☆ 1ª Temporada - 037

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Dulce

—  Conta tudo. – disse Maite entrando em casa.

—  Bom dia pra você também. – falei irônica.

Ela revirou os olhos.

—  Olha, trouxe o que você pediu. – disse me mostrando as sacolas.

—  Demorou! – peguei da mão dela. – Sabia que isso tem hora certa pra tomar? E se tiver um bebê dentro de mim? – falei indo pra cozinha. Ela foi atrás.

—  Que exagero, Dulce! Mas me conta: quando, como, onde, com quem?

—  Calma, uma pergunta de cada vez. – tomei o comprimido. – Quando: ontem de madrugada, como: acho que você já sabe, onde: no apartamento da frente, com quem: com o Christopher.

Terminei de falar e Maite parece que estava em outro mundo. Ela não falava, não se mexia, não fazia nada.

—  Eu sabia! – gritou de repente me assustando.

—  Que susto, sua louca! – coloquei a mão sobre o peito. – Sabia?

—  Claro. Tava na cara que vocês se gostavam.

—  Tava?

—  Até um cego consegue ver isso, Dul. – suspirou. – Como foi?

—  Foi perfeito. – comecei a contar pra ela como tudo aconteceu, claro que ocultando alguns detalhes.

—  Você contou tudo o que te aconteceu pra ele? – perguntou.

—  Contei. Ele foi tão compreensivo comigo.

—  Tá apaixonada. – cantarolou.

—  É crime? – arqueei uma sombrancelha.

—  Pra você era até antes dele aparecer. – riu.

Meu celular tocou e meu sorriso foi enorme ao ver quem era.

—  Oi, bebê.

—  Oi, pequena, tem alguém aí com você?

—  Tem a Mai, por que?

—  Por nada. Eu tô aqui na casa do Poncho, vou subir aí.

—  Tô te esperando.

Desliguei o celular sorrindo e olhei para dona Maite que tinha uma cara maliciosa e um sorriso de orelha a orelha.

—  Ele tá vindo aqui.

—  Então é minha hora de ir. – disse se levantando.

—  Não. Poncho vem também. Acho que o Chris também.

A campainha tocou. Fui correndo abrir a porta, o que fez Mai rir.

Ao abrir fui surpreendida por um beijo. Um beijo que eu conhecia bem. Ele me empurrou pra dentro de casa sem desgrudar nossos lábios, suas mãos estavam na minha cintura, enquanto as minhas estavam em sua nuca.

—  Hey, vão pra um quarto. – disse Christian indo até Mai e dando um selinho.

Nos separamos rindo.

—  A Any já tá chegando. – disse Poncho. – Vamos todos almoçar aqui hoje.

—  Ponchito, a casa é minha e eu não cozinho.

—  Coitado do Ucker... – comentou Chris. Dei um tapa no braço dele. – Ai.

—  Já pensamos nisso, ruiva. A Any vai trazer.

Assenti.

Me arrepiei com Ucker sussurrando no meu ouvido: “Tô com saudades do seu quarto” e deu um beijo no meu ombro.

Assenti e saímos da sala indo até o quarto.

Algum Dia | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora