𝟬𝟴.

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𝗺𝗮𝗱𝗮𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗯𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

entro no quarto e lá está ele, deitado na cama. deito-me em seus abdominais. e observo o teto. ele desliga o telefone e movimenta-se. eu saí de cima dele e deitei-me ao seu lado. olho para ele e ele para mim.

desculpa, por á bocado. quero fazê-lo, juro que quero, mas acho que é demasiado cedo, miúda gira. - ele beijou-me a testa. eu rodo o rosto para ele. e ele olha para mim.

okay, então. - pausa. vou-te buscar amanhã às quatro horas para irmos patinar no gelo, miúdo virgem. - digo. ele sorri.

okay, então. espera, tu não. eu vou buscar-te. - ele corrige. eu abanei a cabeça uma dúzia de vezes. e ele acenou uma dúzia de vezes. eu continuei a insistir e ele fez-me cócegas. estou entre as suas pernas.
a rir-me, e ele acaba de fazer cócegas. está sem camisa, mas eu concentro-me no seu rosto, a cinco centímetros do meu. mordo o lábio ligeiramente. ele suspirou. vamos dormir. - eu bufei e ele soltou um risinho.

porque é que não me beijaste? - pergunto com as mãos a apoiar o queijo. ele deita-se ao meu lado. novamente.

porque é que me estás a perguntar isso? queres que o faça? - disse ele a susurrar, abraçando-me pelas costas.

não, agora estou chateada. - tento soltar-me mas o mesmo não me larga. rodrigo larga-me, estou chateada. - brinquei, e o mesmo não me larga.

desculpa, miúda gira. - susurrou ele, quando me fartei de me tentar soltar. e depois soltou um risinho.
dorme bem. - diz-me ele. eu reviro os olhos.

achas que vou dormir bem? - perguntei. está um calor infernal, e tu tás agarrado a mim. - eu digo, ele larga-me, viro o rosto para ele. e está de boca aberta com a mão no peito. eu ri-me.

parvalhona. - disse ele. eu continuei a rir-me. para a tua infelicidade, vou dormir agarrado a ti, sim. - ele volta a abraçar-me e eu tento soltar-me.

então terei de me despir, porque sou capaz de morrer de tanto calor. - digo. o mesmo corou e largou-me. acho bem, miúdo virgem. - digo e ele solta um risinho.

ganhaste, mas ainda não mostrei bandeira branca. - diz ele. eu riu-me. e ele dá-me um beijo na cabeça antes de adormecer. boa noite, miúda gira. - diz ele depois de me dar o beijo na cabeça.

má noite, miúdo virgem. - eu digo.

parva. - diz ele e eu soltei um sorrisinho. e acabamos por adormecer.

𝗿𝗼𝗱𝗿𝗶𝗴𝗼 𝗺𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

começo a pensar novamente, como é que não vou sair desta experiência apaixonado. porque eu já estou mais do que isso. fodasse.
observo-a enquanto dorme como uma autêntica bebé. sorri. e volto a deitar-me. e adormeço ao seu lado.

acordo e vou direito ao treino. não, não vou direito ao treino. tenho de lhe deixar um bilhete. e não a tratar como um objeto. ou alguma coisa do
género. agarro num papel e escrevo.

bom dia, lampiãzita.
quatro horas, estou na porta da tua casa, sem quaisqueres atrasos.
ps: podes levar o outro moletom que meti na cadeira, têm o meu cheiro, estamos quites, miúda gira.
até logo.
do teu miúdo virgem.

agora sim, vou direito ao treino, depois de me equipar com o resto da malta.

preciso de mais dicas. - digo a meter as mãos á cara. chico sorri para o gonçalo. e eu suspiro fundo.
ela ficou super chateada por não a ter beijado. - eu sei beijar, não sou bv, nem bvl. o meu problema é o que vêm depois. se não ganhei coragem para a beijar, agora imaginem quando a vir completamente nua, á minha frente. - digo a fazer o maior drama que já fiz nos meus dezassete anos de vida.

rivalidades - rodrigo mora.Onde histórias criam vida. Descubra agora