— Ah, é? — ergo as sobrancelhas, permanecendo com uma face agradável. Alguém nunca havia me procurado ou demonstrado tanto interesse em ir para uma viagem ao meu lado, até porque é algo muito entediante, que é capaz de ser chato mesmo com uma ótima companhia. Então, ponho as mechas da frente atrás das orelhas, permanecendo concentrada no rosto à frente.
— Sim — afirmou, mostrando os dentes entre os lábios rosados — Disso, você não tem do que duvidar — negou diversas com a cabeça enquanto vagava o seu olhar pelo chão, transparecendo uma pitada de vergonha.
De fato era uma sensação estranha que florecia dentro de mim quando presenciava situações como esta, onde é o rapaz que se intimida no dialogo, é como se a pessoa estivesse nervosa demais para conversar com você, justamente porque se importa o que você irá achar dela. É algo que confundi o meu coração de modo tão inexplicável, e causa uma bola enorme de indecisões que so cresce dentro de meu peito. Oh Deus! Quando isso se tornou tão complicado?
Realmente sou muito medrosa. Tenho medo de me arriscar. Tenho medo de esta confundindo carência com paixão, e ao mesmo tempo tenho medo de está perdendo um garoto tão legal.
Enquanto essas dúvidas rondam minha mente, solto um suspiro e balanço a cabeça, tentando afastar o turbilhão de pensamentos.— Eu não estou duvidando de você — digo, tentando soar mais firme do que realmente me sinto.
Ele me observa por um momento, seus olhos penetrantes como se tentassem ler meus pensamentos. Em seguida, ele franze ligeiramente o cenho, como se estivesse ponderando algo importante, e estende a mão para mim.
— Podemos caminhar um pouco? — ele pergunta, a voz suave, mas carregada de uma intensidade que faz meu coração disparar de ansiedade, ainda mais com Dylan mantendo o seu olhar fixamente em cada movimento nosso.
— Claro! — respondo, dando de ombros e iniciando um pequeno passeio ao lado dele.
— Ansiosa para os jogos? — ele perguntou, me lançando um olhar curioso, quase como se já soubesse a resposta.
— Sim, mas não estou com muitas expectativas — admito, tentando manter a voz neutra. Nunca consegui conquistar uma medalha de ouro nessas competições, e isso sempre deixou um gosto amargo. Cada ano, eu dava o meu melhor, mas o mais perto que cheguei foi em uma corrida. E mesmo assim, o ouro me escapou por pouco.
— O mais perto que cheguei de uma medalha de ouro foi em uma corrida — completei, olhando para o chão, tentando fazer graça da minha própria desgraça. A lembrança ainda me trazia um toque de frustração, mas rir da situação era a única maneira de suavizar o peso que ela deixava em mim.
Ele riu de leve, mas havia uma certa doçura em seu olhar quando falou:
— Bom, algo me diz que neste ano vai ser diferente — disse, piscando o olho de forma conspiratória, como se estivesse escondendo algo que poderia mudar tudo.
— No que você vai competir, não precisa trapacear para ganhar. O prêmio já é seu — ele comenta com um sorriso enigmático, tomando a dianteira e caminhando de costas, me encarando de frente com aquele brilho travesso nos olhos. Paro de repente quando ele também para e aponta para um cartaz colorido preso a uma árvore próxima, anunciando uma competição de cantores no acampamento.
— Pressionei a minha mão até conseguir que ela encaixasse isso também na programação do evento — ele diz com um orgulho evidente na voz, mal terminando a frase antes de ser surpreendido por um abraço apertado, fruto da minha alegria inesperada.
— Uou! Se soubesse que a sua resposta seria essa, eu teria me adiantado mais — ele brinca, rindo enquanto corresponde ao abraço com um sorriso que quase não cabe em seu rosto.
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Não Somos Irmãos
Подростковая литератураEmma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. Eles crescem no meio de muitas brigas e confusões, até que Emma começa a sair e conhecer outros garot...