Paralelos entre Teias - Peter Parker

Capítulo 3

Narradora

Peter Parker do universo de Gwen observava as ruas movimentadas de Nova York, uma nuvem de preocupação pairava sobre ele. A ausência de Gwen, a versão alternativa da amiga que ele havia perdido a quase um dia, pesava em seus pensamentos. Ele se perguntava constantemente onde ela poderia estar e o que teria acontecido com ela depois que o portal a sugou para um universo desconhecido. A inquietação o consumia, e cada vez que ele se debruçava sobre os cálculos e experimentos, seu desejo de trazê-la de volta se tornava mais intenso.

Peter sabia que precisava agir rapidamente. As noites se passavam em claro, com ele reexaminando as fórmulas e ajustando o equipamento, tentando descobrir uma maneira de corrigir o que havia dado errado no experimento. Sua mente estava cheia de perguntas e de uma determinação feroz para garantir a segurança de Gwen. Ele estava determinado a encontrar uma solução para que ela pudesse retornar ao seu universo, onde os pais dela, ainda sem saber da verdadeira situação, acreditavam que Gwen estava bem e segura.

Os pais de Gwen continuavam levando suas vidas normalmente, alheios ao verdadeiro estado das coisas. Eles não tinham ideia de que a filha estava perdida em um universo paralelo, lutando para encontrar uma maneira de voltar para casa. A aparente normalidade na vida deles contrastava profundamente com a angustiante busca de Peter. Para eles, Gwen ainda estava no mesmo lugar, mas para Peter, a realidade era uma constante batalha contra o tempo e o desconhecido. Ele estava obcecado em encontrar um caminho de volta para ela, não apenas pela responsabilidade que sentia, mas pela conexão profunda e pela dor que a ausência dela lhe causava.

Três dias depois

O sol se pôs atrás dos edifícios da Nova York do outro universo, pintando o céu com tons de laranja e rosa. A noite havia chegado, e Gwen e Peter estavam na casa dele, onde ela tinha passado os últimas três dias. A sala estava iluminada por uma luz suave, criando um ambiente acolhedor. Gwen estava sentada no sofá, observando Peter que, sentado à mesa com papéis e equipamentos espalhados, estava imerso em seus cálculos.

A atmosfera estava carregada de um misto de tensão e expectativa. Gwen sabia que estava se aproximando o momento de uma revelação que poderia mudar tudo. Peter havia sido um anfitrião atencioso, e a Tia May parecia genuinamente feliz com a presença de Gwen, acreditando que Peter estava finalmente se permitindo conhecer alguém novo. Gwen, no entanto, estava começando a sentir que a verdade precisava ser revelada.

– Peter – começou Gwen, hesitando um pouco. – Há algo que eu preciso te perguntar.

Peter levantou os olhos dos papéis e a olhou com uma expressão curiosa. – Claro, o que é?

– Você se lembra de quando conversamos sobre o Homem-Aranha?
– Gwen perguntou, sua voz mais séria do que o habitual. – Eu comecei a pensar que, se o Peter Parker do meu universo é o Homem-Aranha, então você aqui também deve ser o Homem-Aranha, certo?

Peter a observou por um momento, e então soltou um suspiro profundo. Seus olhos estavam cheios de um misto de cansaço e decisão.

– Sim, você está certa – ele admitiu finalmente. – Eu sou o Homem-Aranha, mas não faz tanta diferença, já que eu não saio pra combater crimes a algum tempo, desde que a Gwen morreu.

Gwen ficou em silêncio por um momento, processando a revelação. Ela olhou para Peter, tentando entender a profundidade do que ele acabara de dizer.

– Eu... não sei o que dizer – Gwen confessou. – Então, você é o Homem-Aranha, mas não está mais em ativa. Mas de qualquer modo isso também significa que, em algum nível, você é o mesmo que o Peter do meu universo.