• Capítulo 06:

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— Última apresentação agora na trave de equilíbrio pegou final em TODOS os aparelho a jade CRAVA a entrada. A Jade passa por um momento difícil da sua prova ganha aí alguns obstáculos complicados da prova um salto de dança também CRAVADO. — O narrador fala e minha cabeça lateja, não aguentava mais escutar tanto "pirueta não sei o que lá carpado, cravado" e tanto termo técnico que eu não entendia nada.
— Muda essa cara Gabriela. — Thaisa cochicha em meu ouvido.
— Foi mal, mas só tenho ela.
— Caralho, já tá acabando, pelo menos finge que tá gostando.
— Tá bom vai. — Por uns breves dez minutos consigo fingir que estou entendendo alguma coisa porém paro de fingir no exato momento que vejo ela.
Uma menina com cabelo que pela distância arrisco ser tranças, com a altura de máximo 1,50. Por uns longos cinco minutos fico completamente vidrada nas piruetas cravadas dela.
— Limpa aqui ó.
— Ahn, quê? — Olho para a Thaisa sem entender e ela limpa meu canto da boca.
— Tá babando.
— Ah, vai tomar no cu. — Digo e volto minha atenção novamente a baixinha a minha frente que tá dando seus flip flep carpado. Eu tava entendendo alguma coisa? Com certeza não, porém de uma coisa eu tenho certeza, essa menina é uma gata e estou levemente vidrada nela.

— Gabriela? — Tô com a mente tão longe que nem escuto a Carol falar até que ela me cutuca.
— Oi, que foi?
— Como assim "que foi?" — Ela me imita e eu reviro os olhos. — Faz cerca de dez minutos que estou falando com você e você aí com essa cara de bobona.
— Que cara de bobona o quê. — Tento me recompor visto que agora quem estava competindo era uma chinesa sem sal que inclusive acabou de cair feio na tal da trave. — Eita.
— Não disfarça não, me fala agora o que te deixou assim.
— Acho que você deveria perguntar "quem" deixou ela assim..— Thaisa fala e eu respiro fundo.
— Ui, agora que eu quero saber mesmo.
— Tá bom vai. — Me rendo, pelo muito que conheço a Carolana ela não ia se aquietar até eu falar. — Foi aquela brasileira ali, que eu não faço ideia do nome, só sei que é uma gata. — Aponto para a menina que estava sentada junto com outras quatro meninas e a Carolana desata a rir. — Não tô entendendo a graça.
— Como assim você não sabe o nome da Rebeca Andrade?
— Ué? — Digo dando de ombros.
— Gabriela, em que mundo você vive? Ela é tipo uma das melhores ginastas do Brasil, a única com capacidade para trazer medalha, inclusive.
— Ata, mas em minha defesa, passei o último ano enfurnada na Turquia, não tinha como saber.
— Tudo bem vai, não importa mesmo, o que eu quero te dizer é que temos que ir.
— Vamos. — Falo me levantando. Tava tão obcecada que nem percebi que a competição já estava acabando.

  Já no saguão do ginásio Carolana resolve que seria de bom tom tirar foto com as meninas da ginástica, na verdade, eu sei bem o que ela queria mas fico quieta.
— Aí meu deus, não acredito que estou na frente das melhores jogadoras de vôlei do Brasil. — Uma menina do tamanho de uma pulga fala e nós rimos.
— Flávia, se controla. — Rebeca fala e eu a olho mais de perto. Ela é realmente muito linda. Pele morena, olhos de jabuticaba e um sorriso incrível. — Nossa meninas, desculpa pela Flávia.
— Quê isso. — Carol diz. — Nós que ficamos lisonjeadas de saber que vocês admiram o nosso trabalho, não é Gabi?
— Ah sim, com certeza. — Digo sem tirar meus olhos da morena a minha frente. — Inclusive, você foi incrível Rebeca. — Minhas colegas de trabalho riem e eu limpo a garganta e concerto a frase. — Não só você, todas as meninas.
— Muito obrigada Gabriela. — Ela diz e me olha me dando uma piscadela.
— Sim, cês vão tirar foto ou não? Precisamos ir. — Uma ruiva diz se aproximando da gente.
— Vamos, calma Jade. — Dou um sorrisinho e tiramos a tal da foto junto com as meninas.
— Posso tirar uma foto só com você? É que eu sou muito sua fã e tudo mais. — Rebeca diz cochichando perto de mim e eu sorrio. "Meu amor, você pode fazer o que quiser comigo" Penso mas apenas assinto.
— Claro, vamos. — Ela me abraça e sinto seu cheiro que mesmo com suor é meio adocicado. É amigos e amigas, acho que me ferrei...




Desculpa a demora meus pequenos gafanhotos.

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