capítulo 1

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Diego Escobar20 anos

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Diego Escobar
20 anos.

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Heliópolis, São Paulo.
13 de março de 2009.

Diego 🤑

- Mãeee, eu cheguei o tio William falou pra mim vir pra casa, você e o pai queria falar alguma coisa? A senhora lembra que hoje é meu aniver..- Entro correndo em casa e quando abro a porta do quarto da minha mãe vejo meu pai ajoelhado no chão, um homem apontando a arma na cabeça dele e ela do lado dele. - sário, o que tá acontecendo?

Cabral: Filho, sai daqui por favor, o pai tá tendo uma conversa. - Ele fala com a mão encima da barriga, ofegante, ele olha pra mim e eu sinto una coisa ruim.

Peixoto: Não, o moleque vai aprender a ser homem desde de novinho, pra não ser um covarde igual os pais. - Ele olha pra mim e me chama com a mão segurando a arma, eu vou até eles e vejo ele segurando a minha mãe pelos cabelos que chorava.

Diego: O que você tá fazendo? Solta a minha mãe, solta ela. - Ela balançava a cabeça, e ele sorriu.

Peixoto: Então quer dizer que você é valente é? - Ele Atira na barriga da minha mãe que se ajoelha no chão, e ele solta o cabelo dela. - Se você gritar mais uma vez o próximo tiro e na cabeça tá me ouvindo, porra?

Balanço a cabeça segurando o choro, meu pai sempre falou pra mim nunca chorar na frente de ninguém.

Adélia: Filho, por favor sai daqui. - Minha mãe se arrastou até o pé do homem que tava segurando a arma e puxou, e ele acertou um chute nela.

Diego: Não chuta a minha mãe. - Vou pra cima dele e empurro ele, mas ele nem se mexe. - Não bate nela, seu filho da puta.

Tento bater nele, mas ele segura meu braço, me virando de costas pro corpo dele.

Peixoto: E Cabral, tá criando um homem mesmo, mas deixa comigo, que eu cuido do resto. Ele vai ser um bom dono daqui - Se abaixou e fez eu segurar a arma dele. - Ou você atira nele ou eu mato sua mãe tá me entendendo?

Diego: Não, não vou atirar. Me solta seu filho da puta. - Tento sair dos braços dele, mas ele me segura mais forte.

Cabral: Atira, atira Diego. - Ele fala quase sem forças. - a respiração ofegante, meus olhos começam a arder.

Eu sou incapaz de ajudar eles, meu pai tá morrendo na minha frente, e eu não posso fazer porra nenhuma.

Peixoto: Seja homem, é Atira no seu pai, você quer que eu mate sua mãe? - Vejo ela se arrastar até o meu pai, os olhos cheios de lágrimas, eu comecei a chorar.

Cabral: Não chora Diego, atira logo caralho.

Diego: Não.. posso pai, não posso atirar em vocês. - Ele segura a minha mão mais forte no gatilho da arma, e eu seguro a respiração. - Não tenho motivo pai, você é.

Cabral: E lógico que tem, eu sempre trai a sua mãe, você nunca viu? Quando invadiu o baile e foi no camarote, não era sua mãe, eu batia nela, você deixaria mesmo alguém que te odeia vivo? Você é um merda.

Não, ele não tinha feito isso, ele amava minha mãe.

" subo correndo as escadas, o som alto do funk me deixava com dor de cabeça, mas eu queria ver meu pai.
Falar pra ele que finalmente aprendi o drible, eu e ele sempre jogamos depois da aula e hoje ele não tava em casa.

- Pai? Cadê você? - Procuro ele entre os homens e mulheres naquele andar e não vejo, me enfio no meio deles e vejo meu pai sentado na última cadeira com uma mulher no colo.

William: Moleque, que que ce fazendo aqui vei? - tenta me puxar mas puxo meu braço dele

- atrás do meu pai, PAI?? - Saio correndo até ele, ele me viu e arregalou os olhos e empurrou a mulher."

Ele nunca fez isso, não, não mesmo.

Cabral: o dia que você chegou da casa da sua vó, e viu sua mãe na cama reclamando de dor, e falou pra você que tinha caído, era mentira eu bati nela, eu sempre bati nela, você é um covarde, nunca deu orgulho pra gente.

Sinto um sentimento estranho, minha mão começa a suar, soltei a minha respiração, ela tava pesada, tava sufocante.

Peixoto: Atira, você quer morrer junto? Porra! - Ele ajeita a minha mão em direção aos meus pais no chão.

O tempo parecia ter congelado, eu fechei os olhos tentando controlar a minha respiração, só percebi que tinha passado os minutos quando escutei um barulho e senti o impacto da arma.

Abri os olhos e vi a minha mãe e meu pai no chão, tinha muito, muito sangue, eu larguei a arma e me joguei até o chão, indo até eles.

Diego: Mãe, por favor eu não quis. - Chacoalho ela. - Por favor fica comigo, pai por favor não fecha o olho, ele acena com a cabeça e sorri.

Cabral: Tá tudo bem Diego, eu sei. - Ele leva a mão até a minha cabeça. - Você fez o que tinha que fazer.

Peixoto: Quem diria, pedi pra matar o seu pai, e você matou os dois, tem potencial em moleque. - Olhei pra trás sentindo o ódio invadir meu corpo.

Diego: Seu filho da puta, você é um monstro, por que fez isso? - Levantei indo pra cima dele, ele me deu um murro, me jogou no chão.

Peixoto: Eu fiz? Não, você que fez, é agora? Você que cai arcar com as consequências disso - Ele sorri me puxando pra cima, me pegou pelo braço e me tirou de dentro da casa. - Você vem comigo.

Eu não tava conseguindo andar, olhei pra trás, vendo a porta do quarto dos meus pais aberta, e os dois corpos no chão, olhei pra frente e vi um carro com o porta malas aberto.

Senti quando ele me tacou lá dentro e fechou o porta malas, tava tudo escuro, eu só queria minha mãe, e agora ela tava morta e a culpa era minha.

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Espero que tenham feito boa leitura, espero também que tenham gostado do primeiro capítulo, e queria dizer que pode ser que tenha erros ortográficos, e alguns serão propositais.

Mas se vocês virem algum que claramente não foi proposital, por favor me avisem que eu corrijo! Beijos da Carol 🤍
Por favor votem isso me ajuda muito! 🫶🏻

Cɑsɑl Bem LoucoOnde histórias criam vida. Descubra agora