Seis meses depois...
Juliette e Rodolffo esperavam ansiosos pela chegada de Gustavo. Esse foi o nome escolhido para o bebê que estava bem próximo de nascer.
Rodolffo estava feliz e muito envolvido com todo o universo infantil, mas percebia Juliette bem cansada, porém sempre tinha um sorriso no rosto.
- Eu tenho um marido tão lindo... - ela dizia com lágrimas nos olhos.
- Não fique assim amor. Você parece ansiosa e triste ultimamente. Isso não é bom.
- Toda a nossa vida agora é o Gustavo e eu sinto que devido a minha falta de libido nesse final de gestação, você está distante...
- Juliette, isso é sério?
- Sim. É sério. E eu bem vi aquela Mary toda sorridente para você. Você me disse que chamou ela para jantar.
- Mas não jantamos. Juliette eu nunca tive nada com a Mary. Tudo é profissional entre nós.
- Então diga a ela que deixe de sorrir para você. Ela não tem amor próprio? Você é um homem casado.
Rodolffo sorriu e fez carinho nas bochechas de Juliette.
- Só tenho olhos para você e não devia nem passar pela sua cabeça essas coisas.
- Não gosto de me sentir assim... Mas não controlo. Eu me sinto abençoada, mas na mesma proporção me sinto estranha. Estou muito gorda.
- Gorda não... Você está um pouco mais redonda por causa da gravidez.
- Meus seios estão o triplo do que eram. Isso não é confortável.
- No fundo eu sei que o problema não é falta de libido. Eu te conheço Juliette, você sente vergonha de mim. Mas continuo te achando maravilhosa como sempre achei.
- Eu não quero ver decepção nos seus olhos. - ela disse baixando o olhar.
- Não há decepção em mim. Nem de um modo, nem de outro. - ele segurou no queixo dela.
Juliette encarou Rodolffo e ele tomou a iniciativa de um beijo. Ultimamente eles trocavam apenas selinhos, mas dessa vez ele foi mais ousado.
Mais do que ela própria, Rodolffo sabia das tantas inseguranças de Juliette. Era um período fantástico, mas muito carregado nas emoções e ele sabia que ela andava ciumenta demais nessa reta final da gravidez.
- Eu não quero nada além da gente... Minha eterna namorada.
Juliette sorriu e deu outro beijo no marido. Naquela noite ela sentiu-se tão confiante e amada. Só não dormiu tão bem por que Gustavo a chutava muito.
Rodolffo via cada despertar dela e ouvia os gemidos que ela dava, vez ou outra, quando levantava para ir ao banheiro. A reta final era bem difícil, assim ele julgou.
...
Dias depois...
09 de setembro de 2018.
Rodolffo estava na cozinha a preparar o café da manhã, enquanto Juliette tomava um banho.
Cortava um bolo quando ouviu um chamado da sua esposa. Rapidamente ele se deslocou para o banheiro e Juliette chorava dentro do box.
- Meu amor... O quê aconteceu?
- Amor a bolsa estourou. - Juliette tremia e chorava.
Ele percebeu que ela chorava de emoção e a abraçou.
- Ele vai nascer meu amor. O Gustavo vai chegar para nós.
- Sim minha vida. O nosso bebê está chegando para nós.
- Me ajuda a terminar aqui.
- Claro que sim.
Rodolffo ajudou Juliette e naquele momento eles só pensavam no parto. Ela se arrumou e ele foi levando a mala com todos os itens permitidos na maternidade para o carro.
Deu um beijo na testa dela, antes de irem para o momento mais especial de suas vidas.
...
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A sua partida
FanfictionO fim nem sempre é fácil, mas por vezes é necessário. Foi assim que Juliette tentou enxergar o fim do seu casamento com Rodolffo, mas as coisas não são tão simples assim.