Brinquedos

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No dia seguinte, Ana Flávia e Gustavo acordaram cedo para mais uma consulta de rotina dos gêmeos. Gustavo estava visivelmente ansioso, mas tentou não demonstrar para não preocupar Ana Flávia. Durante a consulta, a médica foi detalhista, verificando cada aspecto da saúde dos bebês. Ao final, ela sorriu, tranquilizando o casal.

— Está tudo bem, vocês não precisam se preocupar com nada — disse a médica, passando confiança.

Ana Flávia suspirou aliviada, e Gustavo segurou sua mão, apertando suavemente.

— Obrigado, doutora — ele disse, tentando conter o alívio. — Eu só quero ter certeza de que estamos fazendo tudo certo.

— Vocês estão, e os bebês estão crescendo perfeitamente. Continue seguindo as recomendações, e tudo vai continuar bem.

Eles agradeceram e, logo após a consulta, voltaram para casa. Ana Flávia estava exausta, o que não passou despercebido por Gustavo. No caminho de volta, ela acabou adormecendo no carro, e Gustavo, sempre atento, dirigiu com cuidado, evitando qualquer solavanco que pudesse acordá-la.

Chegando em casa, ele olhou para o lado e viu Ana Flávia dormindo profundamente. Com um sorriso terno, ele saiu do carro, deu a volta e, com todo o cuidado, a pegou no colo. Gustavo subiu as escadas devagar, para não despertá-la, e a colocou suavemente na cama, cobrindo-a com o cobertor.

Ele ficou ali por um momento, observando-a dormir, antes de sair do quarto e ir verificar o quarto dos bebês. Quando entrou, viu que tudo estava em seu devido lugar: as roupinhas dobradas, as decorações nas paredes, e os móveis montados. Apesar de tudo estar pronto, ele sentia que ainda faltava algo.

Foi então que se lembrou dos brinquedos que havia comprado no dia anterior. Ele tinha prometido para si mesmo que deixaria para arrumar as coisas quando Ana Flávia estivesse acordada, mas a empolgação foi maior. Gustavo foi até a sala, onde as sacolas estavam empilhadas, e começou a tirar os brinquedos. Ele espalhou tudo pelo quarto dos bebês, tentando imaginar o dia em que Aurora e Benício brincariam ali.

Pouco tempo depois, Ana Flávia acordou e, após tomar um banho, desceu para a sala. Ao ver as enormes sacolas no sofá, ela franziu o cenho e chamou Gustavo.

— Gustavo! — ela gritou, um pouco irritada.

Ele apareceu na sala com um sorriso meio culpado.

— O que é isso? — ela perguntou, apontando para as sacolas.

— Só alguns brinquedos... — ele começou, mas Ana Flávia já estava revirando os olhos.

— Eu pensei que tínhamos combinado que não iríamos exagerar.

Gustavo se aproximou, segurando-a pela cintura.

— Eu sei, mas eu quero que nossos filhos tenham tudo o que desejarem, Flávia. Quero que eles tenham uma infância incrível.

Ela suspirou, relaxando um pouco.

— Eu entendo, mas não precisamos comprar o mundo inteiro. Só quero que tudo seja feito com calma.

Ele sorriu e a beijou suavemente, dissipando qualquer traço de frustração que ainda restava.

— Tudo bem. Eu prometo que vou me controlar da próxima vez — ele disse, com um brilho de diversão nos olhos.

Juntos, eles foram até o quarto dos bebês e começaram a organizar os brinquedos. Enquanto arrumavam tudo, Gustavo não conseguia parar de imaginar o futuro com seus filhos brincando ali, suas risadas ecoando pela casa. Para ele, cada pequeno gesto, cada presente, era uma forma de garantir que eles tivessem tudo o que precisassem — não só materialmente, mas também em amor e segurança.

Quando finalmente terminaram, Ana Flávia se encostou em Gustavo, exausta, mas satisfeita.

— Acho que eles vão amar esse quarto — ela disse, sorrindo.

— Tenho certeza que vão — Gustavo respondeu, beijando o topo de sua cabeça.

Eles apagaram as luzes do quarto dos bebês e voltaram para a sala, onde terminaram o dia no sofá, assistindo a um filme e aproveitando a calma antes da chegada dos gêmeos, sabendo que estavam mais do que prontos para recebê-los.
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Postando mais um só porque é o intervalo
Beijos.💋

My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora