Uma sexta-feira a noite bebendo em um bar ao ponto de esquecer o próprio nome é a maneira mais fácil de superar uma traição - segundo Chuuya Nakahara.
Soukoku/DazaixChuuya
NÃO TEM SEXO!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Viro mais uma taça e o líquido desce queimando minha garganta. O sabor adocicado acalma-me de um jeito que não sei descrever. Pigarreio e a encho novamente, respingando um pouco do vinho no balcão, o líquido escuro escorre e pinga no chão. Mas não ligo.
Porra. De novo; cubro minha visão com o dorso da mão, pressionando meus olhos na tentativa de não chorar. Não quero derramar nenhuma lágrima hoje. Pois sei que amanhã não terei a mesma sorte que agora. Ajeito-me no banco de madeira e deito minha cabeça sobre meus braços, fechando os olhos com dores de cabeça. Ressaca de merda!
Só hoje é a terceira vez que toca aquela maldita música do Labrinth, não aguento mais. Tudo me lembra ele. A música, o vinho, nossas noites nos sábados, esse bar - esse miserável bar. Foram longos seis anos. Dolorosos seis anos. É tão desesperador saber que você não é mais prioridade na vida de alguém que você amou loucamente por seis anos. Já imaginou ter planejado sua vida por completo ao lado de alguém, ter sua companhia romântica por seis anos e ter esse laço rompido por outra pessoa?!
Minha visão começa a ficar nublada, mas não quero chorar. Não aguento mais escutar Jealous, essa merda só me lembra mais ele. Apoio a cabeça em minhas mãos gélidas, com os cotovelos sobre a mesa. Suspiro e pego a taça, colocando até a última gota do vinho. Bebo o resto e junto as garrafas em um cantinho para o barman recolher depois. Me levanto e retiro minha carteira do bolso, vou até o barman e o chamo. Tudo algumas notas e uma boa gorjeta para ele, mas o recusa, apontando para uma mesa vazia - ou quase vazia.
—— Aquele senhor, seu acompanhante — segundo ele —, já pagou a sua conta —— falou apressadamente, fazendo dois drinks vermelho cereja e os entregando ao garçom.
—— Como?! —— Virei-me para o lugar apontado, onde um homem bem vestido com um blazer e boa postura toma um copo d'água, espera...
DAZAI?! Osamu Dazai? O meu Dazai?! Não, não, calma. O que ele está fazendo aqui. Ele sabe? Mas, quem disse e por quê?
Afirmo com a cabeça e guardo a carteira, caminhando até a mesa dele. Cruzo os braços e arqueiro a sobrancelha. Ele suspira e sorri, gentilmente. Não sei se é o efeito do álcool, mas ele está mais atraente desde a última vez que nos vimos. Dazai se levanta e acaricia Minaj bochecha, minha visão fica um pouco embaraçada e franzo a testa, tirando sua mão da minha bochecha com mais força do que o esperado.
—— Como está, Chuu? —— Olhou-me apreensivo, desmanchando seu sorriso e colocando uma mecha atrás da minha orelha. Então ele realmente sabe.
Não respondo. Em vez disso mordo meu lábio inferior e desvio o olhar. Ele sabe como estou, então porque está a perguntar, caralho?! Meus olhos marejam, mordo com mais força meu lábio e ele pega minha mão e entrelaça com a sua.
