Depois de se mudar, Bia Benfica conhece Rayssa Leal. Se apaixonando a cada dia e nunca assumindo para si mesmas, Rayssa e Bia levam a vida de rivais apaixonadas.
- desculpa, eu só tenho que me dedicar mais no meu esporte favorito! - ela me fala tra...
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Beatriz Benfica
Eu tava com tanta vontade de chorar e não conseguia explicar o motivo do porquê eu quero chorar! Fui pra aquele mesmo lugar abandonado que Rayssa me levou no começo do dia. Ninguém ia embora agora, até porquê eles iam comemorar o troféu que Rayssa ganhou.
Eu me sentei em uma pista qualquer que tinha lá, Alice fez o mesmo que eu se sentando na minha frente, a menina realmente queria ser minha amiga, mas eu não sou muito boa (falando logo porquê vocês não perceberam).
Alice tinha parado de falar desde aquela hora que eu mandei ela calar a boca, acho que ela levou a sério, sei bem como é, eu também já fui uma tagarela que fala pelos cotovelos! Mas parei por escolha dos outros.
— pode falar se quiser. — eu estava olhando para minhas coxas que estavam cruzadas como "perna de índio", fazia isso sempre que queria chorar e não podia.
— você é chata, muito difícil de lidar, acho melhor eu continuar calada porquê assim você não me manda calar a boca mais uma vez. — a menina fala baixinho enquanto coloca a mão ao redor da boca.
— eu estava estressada, menina estranha. — falei e ela me olhou com uma cara desconfiada.
— primeiro: todo tempo você tá estressada, segundo: eu tenho nome e ele é Alice Queiroz. — ela cruzou os braços e eu reviro os olhos com sua audácia.
Me levanto dali, andando pra qualquer outro lugar que seja mais longe e mais difícil de alguém me encontrar, Alice vem atrás de mim e eu paro de andar e viro para a mesma.
— preciso ficar sozinha. — falei simples e ela estreita os olhos suspeitando de algo e eu a encaro sem expressão nenhuma.
— se precisar é só gritar! Ou não, eu não vou escutar de lá longe, ou grita! Vai que alguém escuta né? — assinto com a cabeça pra não ter mais dificuldade.
Finalmente estou sozinha de novo, por incrível que pareça eu não gosto de ficar sozinha, morro de medo de tudo! E logo aqui que é abandonado, meu Deus.
Sentei no chão não me importando muito com a sujeira que estava aquele chão imundo, fecho meus olhos e sinto o vento fresco bater no meu rosto e fazer meus fios finos voarem, o sol já estava sumindo mas nada muito escuro.
— Beatriz. — aquela voz de novo? O que custa me deixar sozinha depois de tudo o que eu passei hoje? Tem algum fetiche em me ver assim?!
Abro meus olhos e me viro pra mesma, continuo sentada mas agora eu estava olhando para a menina com um semblante tranquilo pra não passa nenhuma expressão, ela parecia preocupada.
