A sala de aula de Poções estava cheia de murmúrios abafados, enquanto os alunos do último ano de Hogwarts se acomodavam em seus lugares. As paredes de pedra gélidas pareciam refletir o humor sombrio do professor que estava prestes a entrar.
Sofia Diggory, sentada perto da frente, arrumava seus materiais, tentando não pensar muito na aula que estava por começar. Sabia que Severus Snape, o professor de Poções, tinha uma tendência a tratá-la com uma frieza incomum, ainda mais severa do que com os outros alunos. E, apesar de todo o seu esforço para se sair bem na disciplina, o tratamento de Snape a deixava cada vez mais desconfortável.
A porta se abriu com um estrondo, e Snape entrou, sua capa preta esvoaçando atrás dele. Seu olhar sombrio varreu a sala, silenciando todos instantaneamente.
Snape: Hoje, nós iremos preparar uma Poção do Sono. — Anunciou ele, com a voz gélida — Para aqueles que são inteligentes o suficiente para não estragar tudo, esta será uma oportunidade de mostrar que têm alguma utilidade. Para os outros — ele fez uma pausa, e seu olhar caiu diretamente sobre Sofia — não espero nada menos do que um completo desastre.
O coração de Sofia apertou no peito. Já estava acostumada com o comportamento dele, mas hoje parecia mais cruel do que nunca. Os outros alunos lançaram olhares curiosos e, alguns, até mesmo solidários em sua direção, mas ninguém ousou dizer nada.
**Por que..? Por que eu..?** — Sofia pensa, tentando conter suas mãos levemente trêmulas
Enquanto todos começaram a preparar a poção, Sofia trabalhou em silêncio, tentando se concentrar. Mas a presença de Snape, que circulava a sala como um predador, a fazia sentir-se como uma presa encurralada.
*Snape para ao lado de Sofia, com seu olhar típico de desaprovação*
Snape: Srta. Diggory — a voz cortante de Snape quebrou o silêncio, e Sofia ergueu os olhos, seu coração batendo forte — Isso é o que você chama de uma poção? Parece mais um lodo envenenado de um pântano nojento. E pensar que você tem a audácia de carregar o nome de Diggory. Seu irmão, pelo menos, tem alguma utilidade. Você, por outro lado, só me faz perder tempo.
Sofia sente os olhos se enxerem de lágrimas, mas tenta contê-las, sentindo o rosto queimar de vergonha e raiva. Queria responder, queria gritar, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Todos os olhos estavam sobre ela, e a humilhação a consumia.
Sofia: Eu... eu tentei seguir a receita, professor — murmurou, com sua voz trêmula.
Snape: Tentou, mas claramente falhou miseravelmente — interrompeu Snape, com um sorriso frio — Talvez devesse considerar abandonar Hogwarts antes de causar mais vergonha ao nome da sua família.
*Ela fez um esforço para continuar mexendo sua poção, embora suas mãos tremessem*
Enquanto a aula avançava, Snape continuava a circular pela sala, mas parecia voltar sua atenção a Sofia a cada poucos minutos, encontrando novas maneiras de criticá-la. Parecia determinado a destruí-la emocionalmente, e Sofia sentia que estava à beira de um colapso.
Finalmente, quando a aula estava prestes a terminar, Snape voltou a se dirigir a ela.
Snape: Srta. Diggory, sua poção é uma catástrofe completa — disse ele, pegando o caldeirão dela e despejando o conteúdo na pia — Zero pontos para a Sonserina. E, sinceramente, é até mais do que você merece. Saia da minha sala imediatamente.
Sofia levantou-se, pegou seus materiais com mãos trêmulas e saiu da sala o mais rápido que pôde, sentindo-se sufocada pela vergonha e tristeza. As lágrimas que havia segurado finalmente começaram a cair enquanto ela caminhava pelos corredores de Hogwarts, procurando um lugar onde pudesse ficar sozinha.
Dentro de si, Snape sabia que suas palavras eram uma máscara, uma barreira para proteger-se de seus próprios sentimentos. Mas, ao mesmo tempo, sabia que estava machucando alguém que não merecia isso. Sofia Diggory era uma vítima de seu próprio conflito interno, e, por mais que tentasse justificar suas ações, não conseguia silenciar a voz que lhe dizia que estava errado.
Ao caminhar pelos corredores, Cedrico vê sua irmã desanimada.
Cedrico: Ei, Sofia! O que houve? — Ele pergunta, se aproximando
Sofia: Ah, eu não aguento mais as críticas do Professor Snape! Parece que qualquer coisa que eu faço, sempre será insuficiente e inútil! Eu não consigo mais suportar isso.. — Ela diz, ainda sem conseguir olhar nos olhos do irmão
Cedrico: Sofi, o Snape é assim com todos.. Sei que é complicado mas parece ser o jeito dele. — Ele coloca uma de suas mãos nos ombros da irmã, puxando-a para um abraço
Sofia: Eu só não sei se consigo suportar.. — As lágrimas começam a escorrer de seus olhos
Cedrico: Eu estou aqui com você, tá? Você sabe que somos inseparáveis, não é mesmo, Lua?
Sofia: Claro.. Sol.. — Ela lentamente para de chorar
No entanto, Snape, assistindo de longe, sentiu um peso em seu coração que ele não conseguia explicar. As palavras amargas que proferia estavam se tornando cada vez mais difíceis de justificar, e, apesar de sua tentativa de esconder seus sentimentos, ele estava começando a perceber o quanto se importava com a aluna, que parecia ser o foco de sua irritação.
A noite caiu sobre Hogwarts, e enquanto Sofia chorava sozinha, Snape se isolava em seu escritório, lutando contra o que começava a parecer uma batalha perdida contra seus próprios sentimentos.
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O Impossível - Severus Snape
FanfictionSofia Diggory, uma garota com longos cabelos castanhos claros, é irmã gêmea de Cedrico Diggory e está em seu último ano em Hogwarts, tendo que enfrentar diversos desafios. Dentre eles o seu maior pesadelo, Severus Snape, conhecido por sua frieza e s...