Vizinho. - ChanSung

Chan as vezes fala demais.

Minha nossa, quanto tempo!! Acho que tem um ano já que não posto, tanto que desenterrei essa das notas, e a últma modificação tinha sido de quase 10 meses atrás. Espero que gostem, porque eu amei escrever a dinâmica dessa daqui.

Boa leitura!!

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Chan sabia que era errado ficar olhando o garoto assim, mas não conseguia evitar, se perdia no sorriso encantador, arrebatador que só este tinha, nos lábios naturalmente mais grossos, a cintura fina, mas tão bem desenhada, o corpo avantajado por conta da academia. Porra, se condenaria eternamente por ter atração por um cara mais novo que si, dado esse que só sabia porque fora convidado para o aniversário dele no ano anterior, já que eram vizinhos.

- Se olhar mais, o garoto vai sumir. – Changbin se sentava agora ao lado do amigo de infância, rindo da cara de abobalhado que este fizera.

- Fica na tua. – Constrangido por, de novo, ser pego analisando aquele ser deslumbrante, Chan suspirava pesado. – Porra, por quê? Ele tem vinte e três anos. Que idiota da minha parte.

- Bom, pelo menos ele não é menor de idade, aí você seria preso, e não fale como se você fosse um ancião, Bang, você está no auge dos trinta anos, é normal sentir tesão em novinhos gostosos que nem o Jisung. – O coreano proferiu, dando risada da cara desgostosa que o outro fizera, não sabendo se pelo elogio ao amor platônico do australiano, ou no contexto geral.

- E por que ele olharia para mim? – Perguntou em tom baixo e desanimador, ainda sentado no sofá da sala, olhando o outro de longe, este que lavava o carro em sua área externa.

- Ih, começa com esses papos depressivos não, já te falei, tu é gato e gostoso para caralho, não te pego porque dois passivos não combinam e eu já tenho o Minho. – Não aguentou nem terminar de falar, rindo em seguida, mas carregando o amigo consigo.

- Caralho, cê só fala merda, Changbin. E desde quando eu sou passivo? Você eu sei que sempre foi. – Fingiu-se de ofendido, mas sabia que o outro levaria na brincadeira, eram assim, já se conheciam o suficiente e viviam se provocando.

- Ah, Chan, vai enganar outro, essa tua postura de ativão 4x4 não cola comigo, sei muito bem que essas suas lamúrias são falta de alguém te comendo de jeito. – Deu língua, em um nível altíssimo de maturidade, dando um gole na latinha de cerveja em sua mão. – E desde que conheci o Minho, não quero outra coisa, se você visse como ficam as veias daquele homem quando está me fo- Fora cortado por um tapa no peitoral forte.

- Eu não quero saber das suas fodas com o Minho, pelo amor. – Riram mais uma vez, se provocavam, implicavam um com o outro, mas sabiam que não passavam de descontrações para aliviar o clima ruim/tenso, e costumava dar certo.

- Que pena para você, iria se amarrar. Mas agora, falando do Jisung, tenho certeza de que aquela cintura sabe se mexer como ninguém, ele deve conseguir fazer altas coisas, basta você tentar chegar nele, que sairá com as pernas bambas no dia seguinte. – Piscou para o australiano, recebendo um belo de um dedo do meio em resposta.

- Não seja ridículo, Changbin, eu poderia até dar para ele, mas não sei se ele teria todo esse vigor que você fala... – Sua fala começara firme, mas terminara quase sussurrada, isso porque, ao olhar pela janela novamente, o assunto da conversa retirava a camiseta molhada do corpo, a jogando em qualquer canto, a cintura fina marcada pela calça jeans, as coxas levemente grossas, o peitoral avantajado, o abdômen já um tanto definido, os braços fortes. Porra, ele com certeza o deixaria, e já deixava bambo, e nem precisava meter para isso...

- É, meu amigo... Quer um lubrificante? Eu compro para você! – As cenas a seguir eram de almofadas voando pelo cômodo, um Chan correndo atrás do coreano em busca de lhe acertar, e as risadas tomando o ambiente.