A morte está no final do corredor

Capítulo1- A Marca

- Akáji! Para a diretoria agora! - gritou a diretora.
- Mas eu não fiz nada! Ele que esbarrou em mim! - Retrucou ela. Akáji é uma menina do 1° ano do ensino médio. Negra dos cabelos loiros e cacheados e olhos cor de avelã.
- E por esse motivo você tem que dar um soco nele? Agora pra minha sala. E alguém leva ele para a enfermaria, por gentileza.

  Ao chegar na sala da Diretora Carmem, percebeu que dois garotos esperavam para falar com ela. Um deles era moreno dos cabelos ruivos e, por coincidência também com cabelos cacheados, olhos verdes brilhantes e sardas de bochecha a bochecha. O outro, que estava ao seu lado, possuía pele branca, com cabelos castanhos-escuro, olhos marrons e um risco em sua sobrancelha.

  Vocês três DE NOVO? Como podem ser adolescentes tão bagunceiros? - Disse a diretora dando bronca nos três.
- Culpa da escola, 'fessora. Aqui é 'mó chato! E a maioria das coisas a gente nem vai usar depois da escola! - Disse o garoto com o corte na sobrancelha.
- Primeiramente, a escola não é chata, segundo, cuidado com o que fala, Kaique e terceiro, isso se você aprender alguma coisa, porque suas notas estão péssimas! Nem sei como nunca reprovou. - Respondeu Carmen.
- É que minha vó faz muita reza brava 'pra mim - Falou Kaique rindo

  Os outros alunos não puderam deixar de rir da situação. E por mais que a diretora tenha abandonado a cara de irritada por um sorriso, ela foi fazer três ocorrências e escrever o que eles fizeram no papel. Enquanto esperavam, um homem de uns dois metros apareceu, vestindo um manto preto que rastejava pelo chão e um capuz cobrindo quase todo seu rosto. 
Ele correu em direção de Akáji e a arranhou. Que gritou com ele, mas o homem misterioso era muito veloz, arranhou os dois meninos. E falou com uma voz grave:

-Vocês deveram se juntar para se salvarem, sigam o mapa e se arrependam de seus atos, se conseguirem, esses arranhões desaparecerão de sua pele - disse ele calmamente e depois desapareceu.

-Eu pensava que esse colégio era seguro, pelo jeito não, entrou um maluco! - disse ela com raiva.
 - Infelizmente vou ter que concordar. E por que o arranhado que ele fez em nós está branco e preto no Kaique? - perguntou Akanye, o menino de cabelos ruivos.
Porque se fosse preto não apareceria em vocês. - disse Kaique rindo.
Akanye e Akáji se entre olharam sérios e depois olharam sérios para
Kaique.
- Calma gente, eu só estava brincando. - falou Kaique cessando a risada.
     ((Eles pegaram suas ocorrências no final das aulas.))
 
- Então... vocês sabem quem é aquele cara? - indagou Akanye.
- Não - responderam.
- Você realmente está acreditando que aquele maluco é alguém poderoso ou algo do tipo?- perguntou ela enquanto ria.
- Não, mas é estranho, tipo, ela apareceu do nada, sumiu do nada, arranhou a gente do nada e falou um negócio nada haver - disse ele se justificando.
- É um bom ponto - admitiu ela com má vontade. - Querem ir para minha casa para pesquisarem?
- Não temos nada a perder mesmo - respondeu Akanye.
- Por mim tudo bem - disse Kaique confirmado presença.
- Depois das aulas eu mando meu endereço, tchau - despediu-se Akáji correndo para sua sala.
- Tá, falou - despediu Kaique também indo para sua sala.
- Beleza, até - disse Akanye.

                              ...
      
Chegando a casa de Akáji, os pais já sabiam que os meninos viriam para um "trabalho de pesquisa". Eles foram direto para o quarto da menina.

  Depois de pesquisarem sobre arranhões pretos e brancos, eles encontram um link de uma lenda relacionada a isso. "A lenda da Morte rouba conhecimentos"

 "Logo no começo do Planeta Terra, já existiam alguns primátas. Mas, um deles, era quem tinha a maior curiosidade sobre o mundo, até que, um dia, ele viu A Estátua da Sabedoria, ele poderia fazer quantas perguntas quisesse, sobre todos os assuntos. Mas, como toda boa lenda, tinha um porém. Ele fez inúmeras perguntas, porém, sem perceber, acabou virando a própria Morte. Após virar a Morte, a estátua se alto destruiu. Ele ficou arrasado, ele ainda estava obcecado pelo Conhecimento Absoluto. Então, o rapaz que originalmente se chamava Quara, descobriu que quando arranhava alguém, lançava um mau presságio. Cada vez que a pessoa "usava" seu defeito mortal, ela ia morrendo aos poucos, e assim, pegava um pouco do conhecimento dela. Milhares de anos depois, ele dominou totalmente o seu poder, sabia como funcionava por inteiro. Ele sempre arranha um trio, e cada um recebe uma arma diferente, um recebe uma espada, o outro um arco e flecha e o último uma arma. Logicamente as armas foram se modificando com o tempo. Reza a lenda que se você se receber esse mau presságio, terá que encontrá-lo, mas, como derrotar um ser imortal que é a própria Morte? Simples, faça ele declarar sua derrota. Mas ninguém conseguiu fazer isso. Até porque, nenhum trio JAMAIS sobreviveu. Essa lenda foi tirada de um diário do ano de 1958, onde três adolescentes foram encontrados já falecidos"