Lisa sempre soube que há diversas maneiras de um destino se enlaçar a outro, no entanto ela jamais se preparou para a perda da sua melhor amiga e logo depois a obrigatoriedade de seguir o tratamento com um médico recluso, babaca, mau humorado, fecha...
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Em pouco tempo a minha vida havia virado uma loucura e por mais que o estado de saúde do meu pai esteja bom, o susto que eles nos deu foi enorme. Diante da gravidade do que ocorreu, escolhi afastá-lo dos problemas de administrar uma empresa e os hospitais no meu lugar, enquanto eu estava ausente. E, a partir de agora, ele deveria curtir a vida com a minha mãe, viajar e esfriar a cabeça seria bom.
Meu pai estava com os seus cinquenta e oito anos, não era bom ficar se estressando e nem com muitos afazeres para cuidar. Vou delegar algumas funções para o Evan e mais algumas para a Beatrice e o resto ficará comigo até eu terminar as coisas na Filadélfia e assumir tudo.
Há uma possibilidade de trazer a Lisa para ser tratada no hospital Vamerrer de Washington, pouparia o meu tempo e eu conseguiria manter as minhas funções. O problema central é que teria que ficar de olho na garota e como já a conheço sei que não aceitaria a minha decisão de um jeito submisso. Ela questionaria, gritaria e logo logo estaríamos entrando em outra confusão. O prazo que eu disse que daria acabou hoje e por isso estou enviando uma lista para o meu soldado com exercícios escolhidos a dedos e que devem ser seguidos pela a mãe dela, pelo menos por enquanto.
Durante esse período afastado da sua presença, não houve nenhuma tentativa de contato da sua parte e de acordo com os seguranças, a garota está acomodada e bem. Soube por eles que a noiva do James e ela começaram uma amizade e que passam muito tempo juntas, também fui informado da presença do pupilo do James. E, tenho que admitir que havia algo nisso que me incomodava. Uma batida soou na porta do meu escritório na empresa central e fito o meu irmão Evan que exibe seu costumeiro sorriso.
— Preciso que assine esse documento para mim. — Pediu e o peguei colocando em cima da pilha alta de papéis.
— É sobre o financiamento de novas máquinas para as redes de hospitais.
— Só vou ler e assinar. — Ele acenou com a cabeça e depois olhou para mim com um olhar que deixava claro que queria dizer algo. — Solte logo o que veio dizer, sabe que não gosto quando me enrola, seja direto e breve.
— O papai achou estranho o fato de você ter proibido a Oliver de passar o verão na casa do tio e a liberou. Ele acabou de pegar um voo direto para lá.
— Por que não fui informado sobre isso antes? Até você Evan anda escondendo as coisas de mim? Estou tentando manter essa família viva!
— Para com essa implicância desnecessária com o tio Owen. — Vociferou aumentando o tom e levantei a minha sobrancelha. — Quase todo mundo já percebeu que você tem algo contra ele, menos o papai porque ele parece fechar os olhos quando se trata dos seus erros. Eu sou seu irmão, Damon. Porém, não sou cego, você mudou muito com a morte da Lilian e não foi para melhor. — A porta bate com força e suspiro batendo a minha cabeça na mesa. E, a incerteza recai sobre mim, ao mesmo tempo que surgem novas perguntas em minha mente.
Será que passei anos mirando na pessoa errada? Não há ninguém que se beneficie com a minha morte e eu me recuso acreditar que tudo aquilo foi um incidente do destino .
