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(ainda não revisado)
Lorena

Um mês se passou, eu achei um emprego e Lara voltou pro morro novamente. As consultas com o psicólogo estão super bem, voltei a ter a mesma rotina de antes e agora estou tentando superar tudo que vivi a pouco tempo.

Eu acho que mesmo mostrando que tô vivendo no normal ninguém precisa saber que eu ainda choro a noite quando não tem ninguém do meu lado, ninguém precisa ver que eu tô tão fudida ainda.

"- Amor da vida da sua melhor amiga, hoje o destino final é passar o dia todo na praia - Lara resmunga do outro lado do telefone"

"- Qual é Lara, hoje é sábado! tenho que dormir - me mexo na cama"

"- Meu cacete, tô subindo pro apartamento"

Essa vagabunda já tinha armado tudo na cabeça dela? que cobra. Me levanto da cama em um pulo e começo a caçar algum biquíni, coloco um vermelho e saio correndo pra caçar coisas pra colocar na bolsa e não morrer de fome.

Depois de pronta me jogo no sofá, Lara tinha falado que tá subindo porém já faz quase trinta minutos isso. Ligo pra ela e no segundo toque ela atende.

"- Onde você tá? se perdeu no meio do caminho?

- Na verdade eu tô chegando agora no seu prédio - começa a rir - Tinha que arrumar um jeito de você andar rápido.

- Olha aqui sua verme, vagabuda,mulamba, nojenta deixa na hora que você aparecer aqui.

- Você não era tão brava assim Lorena, abre essa porta aqui."

Desligo a chamada e abro a porta vendo ela só de biquíni azul mostrando as diferentes marquinhas que tem, suspiro pra não meter uns tapas nela e então me viro pra pegar a minha bolsa.

- Você é pior que mãe indo pra praia, tem o que nessa sacola gigante?

- Se tu sentir fome tomara que morra com ela - tranco a porta - me recuso a te dar comida.

Então caminhamos até a praia, ao colocar meu pé na areia já senti um leve desespero pelo meu chinelo começa a se afundar. Alugamos um guarda sol com algumas cadeiras, e nós sentamos ali, tiro minhas peças de roupa ficando só com meu biquíni.

- Tá gostosona em. Tenho que focar na academia pra ficar grande igual você - olha pra minha bunda discretamente.

- Para de ser tão sapata assim - me sento - Como estão as coisas no morro?

- As mesma coisas de sempre - dá de ombros - ali, eles tão chegando - começa a acenar pra duas pessoas.

Filipe era uma delas.

- Tá brincando né? - encaro ela rindo nervosa - tipo, só me responde o motivo.

- Achei que você disse que não tinha nada contra ele mais - começo a rir desesperada.

- Nada contra Lara porém não tenho nada a favor também - passo a mão no rosto tirando o óculos - Queria tanto que o universo estivesse a meu favor.

Lara apenas me manda calar a boca e ser amigável. Os meninos se aproximam de mim e o primeiro a me abraçar e o Flávio que me levanta no ar.

- Quanto tempo dona encrenca - bagunça meu cabelo.

- Digo o mesmo Flávio - ele nega e vai até Lara.

Seus olhos estão em mim, e isso queima.

- Não vai me comprimentar? - olho pra ele pela primeira vez.

- Achei que ainda ia me evitar - me puxa pra um abraço apertado.

- Você quem fez isso no meu tempo no morro - me solto dele o mais rápido possível - Tudo tranquilo por lá?

- Tá tudo certo na medida do possível - sua cara tá cansada, ou seja, tem coisa. - semana passada teve invasão e ninguém tava preparado totalmente.

- Sem clima triste ret, vamo só tentar fazer o dia ser legal.

- Como você quiser, aliás seu cabelo tá meio azul - coloca a mão no meu cabelo me fazendo olhar pra ele novamente.

- Gostou foi? - ele concorda.

- Gostei mesmo, ficou maneiro pô - se senta na minha cadeira - quer beber uma gelada comigo não?

- Todos nós aceitamos, obrigada por perguntar ret - Lara se refere a ela e o orochi que riam da situação.

E a tarde acabou que foi assim, pegando marquinha, entrando no mar e bebendo todo tipo de bebida maluca que o Filipe achava diferente, o resultado foi todos bêbados no final.

𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora