Inside of my mind (Spencer Reid)

Prólogo

Cinco anos atrás

- Mãe, deixa eu ir com você. Eu não quero ficar aqui com esse cara, ele me olha com malícia - murmuro

- Tiana, não fale assim do seu padrasto - me repreende - Já falamos que isso é coisa da sua cabeça, não tem o porque ele fazer isso - termina de se arrumar - além do mais, é apenas uma noite.

- Me deixasse com a Tia Amelie - a olho pelo reflexo - pelo menos eu não tenho medo de ficar com ela - sussurro 

- Olha - massageia as têmporas - Eu já lhe disse, não quero você envolvida com a família do seu pai. Se é que podemos considera-lo como seu pai 

- Eu o considero com meu pai - abro a porta para sair -  Saiba que o xerife Floyd nunca substituiria meu pai - saio a deixando sozinha

   

   Depois de um tempo ouço batidas na porta, já sei quem é, não me levanto ou faço algum barulho, não tô afim de ver a cara de canalha. Mesmo assim as batidas insistem mais forte e frequentes, então sou obrigada a abrir

- O que você quer? - abro apenas um pouco da porta

- Vim ver se você está bem, ouvi um barulho - tenta olhar o meu quarto - Trouxe seu namorado?

- Olha estou bem sim viu e não, eu não tenho namorado. Tchau. - Tento fechar a porta, mas ele coloca o pé para impedir

- Ah qual foi princesa - me olha com malicia - Deixa o papai entrar - sorri com malicia

   Ele empurra a porta com força, me fazendo cair no chão e bater a cabeça no pé da cama com força. Esse cara me dá nojo.

- SAÍ - ele vem para cima de mim, tento me debater, mas minha cabeça doí de mais - SAÍ, SAÍ,NOJENTO, por favor - grito aos prantos

- Calminha, se não vai doer mais ainda - sussurra em meu ouvido

   Ele me pega e me coloca na cama, começa a me beijar, falar coisas sujas e me tocar, não consigo me soltar ele é muito forte. Ele tia sua roupa e a minha, se posiciona, mas quando sinto uma pontada no meio das minhas pernas eu desmaio.

   Acordo com uma luz muito forte, estou em um lugar todo branco, não me lembro como cheguei aqui. Flashes do que aconteceu passão na minha mente e eu começo a chorar sentindo uma dor imensa no meio das pernas.

- Filha, calma, mamãe está aqui - minha mãe me abraça 

- Mãe foi ele...foi ele - digo aos prantos

- Eu sei seu pai nunca mais vai chegar perto de você, nem ninguém daquela família 

- O que... - a médica me interrompe

- É bom vê-la acordada - ela me olha com dó - Bom mãe, a senhora falou com ela 

- Ela lembrou... - os olhos da minha mãe se enchem  

- Não foi meu pai, mãe foi o Floyd - os olhos dela se arregalam

- Filha você esta confundindo, ele foi quem te achou, mas ele não chegou a tempo e seu pai fugiu. Foi isso que aconteceu, tá bom - ela faz carinho em meu rosto

- Por que você nunca confia em mim? - me afasto dela - FOI ELE! CONFIA EM MIM! FOI O FLOYD

   A última coisa que eu vejo foi a minha mãe se afastando. 

E não foi só uma vez 

      

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