𝗥𝗜𝗩𝗔𝗟𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘𝗦 , 𝘳𝘰𝘥𝘳𝘪𝘨𝘰 𝘮𝘰𝘳𝘢.

𝟭𝟬.

𝗺𝗮𝗱𝗮𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗯𝗿𝗶𝘁𝗼 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

estou tonta de tantos giros. dói-me a cabeça. e dou-lhe uma chapada no abdómen. ele ri-se. estou podre de tonta.

— pensa antes de te chegares assim a mim, miúda gira. - disse ele. eu ainda estou a ter tonturas. bufei.

— agora estou cheia de dores de cabeça. odeio-te. - digo a deitar-me no sofá.

— odeias? - ele sentou-se no chão, ao lado do sofá a olhar para mim. eu acenei com a cabeça.

— muito. - digo. e ele apoia a cara no joelho e faz-me festas na cabeça.

— eu não. nem um bocado. - diz ele. as tonturas desapareceram. foi uma magia totalmente incrível. sorri.

— posso fazer-te uma pergunta? - perguntei. ele acenou com a cabeça.
— se conseguisses ser um animal, qual serias? - ele ri-se com a minha pergunta.

— é das tonturas? - ele continua a rir-se. eu dou-lhe uma chapada no joelho e viro-me para ele. e ele sorri.

— sim, acho que preciso de colo para ir para a cama, porque se me levantar, corro o risco de vomitar. - apoiei as mãos no meu rosto e ele sorri, levantando-se. agarra-me tão cuidadosamente que não á palavras que descrevam. deita-me da mesma forma, com ciudado.

— tens frio, ou calor? - ele perguntou.

— se me fores tapar, tenho frio. - digo a fechar os olhos e consigo ouvir um risinho dele.

— ia fazer o quê, diz-me lá. és tão parva. - diz ele a tapar-me. eu sorri e sinto-o deitado no meu ombro. — boa noite, miúda gira. - sorri novamente.

— má noite, miúdo virgem. - digo. e adormeço.

𝗿𝗼𝗱𝗿𝗶𝗴𝗼 𝗺𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

como sempre, observo-a a dormir.
é tão bonita a dormir, ai cristo.
deito-me a olhar para o teto e começo a pensar, novamente. como é que vou sair daqui, sem me apaixonar. fodasse fodasse fodasse.
bufei baixo. e volto a olhar para ela.
sorri apaixonado. ligo o alarme no msu telemóvel, colocando-o a vibrar, para amanhã de manhã não a acordar. pousei-o na cómoda e volto a olhar para ela. aproximei a sua anca do meu corpo, abraçando-a.
ela sente-me e remexe o corpo.
rezo para que pare. mas não para.
não, madalena por favor. quando me sento na cama, ela solta um risinho.

— como é que vais reagir quando me vires nua, se só disto, ficas logo assim? - perguntou ela. nem eu sei.
mas amanhã, eu vou querer saber.
ignorei a provocação e adormeço, a alguns centímetros dela. para não acontecer absolutamente nada.

depois acordo com o meu telemóvel a vibrar. desligo o alarme e olho para ela, que ainda dorme. meto a mão apoiada no meu rosto, e fico mais ou menos cinco minutos a admira-la, sou um tremendo psicopata. vou tomar um duche, porque depois do treino, de certeza que vou tomar um banho. enrolo uma toalha na minha cintura e observo-a, quando se remexe, volto para a casa de banho, visto uns boxers, uns calções cizentos e uma camisola de treino do porto, e saio, ela está sentada a esfregar o rosto.
já têm o rimél retirado. fica ainda mais bonita natural. sorri a cruzar os braços. é a primeira vez que acorda, quando vou para o treino.
aproximei-me dela e agaixei-me.
ela sorri, enquanto arruma o meu cabelo. eu sorri também.

— dormiste bem? - perguntei. ela continuou a mecher o meu cabelo, a sorrir.

— sim, dormi bem fofo. - diz ela. uma nova alcunha. adoro sempre uma nova alcunha. mas nada supera o miúdo virgem. sorri a morder o lábio. ela beija-me a bochecha.
— vens me buscar para irmos ver o pôr do sol, hoje? - pergunta ela. eu acenei duas vezes com a cabeça.
ela sorri para mim. eu beijo-lhe a testa.