My Boss - miotela

My boss

Era mais uma manhã de trabalho, mas Ana Flávia mal conseguia esconder o cansaço que sentia. Ela havia passado uma noite agitada, e, mesmo tentando se concentrar no trabalho, o sono a dominou. Gustavo, atento como sempre, notou a ausência de qualquer atividade em sua sala e decidiu dar uma olhada. Ao abrir a porta, a encontrou dormindo na cadeira, o rosto repousando sobre os braços cruzados na mesa.

Ele se aproximou silenciosamente, observando-a por um instante. O carinho que sentia por ela só aumentava ao vê-la tão vulnerável. Sem querer acordá-la, Gustavo tomou a decisão de cuidar dela. Ele a pegou no colo com cuidado, garantindo que ela não fosse acordada. Pegou sua bolsa e o casaco pendurado na cadeira, e saiu do escritório com ela nos braços, atraindo olhares curiosos e sorrisos cúmplices dos colegas.

Quando questionado, ele apenas disse com um sorriso no rosto: "Vou cuidar da minha futura esposa. Ela merece um descanso." Aquela atitude fez com que todos ao redor suspirassem, achando o gesto de Gustavo incrivelmente fofo.

Durante o trajeto até o apartamento de Ana Flávia, Gustavo manteve uma das mãos na perna dela, oferecendo o máximo de conforto que podia. Quando finalmente chegaram, ela começou a despertar, ainda meio desorientada. "Onde eu estou?" perguntou ela, com a voz sonolenta.

"Estamos indo para sua casa, meu amor. Você precisa descansar," ele respondeu suavemente.

"Por quê? Eu estava dormindo no escritório, você podia ter me acordado," ela protestou, ainda meio confusa.

Gustavo deu uma risadinha e respondeu: "Acordar uma princesa dormindo? Eu jamais faria isso."

Ela sorriu, tocada pelo cuidado dele. Pensava em como ele havia mudado ao longo do tempo. O Gustavo que ela conheceu no início do relacionamento jamais largaria o trabalho para cuidar de alguém, mas agora, ele estava ali, priorizando seu bem-estar acima de tudo.

Quando chegaram ao apartamento, ele insistiu em carregá-la novamente até o quarto. "Eu posso subir sozinha," ela disse, mas ele balançou a cabeça, determinado.

"Nem pensar," ele disse com um tom brincalhão, "você vai descansar."

Gustavo a deitou na cama com toda a delicadeza e a cobriu com uma manta quente, já que o clima em Nova York estava especialmente frio naquela manhã. "Vou buscar um remédio para você," ele disse, preocupado.

Ana Flávia sorriu, observando-o sair do quarto. Em seu pensamento, ela refletiu sobre o quanto Gustavo havia mudado. Ele havia evoluído de alguém completamente focado no trabalho para um homem que, sem hesitar, colocava suas necessidades acima de tudo.

"Meu Deus, ele realmente está mudado," pensou ela enquanto o observava voltar com o remédio nas mãos. Gustavo se sentou ao lado dela, segurando seu rosto com delicadeza antes de lhe dar o remédio.

"Agora, descanse," ele disse suavemente.

Antes de fechar os olhos, Ana Flávia o chamou: "Obrigada, my boss."

Ele sorriu ao ouvir o apelido que ela usava com tanto carinho. "Gostei desse novo apelido," respondeu ele, inclinando-se para dar um beijo suave na testa dela antes de deixá-la descansar em paz.

Ela fechou os olhos, sentindo-se segura e amada, sabendo que, com Gustavo ao seu lado, poderia enfrentar qualquer desafio que o futuro trouxesse.