capítulo um

0 0 0
                                    

Estava me arrumando no pequeno camarim, minha pele é claro, cabelos muito preto, olhos verdes e lábios finos, eu sou um pouco magra. Bom, é sempre assim nas noites de sexta a domingo, eu me arrumo danço para aqueles velhos ricos, ganho o dinheiro e gasto com bebidas, contas e faculdade, pode parecer estranho uma stripper fazer faculdade, mas um dia motivos para eu entrar nessa merda de vida foi a porra da faculdade. Minha vida nunca foi fácil, meus pais eram viciados em cocaína, perdi a conta de quantas vezes a merda do dinheiro foi motivo de discussão naquela droga de casa, então desde muito nova comecei a beber para esquecer os problemas e isso funciona.

Quando fiz 18 anos resolvi entrar na faculdade para poder sair de casa, então consequentemente fui morar com meu namorado Anders, mas ele está patético atualmente, extremamente ciumento e controlador e é óbvio que ele não sabe da minha profissão. Mas voltando, quando sai de casa precisava de um emprego e então conheci essa boate, o dono é uma pessoa extremamente sedutora, mas fica sempre no mundo dele e mal aprece as vezes. O que importa é que ele paga bem e dá para eu pagar minhas contas e comprar minhas bebidas e para os curiosos de plantão, eu curso cinema.

Estava terminando de me maquiar após colocar as roupas, até que escuto minha amiga Jess falar que hoje o patrão iria aparecer, aquilo me deu um frio na barriga, pois no palco eu não dançava apenas para os velhos, gostava de me mostrar para ele também, na esperança de um dia ele me notar, meu relacionamento já tinha ido pro inferno mesmo.

Assim que fiquei pronta, subi no palco e fui direto ao pole dance. Comecei a dançar no pole com os olhos fechados imaginando que tivesse apenas o patrão ali, eu me dedicava 100% para que aquela dança sensual pudesse ser perfeita até que sinto as notas caindo no palco, dei um breve sorriso e continuei com meu trabalho. Lá no fundo da boate pude ver Julian Brandt, o dono e o famoso patrão sorrindo para mim, pelo visto ele também estava gostando.
Ao terminar, peguei as notas e agradeci indo para o camarim. Eu estava sozinha até que sinto que há alguém ali

—Você foi muito bem hoje, querida _Ele dizia com aquela voz sedutora_

—Voce sabe... Gosto de dar meu melhor e me dedicar 100%. Eu disse que não iria se arrepender de ter me contratado _Digo sorrindo e me aproximando dele_

—Realmente eu não me arrependo, você é a minha favorita, a mais dedicada _Dizia acariciando minha cintura fazendo meu corpo se arrepiar_

—Fico feliz em saber _respondi dando um sorriso de lado_

Sentia suas mãos acariciando minha cintura, confirme a gente trocava olhares e podia sentir as pontadas na barriga de nervoso. Eu só queria minha tequila para aliviar meu nervosismo e realizar meu sonho de transar com esse homem aqui mesmo.

—Preciso ir, tenho que cuidar das coisas ali _Ele dizia mordendo o lábio inferior_

—Uma pena, estava ótimo ficar aqui com você....._Digo provocando_

—Outra hora, que tal? _Respondeu_

—Contanto que não fuja de mim..... _Rebati_

—Nem se eu quisesse, querida.....

Logo ele saiu e me deixou ali sozinha, por um segundo me praguejei por ter sido tão atirada. Procurei minha mochila por todo o camarim e achei a mesma, ali tinha uma garrafa de vodka e não demorou para eu abrir a garrafa e tomar bastante do líquido, eu nem sentia mais a ardência. Comecei a trocar minhas roupas e coloquei o dinheiro na minha mochila, devo ter ficado por volta de 10 minutos bebendo sozinha naquele lugar.
Sentia minha cabeça levemente pesada, então guardei a bebida e saí daquele lugar, simplesmente esquecendo do meu encontro que não era encontro com Julian. Queria apenas a minha cama e que Anders estivesse dormindo.

Cheguei em casa e para minha frustração, ele tava acordado....

—Chegou tarde de novo Kaya _Ele dizia me reprendendo_

—Foda-se, eu tava no trabalho caralho _Rebati_

—Ta bêbada de novo? Caralho, que merda de emprego é esse que você chega todo dia meia noite? E quase sempre caindo de bêbada_Ele dizia irritado_

—Eu bebi um pouco só, e é o meu emprego, oras. Eu pago as coisas direito, então não me encha _Ne joguei na cadeira que havia ali_

—Voce tá vodka pura, olha o teu estado. Nem sei como chegou em casa, caralho Kaya você não percebe que tá se matando com essa merda? Eu tô preocupado com você porra

—Me deixa Anders..... A porra da vida é minha

—Que se dane, você e essa merda. Se morrer, a gente enterra. Vai pro quarto que eu vou dormir na sala, qualquer canto é melhor do que ficar do teu lado nesse estado

Me levantei estressada e fui pro quarto, tomei um banho quente e me joguei naquela cama torcendo pra eu não passar de hoje, pois não queria ter mais uma dr amanhã e muito menos olhar na cara dele. Não sei quando a gente chegou nesse ponto, mas tá na hora de acabar isso.....

Obsessive Love - Dark Romance Onde histórias criam vida. Descubra agora