A Armadilha

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Engfa, Charlotte, e Nicolai passaram as próximas horas esboçando um plano detalhado. As luzes do escritório de Nicolai brilhavam intensamente enquanto ele e Engfa discutiam as nuances da armadilha que planejavam para Luca. Charlotte observava atentamente, absorvendo cada detalhe, enquanto suas mãos digitavam rapidamente no laptop, preparando o material que seria usado para desestabilizar a confiança pública nos inimigos.

— Vamos precisar de uma distração • Engfa disse, os olhos fixos no mapa de Chicago sobre a mesa.
— Algo que faça Luca pensar que estamos vulneráveis.

Nicolai concordou. — Podemos usar uma transação falsa. Algo que ele não possa resistir em reportar aos seus superiores. Quando ele fizer isso, nós estaremos prontos para gravar tudo.

Charlotte franziu a testa, preocupada. — E se Luca desconfiar? Ele conhece você bem, Engfa. Pode perceber que é uma armadilha.

Engfa sorriu, mas era um sorriso frio. — É aí que entra o fator emocional, Char. Luca sabe que estamos sob pressão. Se agirmos como se estivéssemos desesperadas, ele vai acreditar. Ele acha que me conhece, mas ele nunca viu até onde eu posso ir.

Charlotte segurou a mão de Engfa, seus olhos encontrando os dela com uma mistura de confiança e receio. — E como exatamente vamos fazer isso? Como mostramos essa 'desesperança' sem realmente estarmos em desvantagem?

Engfa puxou uma cadeira, sentando-se ao lado de Charlotte. — Vamos simular uma quebra em nossos recursos. Transferir uma grande quantia de dinheiro para uma conta aparentemente 'segura', que Luca sabe que eu usaria em uma emergência. Ele vai tentar interceptar essa transferência, e é quando vamos pegá-lo.

Nicolai colocou um arquivo de áudio na mesa. — E eu tenho o equipamento necessário para gravar as comunicações dele com os superiores. Mas, Srta. Waraha, precisaremos fazer isso rapidamente. Uma vez que ele morder a isca, não teremos muito tempo.

Engfa assentiu. — E depois de conseguirmos a gravação, vazamos para a imprensa. Isso não só colocará Luca contra seus superiores, mas também nos dará as provas finais de que precisamos para acabar com eles.

Charlotte estava absorvendo tudo, mas uma dúvida ainda a assombrava. — E se Luca descobrir antes que possamos agir? Ele pode reagir violentamente. Ele conhece todos os seus esconderijos, Fa.

Engfa olhou para Charlotte com uma intensidade que a fez prender a respiração. — Nós estaremos um passo à frente, Charlotte. E se Luca tentar algo, ele será o primeiro a cair. Eu garanto isso.

Nicolai interrompeu, jogando uma pequena chave na mesa. — Tenho um esconderijo fora da cidade, um lugar que nem mesmo Luca conhece. Se tudo der errado, vocês podem se esconder lá até que as coisas se acalmem. Mas espero que não precisemos disso.

Charlotte pegou a chave, seus olhos vagando entre Nicolai e Engfa. — Nós não vamos precisar. Vamos acabar com isso antes que chegue a esse ponto.

Engfa se aproximou de Charlotte, tocando seu rosto com carinho. — Você é mais forte do que pensa, Char. E estamos nisso juntas, lembra? Não vou deixar que nada te aconteça.

Charlotte assentiu, sentindo o calor da mão de Engfa em sua pele. — Eu confio em você. Só... não se arrisque demais, por favor.

Engfa inclinou-se e deu um beijo suave nos lábios de Charlotte, sussurrando em seguida. — Não vou. Vamos sair disso mais fortes, eu prometo.

Nicolai observou a cena com um leve sorriso, mas logo voltou ao assunto. — Bem, vamos preparar a transferência. Quanto mais cedo fizermos isso, melhor. Luca não vai saber o que o atingiu.

Com o plano em andamento, o trio se dividiu para suas tarefas. Charlotte começou a programar a transferência falsa, certificando-se de que os detalhes estivessem perfeitos. Engfa e Nicolai prepararam os dispositivos de gravação e discutiram o local exato onde a armadilha seria montada.

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