Capítulo Seis

729 63 165
                                    

Ford estava em um lugar familiar, mas distorcido. A mesa de xadrez estava no centro de um salão sombrio e Bill Cipher, com seu sorriso irreverente em sua forma humana, estava sentado do outro lado da mesa.

- O que acha de uma partidinha de xadrez, Fordinho? - Bill convidou, com a voz em um tom zombeteiro.

- Bill! Saia do meu sonho, seu demônio! - Disse irritado.

- Ah, vamos. Não seja tímido. - De repente, uma cadeira surgiu atrás de Ford, o empurrando para baixo e o forçando a sentar. Antes que ele pudesse reagir, a cadeira começou a se arrastar sozinha, rangendo no chão enquanto o levava diretamente até a mesa onde Bill aguardava.

O demônio virou o tabuleiro, revelando que as peças brancas agora estavam voltadas para Ford.

- Vou até deixar você começar. - Bill disse com um sorriso malicioso. Ford fez um movimento inicial, mesmo ainda estando irritado.

- Não sei o que planeja, mas acho melhor desistir. - Ford declarou com firmeza, olhando para as peças que Bill movimentava casualmente e descontraído.

- Ora, não estrague o clima com suas grosserias. - O demônio riu. - Escuta, isso aqui é apenas um interlúdio divertido para mim. Não adianta que você insista em ficar contra mim, eu não vou perder novamente.

No exato momento, uma peça de Bill colocou Ford em cheque, o que fez com que ele bloqueasse com outra peça logo em seguida.

- Sabia que todas as vezes em que jogamos xadrez, eu deixava você ganhar? - Bill perguntou, soltando uma risada.

- Eu sabia. - Ford respondeu. - Comecei a suspeitar quando eu sempre ganhava, não importa quantas vezes jogávamos.

Bill riu mais uma vez, movendo outra peça e colocando Ford em cheque novamente.

- Seu ego era tão grande que inflava toda vez que você ganhava de mim. - Zombou.

- Eu só ficava feliz pela sua consideração. Bem, agora eu sei que não era nada disso. - Ford respondeu, tentando não transparecer sua decepção.

A partida continuava com Bill sempre um passo à frente.

Finalmente, Bill fez um movimento decisivo e deu um cheque-mate. O cientista resmungou, irritado por perder.

- Esse é só o começo, meu querido! - Bill disse, enquanto o tabuleiro desaparecia da mesa. - Durante um tempo, eu entendi que perdia as minhas coisas por não as segurar forte o suficiente. Desta vez, eu vou segurar tanto que vão sufocar!

- Você não perdeu nada, porque nunca teve nada! - Ford disse.

Os olhos e o cabelo de Bill ficaram vermelhos até sua forma humana se transformar em um triângulo de um olho só novamente.

- Não abuse da sorte, seis dedos! - Bill disse com raiva, aumentando de tamanho e se inclinando para perto de Ford. - Ou a sua sala não terá janelas!

- O que? - Ford perguntou confuso.

Ford então acordou em sua mesa, espantando e com uma baita dor de cabeça.

▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼▲▼

No dia seguinte, Dipper voltou à biblioteca e acabou conversando mais sobre interesses em comum com o professor Francesco.

Durante a conversa, Francesco compartilhou suas teorias sobre os mistérios de Gravity Falls, expressando sua crença de que a cidade esconde segredos incríveis.

Dipper, que já conhecia a verdade sobre muitos desses mistérios, decidiu não revelar o que sabia. Ele acompanhava as teorias do professor sem confirmar nada, fingindo que não reconhecia as criaturas que Francesco mencionava, deixando que ele acreditasse que eram apenas seres fictícios.

As chances que eu te dei - BILLFORDOnde histórias criam vida. Descubra agora