ao seu, me leve em suas memórias e me veja em poesias, simples poesias, e então eu te encontrarei no próximo adeus.

De todos os amores Where stories live. Discover now