Preocupações e sonhos

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O dia começou como qualquer outro. Ana Flávia acordou, preparou-se para mais um dia de trabalho, mas algo estava diferente. Desde que levantou da cama, sentia um mal-estar inexplicável, uma leve tontura que não a deixava em paz. Mesmo se alimentando bem e cuidando de sua saúde, ela não conseguia evitar a sensação de que algo estava errado.

Decidiu ignorar o desconforto inicial e seguir para a empresa, determinada a cumprir seus compromissos. No entanto, ao chegar lá, a sensação de fraqueza apenas piorou. Ela tentou se concentrar no trabalho, mas a dor de cabeça e o mal-estar a fizeram perceber que precisava descansar.

Gustavo, por outro lado, estava no meio de uma reunião importante com os sócios da empresa. Enquanto discutiam detalhes de um novo projeto, seu telefone vibrou discretamente no bolso. Ele o pegou e viu uma mensagem de Ana Flávia:

_"Amor, não estou me sentindo bem. Acho que não vou conseguir ficar na empresa hoje. Vou para casa descansar. Não se preocupe, responda depois da sua reunião."_

Ele leu a mensagem rapidamente, e uma sensação de preocupação o atingiu. Gustavo tentou se concentrar novamente na reunião, mas sua mente continuava a voltar para Ana Flávia. Ela raramente se queixava de saúde, e isso o deixava ainda mais inquieto. Pensamentos sobre os comentários dos amigos, sobre os sonhos recentes, sobre a possibilidade de uma gravidez, começaram a tomar conta de sua mente.

Durante a reunião, ele respondia automaticamente às perguntas dos sócios, tentando manter a compostura profissional, mas a imagem de Ana Flávia não saía de sua cabeça. "E se ela estiver grávida?", ele se pegou pensando. Esse pensamento, embora hipotético, o encheu de um sentimento estranho, uma mistura de ansiedade e felicidade.

Finalmente, a reunião estava perto do fim. Quando o último ponto foi discutido, Gustavo pediu licença aos sócios.

— Desculpem, mas preciso sair mais cedo hoje. Ana Flávia não está se sentindo bem, e eu preciso cuidar dela.

Os sócios trocaram olhares compreensivos e um deles, com um sorriso, comentou:

— Claro, Gustavo. Vai lá cuidar da sua mulher. Prioridades, né?

Gustavo deu um sorriso rápido e agradeceu antes de sair apressado da sala de reuniões. Assim que estava fora, ele finalmente respondeu à mensagem de Ana Flávia:

_"Espere por mim na sua casa. Estou a caminho. Não vá ao hospital sozinha, por favor. Quero ir com você."_

Ele sabia que estava sendo excessivamente preocupado, mas a ideia de que Ana Flávia poderia estar grávida não saía de sua cabeça. E se fosse verdade? E se ela estivesse esperando um bebê? O pensamento o encheu de uma esperança que ele nem sabia que tinha.

Gustavo chegou à casa de Ana Flávia o mais rápido que pôde. Ela estava sentada no sofá, visivelmente abatida, mas ainda tentando manter a calma.

— Amor, por que você veio? Eu disse que não precisava se preocupar tanto — Ana Flávia falou suavemente quando Gustavo entrou na sala.

— Não podia deixar você ir ao hospital sozinha, ainda mais sem saber o que está acontecendo. Eu me preocupo com você, Na Flávia — ele respondeu, sentando-se ao lado dela e segurando sua mão. — E... Se for algo mais, eu quero estar ao seu lado.

Ana Flávia percebeu a leve hesitação na voz dele, mas não comentou nada. Ela se levantou devagar, ainda sentindo-se fraca, e eles saíram juntos para o hospital.

No hospital, depois de uma espera curta, Ana Flávia foi chamada para realizar alguns exames. Gustavo esperava do lado de fora, ansioso. Quando ela voltou, havia um ar de normalidade nas palavras do médico.

— Parece ser apenas uma indisposição, algo relacionado à alimentação ou até ao estresse. Vamos monitorar, mas não há nada grave.

— E... quanto a... — Gustavo começou, hesitante, mas determinado. — Poderíamos fazer um exame de gravidez, só para descartar a possibilidade?

Ana Flávia olhou para ele surpresa, mas concordou. Ela fez o exame, e o médico voltou com o resultado rapidamente.

— Não há sinais de gravidez, senhorita Ana Flávia. Apenas uma indisposição comum, que pode acontecer a qualquer um.

Gustavo sorriu, agradeceu ao médico, mas havia algo em seu olhar que Ana Flávia notou. Algo que indicava que ele estava um pouco decepcionado.

**A Conversa:**

Já do lado de fora do hospital, enquanto caminhavam para o carro, Ana Flávia segurou a mão de Gustavo.

— Gato, o que foi? Você pareceu... decepcionado, quando o médico disse que eu não estava grávida.

Gustavo parou, respirou fundo e olhou para ela.

— É que... eu estava preocupado, claro, mas quando pensei na possibilidade de você estar grávida, algo dentro de mim ficou... feliz. Já estava me imaginando sendo pai. — Ele fez uma pausa, como se estivesse escolhendo as palavras certas. — Eu sei que não era o caso, mas por um segundo, eu realmente pensei que poderia ser verdade, e isso me encheu de uma felicidade que eu nem sabia que sentiria.

Ana Flávia sorriu, seu coração se aqueceu com as palavras dele. Ela apertou sua mão, trazendo-a para mais perto.

— Gato, mesmo que isso não seja verdade agora, só de saber que você se sente assim já me deixa feliz. Ter filhos com você é algo que eu também quero, mas no momento certo. E, quando isso acontecer, eu sei que seremos incrivelmente felizes juntos.

Gustavo sorriu, finalmente aliviado de toda a tensão do dia. Ele puxou Ana Flávia para um abraço apertado.

— Eu sei, minha vida. E quando esse momento chegar, será perfeito. Mas, por agora, vou me concentrar em cuidar de você. Vamos para casa, descansar, e esquecer essa preocupação por hoje.

Ana Flávia assentiu, contente por saber que, mesmo nas situações mais inesperadas, o amor entre eles só se fortalecia. E assim, de mãos dadas, voltaram para casa, prontos para encarar juntos tudo o que o futuro reservasse.

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Gente muito obrigado mesmo por todos que estão lendo a fanfic,
amo vcs beijos 💋🫦

My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora