Dez - Somos família

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Meu coração batia tão rápido que eu jurei que ia infartar a qualquer segundo e morreria antes de ver o meu pai.

Até que ouvi um barulho de motor e corri até a janela.

Quando afastei a cortina, vi o carro que eu tanto senti saudades. Baby, o Impala 67 que meu avô deu ao meu pai.

- Papai - sorrio, o vendo dentro do carro.

Ele estacionou o carro e os três desceram. Meus olhos marejaram ao ver os dois homens que eu mais amei em toda a minha vida e Castiel, o anjo pelo qual sou extremamente grata a tudo o que fez por mim e minha família. Achei que estavam mortos, mas felizmente não estão.

- Aqueles são eles? - Sese pergunta, enquanto vemos eles indo até a recepção para reservar o quarto que invadimos.

- Sim - sorrio e sinto uma lágrima escorrer.

- Feliz aniversário, Max. Vai conhecer o sogro - Trevor brinca e rimos.

- O melhor presente que eu poderia ganhar - o olho e sorrio. - Ver minha garota sorrindo não tem preço.

- Meloso! - Serena diz e gargalhamos.

Quando olhei de novo, vi um outro garoto com eles, um garoto loiro e jovem, que eu não conhecia.

- Quem é aquele? - Pergunto baixo, a mim mesma.

Eu saí de perto da janela, pois estava ficando aflita demais, e fiquei sentada na cama, com meus amigos e cães em volta.

Minutos se passaram e eles ainda não tinham vindo.

- Que demora - Max diz.

- O cartão não deve ter passado de primeira - digo cutucando uma de minhas unhas.

Até que finalmente ouvimos toques na porta e eu levantei em um pulo. Corri até a porta e a abri rapidamente, vendo meu pai alí, pronto para bater de novo.

Ele estava tão... Diferente, mas tão igual ao mesmo tempo.

Estava mais velho, isso é óbvio, e os olhos um pouco mais opacos do que eu me lembrava. Mas o cabelo, o estilo de roupas... Tudo era confortavelmente familiar.

Vi ele abrir a boca levemente, como se não acreditasse no que estava vendo, como se a ficha finalmente tinha caído. Estávamos nos sentindo iguais.

Lágrimas brotaram em nossos olhos igualmente verdes e, sem dizer nada, eu o abracei, sentindo o perfume, o conforto e o amor que tanto senti falta durante todos esses anos.

Os braços dele me rodeavam e apertavam, e eu sentia a sua cabeça apoiada sobre a minha.

Senti minhas lágrimas se intensificarem, molhando as roupas dele. Os soluços vieram e eu me aconcheguei mais no peito e nos braços dele.

Eu jurava que se o soltasse ele desapareceria.

- Papai - é tudo o que consigo dizer sem gaguejar.

Uma vez uma demônio chamada Meg me disse uma coisa, que eu guardei na minha mente todos esses anos.

"Você ainda é muito nova. Ainda vê os homens da sua vida como super-heróis invencíveis. Mas, querida, você é a kriptonita de todos eles. Eles matariam e morreriam por você, mesmo você merecendo isso ou não."

Ela estava errada ao pensar que eu os achava invencíveis, mas extremamente certa ao dizer que eles eram meus heróis.

Eles são, sempre foram e sempre serão.

- Minha filha - a voz do meu pai soa e recebo um beijo na cabeça.

Quando finalmente tive coragem, me afastei um pouco dele, fazendo com que nos olhássemos nos olhos.

Riley Winchester- Supernatural FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora