Dar solução a; apurar,
resolver, descobrir.
Eu não entendo. Como assim eu não trabalho porque consegui? Como assim meu pai não morreu? Como assim Francis Taylor além de assistente de Pablo era de meu pai? Como assim eu não descobri a morte falsa do meu pai? Como assim isso foi arquitetado? Eu estou confuso.
— Tem mais um — Freddie diz interrompendo meus pensamentos e me entregando o último.
Capítulo quatro: Onde
Caso precise nos encontrar, use fogo. Sabe do que estou falando.
Cheiro a folha, tem cheiro de limão, pego o isqueiro com dúvida e em quanto Freddie segura a folha pelas pontas, passo por baixo e um endereço de revela.
Londres, Garden Flower, Brick Road, 1894
Apago o fogo do isqueiro colocando-o em cima da mesa e pego meu paletó marrom que estava meramente dobrado em cima da cadeira e visto. Freddie se levanta e me segue ao sair do cômodo.
— O que está acontecendo? — Will me pergunta com os olhos arregalados, ele parecia assustado. — Onde vai?
Vou até ele e puxo ele pelas mãos do sofá para ele fica em pé de frente para mim.
— Eu... — Gaguejo com minhas mãos segurando as suas — descobri uma informação, mas é perigoso, e se por acaso eu não voltar... Eu... Você sabe... Eu só queria dizer que te amo, muito por sinal. E desculpa se errei com você muitas vezes. Se eu conseguir, eu vou voltar. Prometo.
Meu dedo escorrega para o pulso dele e sinto a pulsação do seu coração bombeando sangue, sua respiração está ofegante. Parece que ele está mais assustado. Me inclino para beija-lo na intenção de o acalmar e parece que funciona.
— Eu também te amo muito, mas por favor, volta. — Ele diz parando o beijo e olhando no fundo dos meus olhos.
Eu afirmo com a cabeça e abraço ele.
...?🔍︎...
A casa do endereço é velha, e eu não entendo porque a maioria dos casos que já trabalhei sempre tinham casas antigas envolvidas. Talvez essa seja a pior ideia porque fique explicito que tenha algo de errado acontecer se tiver luzes e barulhos altos de algo que era para estar abandonado.
Tem um pequeno cadeado numérico digital de seis dígitos na porta. Ele é muito pequeno mesmo.
— E agora? — Freddie perguntou sussurrando para mim.
— Não trouxemos o arrombador e a casa de William fica a quase uma hora daqui... — Paro de falar lembrando do anel. Não é possível que ele não tenha utilidade nenhuma.
Tiro do bolso já que ando com ele desde que achei. Pego a lanterna do cinto em minha cintura e coloco na boca para iluminar o anel. Em seguida, dou pequenas batidas na parte superior e lateral até que a parte de cima abre e um papel dobrado cai no chão.
— Sabe que eu poderia ter segurado a lanterna, né? — Freddie pergunta e eu mostro o dedo do meio para ele em quanto me agacho para pegar o papel.
Desdobro e o número escrito nele são 147121. Não custa tentar.
Suspiro e começo a digitar no painel. A porta se abre. E parando para pensar, isso é estranho. Não deveria haver uma fechadura eletrônica em uma casa quase abandonada, mas tudo bem.
Uma luz azul sai da entrada do porão.
— Devemos descer? — Freddie sussurra.
Nego com a cabeça, pegando a arma da cintura em quanto nos aproximamos, ficamos na borda de cima olhando, mas não é possível ver algo. A parede tampa, mas podemos ouvir coisas.
— Sumiu como mandei? — Escuto a voz de um homem, me lembra a de alguém.
— Acho que sim. — Uma voz de outro homem que provavelmente fuma responde.
Um som de tapa ecoa pela casa, acredito que o homem apanhou, e acredito que o homem agredido seja Pablo, mas não ajo.
— Por culpa de Francis estamos interligados. Não era para você receber aquilo. Assistente de merda.
Não. Não. Não. Não pode ser... Meu pai? Calma, outra pessoa pode ter Francis como assistente em comum.
Suspiro tentando não fazer barulho.
Olho para Freddie. Estamos na parte mais alta da escada encostados na parede com a cabeça dentro para fora. ele aponta que vai descer primeiro e mexe a boca. Acredito que ele disse eles não me conhecem, eu vou primeiro!
Nego com o indicador de minha mão livre.
Eles provavelmente sabem de nós. Movimento os lábios como se estivesse falando para dizer isso.
Atiro no chão para que eles se assustem e venham ver, ficando assim mais fácil de prende-los pela distração do segundo tiro. Freddie atira no lado contrário de onde atirei e um cara olha para cima. Ele estava atrás da parede. Ele atira na parede do meu lado, mas erra. A polícia chega, e sei disso porque a sirene deles começa a tocar.
— Espero que esteja certo sobre isso, Locke — Harry diz parado na escada. — Quero ter mais uma oportunidade de ir no puteiro antes de morrer.
— Tenho sim. — Ele desce junto aos outros quando digo. — Nojento. — Termino.
Descemos as escadas atrás de Harry e realmente... Meu pai não morreu... Ele está mais velho, mas com a mesma cara de babaca de sempre. Me aproximo dele em quanto é algemado.
— Como me achou? — Ele pergunta, e isso me deixa puto. De tantos anos de mentiras, ele só vai me perguntar isso? Não vai me perguntar como estou ou coisa do tipo? Ele continua o mesmo.
Suspiro e bufo em seguida.
— Pistas. — Digo dando meia volta. Esse caso me cansou tanto que nem quero debater com meu velho.
— Isso não acabou, filho! — Ele grita. — Estou decepcionado com você, Locke! — Ele grita mais alto, e isso acaba comigo.
Só quero ir para casa, estou exausto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apuração Do Amor
Mistério / SuspenseLocke é um detetive recém contratado pela família do desaparecido Pablo Lopez - um mexicano que se mudou para Londres -, e em meio de suas investigações sua vida toma um rumo curioso e intrigante que vai contra sua politica pessoal de profissionalis...