Toasts and Tiffs - Jason Mendal

Capítulo 11

Eloise Garnier

Fiquei por longos minutos olhando para a porta fechada, a mesma que o Jason saiu depois de me deixar excitada, frustrada e confusa. Isso era sério? Ele simplesmente começou a me provocar e depois saiu como se nada tivesse acontecido?

Fechei meus olhos e deixei meu corpo cair na cama novamente. Ainda me sentia quente pelo que ele fez, uma parte de mim queria que ele continuasse, mas a outra...quem quer saber o que o meu lado racional queria?

Me enrolei no edredom cinza e me ajeitei na cama, era tão confortável que eu não queria levantar dali tão cedo. A única coisa que Jason me deixou foi frustração, pelo menos tenho essa cama dos deuses para me consolar.

Olhei o relógio que ficava na cômoda do lado da cama que marcava onze e vinte seis da manhã. E em pensar que tudo isso ocorreu em um tempo de cinco horas.

Fechei meus olhos e deixei minha mente acalmar de tudo o que aconteceu desde o hospital até aqui. Eu realmente precisava descansar depois da maldita ressaca.

— Eu não quero mais beber na minha vida... — Murmurei para mim mesma antes de cair no sono.

[...]

Eu acho que decepcionar as expectativas de alguém que acreditava em mim é pior que não corresponder às minhas próprias. Além do mais, quando esse alguém para de acreditar em você é difícil recuperar a confiança de novo.

Decepção. Deslealdade.

Duas coisas que eu odiava fazer as outras pessoas sentirem. Desapontar o Devon era a última coisa que eu queria, está indo tudo nos conformes na Devenementiel, mas Jason parecia um grande obstáculo no meu próprio trabalho.

Achei que poderia aguentar ele por dois meses, mas agora perecia um desafio. Como vou olhar para ele sem ter vontade de beijá-lo durante dois meses? Se relacionar com ele parecia uma balança entre a razão e a emoção, mas em baixo da razão estava meus sentimentos por ele e da emoção estava meu próprio trabalho.

Me sentei na cama completamente confusa no que eu sentia, lembrar da boca dele em mim era uma tortura, principalmente quando eu não deveria desejar mais dele.

Eram duas da tarde e eu precisava ir para casa e fingir que nada disso aconteceu. Me levantei da cama e caminhei até a porta sem muito presa, pensando no que teria acontecido se aquilo tivesse ido até o fim.

Andei pelo corredor em passos leves e parei quando escutei sons vindo do outro lado do apartamento. Segui o barulho que me levou direto para a cozinha.

Eu já não estava mais surpresa com mais nada que eu visse, uma ilha de mármore escuro no meio da cozinha, armários brancos que ocupavam quase toda a parede, o lugar bem iluminado com janelas de tamanho médio mas bem locadas, espaçoso e tudo bem organizado.

Me encostei no batente da porta vendo Jason preparar um suco de maracujá no liquidificador. Era natural já que tinha as cascas no canto da pia. Me aproximei e sentei no banquinho que tinha na frente da ilha.

Olhei para suas costas e notei que ele não estava usando seu blazer, apenas a camisa social preta com as mangas até os cotovelos. Comprovando a minha teoria: Jason Mendal era atraente em qualquer ângulo, não importa o que estivesse fazendo.

— Seu apartamento faz bastante eco, sabia? — Ele virou um pouco seu rosto para mim e sorriu. Engoli em seco quando senti meu corpo esquentar.