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Texas, Estados Unidos da América, 3 de dezembro de 2017.

Juliette contemplava o jardim da sua casa e esperava ansiosa pela chegada do seu esposo. Hoje era o seu aniversário e suponha que ele lhe faria alguma surpresa por que estava fazendo ela crer que havia esquecido da data.

Hoje estava fazendo 28 anos e assim como Rodolffo era profissional da área de TI, mas sua jornada de trabalho era menor que a dele. Juntos a exatos 6 anos e três de casados, Juliette já não sentia que tinha um companheiro como antes. Rodolffo estava distraído, por vezes frio e impaciente com a possibilidade de ter um filho.

Por prevenção dela e graças ao uso do Diu, a concepção nunca veio, mas por Rodolffo já teria acontecido a tempos. Não era falta de vontade da parte de Juliette, era mais uma preocupação com o conforto da criança e o fato dela estar tão distante da família que a bloqueava de engravidar.

Desde o casamento que o casal vive nos Estados Unidos, porém Juliette deseja voltar ao Brasil, enquanto Rodolffo não. Ultimamente há muitas coisas que os proporcionam atritos e Juliette por vezes se sente saturada.

Rodolffo chegou em casa já passava das 22 horas e seu semblante era por demais abatido. Estava cansado e também um pouco aborrecido.

- Eu fiz frango do jeito que você gosta amor. - Juliette disse enquanto lhe fazia massagens nas costas.

Rodolffo dava leves gemidos e ela sabia que ele sentia dores nas costas.

- Hoje foi puxado amor. - ele disse enquanto sentia Juliette encostar os seios nas suas costas.

Ela queria estar com o marido, mas ele sempre se dizia cansado.

- Mas você não quer deixar eu descansar. - ele disse enquanto via ela deslizar a mão até a sua masculinidade.

- O mínimo que eu mereço hoje é que você me ame. Eu quero sentir prazer e isso só você pode me dá.

Rodolffo virou-se e deitou-se sobre Juliette. Suas mãos habilidosas estimularam o seu clitóris e depois sua boca foi responsável por fazer ela ter o primeiro orgasmo. De seguida, ele a pôs de quatro e com alguma grosseria, que Juliette adorava, lhe segurou os cabelos e foi a estocando forte. Juliette teve outro orgasmo e esse a fez gemer e tremer todo o corpo. Logo Rodolffo gozou e se retirou de dentro dela, indo se lavar em seguida no banheiro.

Juliette encolheu-se na cama e mesmo extremamente saciada, sentia que o marido já não fazia sexo com sentimentos e puramente por prazer, como também obrigação.

Quando ela se recompôs foi até ele e o achou jantando na cozinha.

- Ju, você já jantou?

Ela não lhe respondeu.

- Eu deixei dois pedaços de frango para você.

- Rodolffo quando foi que você deixou de me amar?

- Como é?

- Isso mesmo que você ouviu.

- Juliete eu não deixei de te amar.

- Sabe como eu estou me sentindo agora?

- Só saberei se você me disser...

- Como uma vagabunda que você usou só para sentir prazer.

- Me perdoe se eu te faço sentir assim. Nunca passou pela minha mente a possibilidade de te magoar.

- Passou sim... Eu sei que você sabe que hoje é o meu aniversário, mas você não me deu os parabéns. Te olho e já não vejo o homem pelo qual eu me apaixonei. Você está frio comigo e eu não sei o motivo.

- Eu estou me sentindo frustrado. Não só na vida profissional, mas no nosso casamento também.

- Você quer terminar é isso?

- Não. Mas eu quero que a gente queira o mesmo. Nós temos tudo para ser feliz e eu não te peço muito.

- Não vou engravidar. Se essa for a pauta, realmente não há saída para nós.

- É por isso que você não vai ganhar parabéns hoje. Sempre faço tudo o quê você quer, mas você nunca está disposta a entrar num concenso. Poderia me dizer daqui a um ano ou daqui a dois anos, mas não, a sua vontade sempre tem que prevalecer e a minha nunca tem vez.

- Não é você quem vai gerar um filho. Não é o seu corpo que vai padecer com uma gestação. Não é você Rodolffo.

- Mas fui eu quem te pediu em namoro e depois em casamento, então serei eu a terminar também.

Ele disse sério e Juliette estava o olhando fixamente.

- Não quero mais continuar nessa vida de conflitos e não é só pela gravidez, são muitos outros. Volte para o Brasil Juliette, eu fico aqui e vou refazer a minha vida e certamente você irá recomeçar muito bem sozinha.

Ele tirou a aliança do dedo e pôs sobre a mesa. Era como se uma cratera tivesse se abrindo nos pés de Juliette e ela chorou.

...

A sua partidaOnde histórias criam vida. Descubra agora